Papert relatorio de pesquisa

Lilia.

PAPERT. S. A maquina das crianças: Repensando a escola na era da informática/ Seymour Papert;Tradução: Sandra Costa .- ed.rev.- Porto Alegre: Artmed,2.008

Citações do livro:

 A maioria dos profissionais que tentou seguir os grandes pensadores na educação foi forçada a ceder  em tantas coisas que a intenção original perdeu-se.(pág.29

O problema central para a educação matemática é encontrar maneiras de valer se da vasta experiência da criança em matemática oral, mas os computadores podem fazer isso. (pág.30)

Talvez o problema mais importante na pesquisa em educação seja como mobilizar e fortalecer este conhecimento.(pág.39)

È evidente que a pesquisa aumentará variedade e a eficácia do uso dos computadores, porém não é isso que mudara a natureza do uso dos computadores nas escolas. A passagem de um instrumento radicalmente subvertedor na sala de aula para um obtuso instrumento de laboratório de informática não adveio de uma falta de conhecimento nem de uma falta de software. Atribuo isso a uma inteligência inata da escola, que agiu como qualquer organismo vivo defendendo se de um corpo estranho.(pag51)

A escola não virá a usar computadores “adequadamente” pelo fato de os pesquisadores apontarem como fazê-lo. Ela vira usá-los (se o fizer algum dia) como uma parte integral de um processo coerente de desenvolvimento. Como bons professores centrados no desenvolvimento pesquisadores poderão contribuir melhor quando entenderem o processo de mudança da escola como sendo um desenvolvimento e apoiarem-no  utilizando as idéias que foram bem sucedidas na compreensão da mudança em crianças.(pág.52)

A questão central da mudança na educação é a tensão entre a tecnicização e a não-tecnicização,e aqui o professor ocupa o ponto fulcral.(pág.64)

O necessário é reconhecer que a grande questão no futuro da educação é se a tecnologia fortalecerá ou subverterá a tecnicidade do que se tornou o modelo teórico e, em larga medida, a realidade da escola. (pág.64)

A organização hierárquica da escola esta intimamente amarrada a sua concepção de educação e,em particular,ao seu comprometimento com modos hierárquicos de pensar sobre o próprio conhecimento. (pág.68)

Na aula de matemática onde o conhecimento não é utilizado,mas simplesmente empilhado como tijolos formando um edifício morto,não há qualquer espaço para experimentações significativas.(pág.71)

O computador é um dispositivo técnico aberto que estimula pelo menos alguns estudantes a avançar seu conhecimento até onde puderem, dando realce ao projeto por meio de uma ilimitada variedade de “efeitos”. (pag74)

Muito mais do que “treinamento”, necessário que os professores desenvolvam a habilidade de beneficiarem-se da presença dos computadores e de levarem esse beneficio para seus alunos. (pág.79)

A exigência especial sobre o professor é vista sobre uma outra perspectiva: enquanto houver um currículo fixo, o professor não terá a  necessidade de envolver se na questão do que é ou não é matemática.(pág.84)

Mathematikus significa “disposto a aprender”, mathema  era “uma lição” , e manthanein era o verbo “ aprender”. Os matemáticos estavam tão convencidos de que a sua era a única aprendizagem verdadeira que se sentiram justificados a apropriar se da palavra; e foram tão bem sucedidos que a conotação dominante da raiz math é atualmente aquela coisa sobre números que eles ensinam na escola. (pág.89)

Se as crianças realmente desejam aprender algo e tem a oportunidade de aprender com o uso elas fazem-no mesmo quando o ensino é fraco. (pag135)

O ensino escolar cria uma dependência da escola e uma devoção supersticiosa aos seus métodos. No entanto, embora a lição da escola em causa  própria tenha impregnado a cultura mundial, o mais fascinante é que todos nós temos experiências conhecimentos pessoais que depõem contra isso.(pag136).

A supervalorização do abstrato bloqueia o progresso na educação, sob formas que se reforçam mutuamente na prática e na teoria. (pag142

Assim, muitos fatores conspiram para moldar a cultura inicial do computador na rígida e analítica forma que para a maioria das pessoas, até mesmo hoje permanece sinônimo da palavra computador. (pag150)

O conteúdo do currículo e mídia do lápis e papel são inerentemente tendenciosos em direção a uma epistemologia verdadeiro/falso-certo/errado. (pag162)

Mesmo quando não há ocultamento deliberado, atualmente há uma tendência em direção a um acondicionamento poço visível de tecnologias educativas. Há muito tempo tudo que uma sociedade sabia podia ficar aberto as suas crianças para uso ou imitação lúdica. (pág.169)

A oportunidade com a fantasia abre a porta para um sentimento de intimidade com o trabalho e proporciona um vislumbre de como o lado emocional do relacionamento das crianças com a ciência e tecnologia poderia ser bem diferente daquele tradicional na escola.A fantasia sempre foi encorajada nas boas aulas da escrita criativa e nas aulas de arte .Excluí-la da atividade cientifica é um insensato abandono de uma oportunidade para desenvolver vínculos entre crianças e ciência(pag172)