Períodos da Filosofia Fichamento

Introdução

O presente trabalho visa explicar os principais períodos da historia da Filosofia, numa tentativa de obter um panorama geral. Levamos em conta a complexidade de cada período, não só no que corresponde as suas principais ideias, mas também na questão histórica.

Levando em conta essa complexidade, é claro que nossa abordagem e, portanto a apresentação de cada período se dará de forma resumida, expondo o período histórico, as principais ideias, os principais pensadores e qual foi a contribuição.

Iniciaremos abordando a ideia de que não só a Filosofia está na História bem como tem uma história, e desenvolveremos à partir daí de forma sucinta os principais períodos da Filosofia, que correspondem: Filosofia Antiga, Filosofia Patrística, Filosofia Medieval, Filosofia da Renascença, Filosofia Moderna, Filosofia da Ilustração e Filosofia Contemporânea.  

Todo nosso embasamento foi o livro Introdução a Filosofia da autora Marilena Chauí.

1. A questão: A Filosofia na História

Bem como outras criações e instituições humanas, a Filosofia está na Historia e tem uma historia.

1. Articulação da Questão

A Filosofia está na Historia, pois manifesta e exprime os problemas e as questões que, em cada época e uma sociedade, os homens colocam para si diante do que é novo e ainda não foi compreendido. A Filosofia vai dialogar com a cultura e a sociedade do tempo ao qual ela faz parte.

E a Filosofia tem uma historia, ao passo que respostas, soluções e novas perguntas que fazem os filósofos de um certo período tornam-se saberes adquiridos que outros filósofos prosseguem, ou frente a novos empasses recorrem ao passado filosófico.

1. Relevância da questão

É importante compreender e levar em conta que a Filosofia tem uma historia e que faz parte da Historia, pois é possível compreender os períodos da Filosofia e ver como eles caminham lado a lado da historia da sociedade Ocidental.

Isso compreendido nos permite analisar a mudança no pensamento filosófico mediante as mudanças politicas, sociais e econômicas da sociedade no geral e podemos ver quanto a historia influencia na Filosofia e o quanto a Filosofia pode influenciar na Historia.

1. A questão: Filosofia Antiga

A Filosofia Antiga, que vai do século VI a.C. ao século VI d.C., se divide em quatro grandes períodos da Filosofia greco-romana, partindo dos pré-socráticos ao período helenístico.

1. Articulação da Questão

A história da Grécia se divide em 4 grandes épocas:

1. Grécia homérica: 400 anos narrados por Homero (Ilíada e Odisséia);

2. Grécia arcaica (ou sete sábios): séc. VII – séc. V a.C. – os gregos criam Atenas, Esparta, Tebas, Samos, etc. – predomina a economia urbana (artesanato e comércio);

3. Grécia clássica: séc. V e IV a C. – a democracia se desenvolve, a vida intelectual e artística entra no apogeu, Atenas domina a Grécia (com império comercial e militar);

4. Época helenística: final séc. IV a.C. – a Grécia passa para o poderio do império de Alexandre da Macedônia e depois para o Império Romano.

Os períodos da Filosofia não correspondem exatamente a essas épocas. O apogeu da Filosofia se deu na Grécia clássica.

1. Período pré-socrático (cosmológico) – final séc. V a.C.: a Filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e asa causas da transformação na Natureza.

1. Período socrático (antropológico) – final séc. V e todo séc. IV a.C. : a Filosofia investiga as questões humanas (ética, política, técnicas – ântropos = homem).

1. Período sistemático – final séc. IV- final séc. III a.C.: a Filosofia reúne e sistematiza tudo quanto foi pensado na cosmologia e antropologia. Interessa-se em mostra que tudo pode ser objeto do conhecimento filosófico (desde que as leis do pensamento e demonstrações estejam estabelecidas para oferecer critérios da verdade e da ciência.).

1. Período helenístico (Greco-romano) – final séc. III até séc. VI a.C.: Longo período que já alcança Roma e o pensamento dos Padres da Igreja, a Filosofia se ocupa com questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre: homem e Natureza / ambos com Deus.

Quais foram os principais filósofos pré-socráticos?

Filósofos da Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto, Heráclito de Éfeso;

Filósofos da Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;

Filósofos da Escola Eleata: Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia;

Filósofos da Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.

Período socrático ou antropológico

Com o desenvolvimento das cidades, do comércio, do artesanato e das artes militares, Atenas tornou-se o centro da vida social, política e cultural da Grécia. É a época de maior florescimento da democracia. A democracia grega possuía, entre outras, duas características de grande importância para o futuro da Filosofia.

Ora, qual é o momento em que o cidadão mais aparece e mais exerce sua cidadania? Quando opina, discute, delibera e vota nas assembléias. Assim, a nova educação estabelece como padrão ideal a formação do bom orador, isto é, aquele que saiba falar em público e persuadir os outros na política.

O filósofo Sócrates, considerado o patrono da Filosofia, rebelou-se contra os sofistas, dizendo que não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer idéia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valer tanto quanto a verdade.

Discordando dos antigos poetas, dos antigos filósofos e dos sofistas, o que propunha Sócrates? Propunha que, antes de querer conhecer a Natureza e antes de querer persuadir os outros, cada um deveria, primeiro e antes de tudo, conhecer-se a si mesmo. A expressão “conhece-te a ti mesmo” que estava gravada no pórtico do templo de Apolo, patrono grego da sabedoria, tornou-se a divisa de Sócrates.