Platão - As influências filosóficas na psicologia.
Por: beieipei • 3/5/2016 • Tese • 685 Palavras (3 Páginas) • 589 Visualizações
Platão nasceu em Atenas em 428 a.C., foi um dos principais discípulos de Sócrates, e fundou sua escola filosófica, a Academia, a qual teve uma grande influência de Pitágoras em seus ensinamentos, adotando assim, como bordão a frase "Não passe destes portões quem não tiver estudado geometria". Sua filosofia tinha o objetivo de analias, avaliar e julgar a sociedade grega, dando ênfase nas questões sobre a democracia, a realigião, a arte e as virtudes, usando como base para chegar em uma possível resposta, o diálogo, não deixando de lado a ciência, a moral e a política. A concepção platônica era baseada em superar o senso comum, com o auxílio da filosofia, buscando sempre o mundo das ideias, porém, o senso comum servia de base para essa dialética, pois o filósofo usufruia disso para fazer seu intelocutor entrar confronto consigo mesmo para chegar à verdade por conta própria.
Com a morte de Sócrates, Platão foi apartando-se de seus pensamentos, elaborando posteriormente, a teoria das formas e das ideias, a qual consistia na elaboração de uma teoria sobre a natureza nos conceitos e definições, dando origem à metafísica -um nível bastante abstrato. Para Platão, o conhecimento teórico é essencial para se desenvolver uma análise, inclusive dava-se essa tamanha importância à teoria pois, segundo ele, a filosofia passa do mundo da experiência para ser vista como meditação e contemplação. A teoria ganhava destaque, entretanto, Platão utilizava a concepção socrática para juntar à sua, somando a teoria com a prática, junção que proporcionava ao indivíduo, o poder de escolha por um processo de decisão -no caso, onde a teoria se encaixa. Resumindo, a teoria depende da prática e vice versa, completando um assim, o ciclo.
Para entender como Platão explica a existência das formas, utilizamos como base, sua doutrina da reminiscência, que se fundamenta no argumento de que há a existência de um conhecimento inato, e inclusive de um conhecimento prévio, o qual está contido na alma de cada pessoa desde o seu nascimento. Partindo disso surge a função do filósofo, que usufrui da maiêutica socrática para despertar o tal conhecimento esquecido, para que o indivíduo possa evoluir por si mesmo.
De acordo com o texto O Mito da Linha Dividida -incluso no livro República-, o mundo é dividido em dois: o inteligível (baseado em formas) e o material ou visível (baseado em objetos concretos). Ambas as divisões contém características individuais, no caso da concepção inteligível há o mundo das ideias, formas, realidades abstratas, perfeitas, eternas e imutáveis, incluindo nesse mundo, as figuras geométricas -muito utilizadas na filosofia-, e também o conhecimento pelo dialético traduzido por ser uma intuição intelectual. Já o mundo material, obtemos objetos naturais, particulares, imperfeitos, perecíveis, e também a visão de imagem, sombras, reflexos, que o homem comum vê apenas de forma superficial, entretando, existe também o conhecimento, o que seria algo mais aprofundado e elaborado, com um grau maior de clareza.
Além do Mito da Linha Dividia, há também A Alegoria da Caverna, texto que usa um diálogo entre Sócrates e seu interlocutor Glauco, para fazer analogia ao modo de obtermos o conhecimento elevado, usando como metáfora a imagem de uma caverna como sendo a realidade sensível, e os prisioneiros contidos nela como sendo o homem comum, mostrando a relação de aprisionamento que o homem tem com os hábitos, costumes, práticas e preconceitos que adquiriu desde a infância. As correntes que não permitem a liberdade desses prisioneiros são responsáveis por lhes das apensa uma visão limitada, parcial e incompleta das coisas, o que se pode relacionar com o condicionamento limitado do homem por seu modo de vida repetitivo, o qual não o deixa pensar por si próprio, alienando-o para ver apenas as sombras. De acordo com Platão a transição para a liberdade é um prcesso sofrido e doloroso, porém, a força do hábito, e da curiosidade que estimula o indivíduo a buscar algo além, por conta da insatisfação e frustração decorrente de algo que ele já esta habituado, fazendo-o recorrer ao processo de adaptação para chegar ao saber, e à verdade, compartilhando assim, com os que são desprovidos de tal conhecimento, resumindo assim, a concepção platônica.
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