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OS LIMITES DA ESTÉTICA E A BUSCA DO AUTOCONTROLE

Por:   •  12/9/2019  •  Artigo  •  3.082 Palavras (13 Páginas)  •  211 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO – CAMPUS SÃO LUÍS / MONTE CASTELO

TÉCNICO EM INFORMÁTICA

EDMILSON SILVA SOUSA FILHO

JÉSSICA APARECIDA SARAIVA NOGUEIRA

JOÃO VICTOR CRIVOI CESAR SOUZA

PEDRO HENRIQUE BARBOSA CAMPOS

THAILA LIMA SILVA DA CONCEIÇÃO

OS LIMITES DA ESTÉTICA E A BUSCA DO AUTOCONTROLE

SÃO LUÍS – MA

2018

EDMILSON SILVA SOUSA FILHO

JÉSSICA APARECIDA SARAIVA NOGUEIRA

JOÃO VICTOR CRIVOI CESAR SOUZA

PEDRO HENRIQUE BARBOSA CAMPOS

THAILA LIMA SILVA DA CONCEIÇÃO

OS LIMITES DA ESTÉTICA E A BUSCA DO AUTOCONTROLE

Trabalho apresentado à disciplina de Filosofia, ministrada pelo professor César Henrique de Paula Borralho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus São Luís / Monte Castelo, para obtenção de uma das notas do 2º bimestre referente ao período de 2018.1.

SÃO LUÍS – MA

2018

  1. INTRODUÇÃO

Este presente trabalho foi desenvolvido a partir do tema “Estética e Afetividade” que será analisado a partir da importância do autocontrole na intermediação do conflito entre a estética, que representa a emoção, e a ética, que representa a razão. Essa oposição entre razão e emoção já foi discutida por diversos autores como René Descartes, o qual considerava a esfera sensível como uma influência perturbadora ao intelecto. Desta forma pretende-se aproximar os conceitos de estética e ética a fim de expor um caráter de equilíbrio que também é visto na busca do autocontrole.

Já que o núcleo principal gira em torno da estética é importante destacar que há diversas visões para esse termo, mas o escolhido, devido a aproximação com a linha lógica do trabalho, foi a definição de Immanuel Kant que insere a estética em um campo puramente subjetivo relacionado ao prazer ou desprazer sem uma interferência ou explicação racional. Partindo desse pressuposto a pesquisa desenvolve uma argumentação baseada na interconexão entre estética, afetividade, ética, alteridade, desejo e autocontrole. O estudo desses seis pontos objetiva uma forma de não permitir que a busca frenética por experiências estéticas interferira na esfera racional, ao passo que o indivíduo se torne conhecedor da sua esfera estética.

  1. CONCEITOS NORTEADORES

Derivado do tema “Estética e Afetividade”, o objetivo principal deste trabalho está na compreensão dos limites da estética e a busca do autocontrole, para isso faz-se necessária a apresentação da própria estética, que será analisada sob o viés da limitação não como uma ferramenta de negação do sensível, mas como um controle que objetiva a exploração da sua potência para gerar uma harmonia social, e outros conceitos como afetividade, ética, autocontrole e desejo que irão nortear, através da subjetividade humana, o objetivo supracitado.

Inicialmente tem-se a estética, cuja origem vem do termo grego aisthetiké que significa “perceptível pelos sentidos”. Alguns autores, de forma particular, deram sentidos à palavra estética, dentre vários, vale destacar Alexander Baumgarten, que “teria sido o primeiro a utilizar o termo estética no sentido de teoria do belo e das suas manifestações através da arte” (COTRIM; FERNANDES, 2016, p. 383), e Immanuel Kant que possui uma definição mais próxima ao que se propõe acerca da estética neste trabalho, ou seja, ela é trabalhada como uma dimensão mental e subjetiva, em que o indivíduo é o ator principal na exploração da mesma. Segundo Kant, estética é “o estudo das condições de possibilidade da percepção pelos sentidos” (COTRIM; FERNANDES, 2016, p. 383), desta forma não há necessidade de enquadrá-la em um campo objetivo do mundo, já que essa possibilidade da percepção depende da forma como o ser humano se relaciona com o meio.

Este vínculo que se estabelece com o mundo contribui para o surgimento dos fenômenos da afetividade que são constituídos por afetos, do latim affectus, que determina uma transição, maléfica ou benéfica de um corpo afetante para o corpo afetado, ou seja, o relacionamento do homem com a natureza, com outro homem ou com ele próprio, tende gerar diversos níveis de afetividade, e consequentemente experiências singulares, que segundo Pino (mimeo) revela como o sujeito "é afetado pelos acontecimentos da vida ou, melhor, pelo sentido que tais acontecimentos têm para ele" (p. 128). Assim, conclui-se que a afetividade está intrinsecamente atrelada ao campo subjetivo.

O fato do homem se relacionar com o mundo ao seu redor pode enquadrar-se tanto em um campo coletivo quanto em um campo individual, sabe-se que a partir desse relacionamento o indivíduo é capaz de definir as suas experiências como agradáveis ou não, e, por conseguinte torná-las hábito ou não, e na análise dessa consequência tem-se a ética, oriunda do termo grego ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Tendo em vista que esses costumes advém de um contato subjetivo com o meio que se estabelece em uma inconstância entre gostar e não gostar, a ética atua como um controle que torna os nossos desejos mais equilibrados entre o campo individual e a coletividade, sem desqualificar a potência de cada um, para isso busca-se “compreender a fundamentação das normas e interdições [...] e explicitar [...] as concepções sobre o ser humano e a existência humana que os sustenta” (COTRIM; FERNANDES, 2016, p. 327). Contribuindo assim, para a harmonização entre o indivíduo e a sociedade.

Já que o indivíduo é o ator principal desses conceitos, é necessário explorar a forma como o homem pode contribuir para a busca dessa harmonização e equilíbrio, visto que a ética, sem o agente interno da força de vontade não consegue estabilizar de uma forma natural o campo estético. Para isso o ser humano deve ser capaz de gerir emoções e desejos, que comumente define o autocontrole. Este comportamento é entendido por Burrhus Frederic Skinner como aquele que conduz à uma escolha entre respostas que têm diferentes consequências, e ao lidar com a possibilidade de escolha aprende-se a gerir o que é desejado e por que é desejado.

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