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Por que os seres humanos, segundo ROCHA (2016), têm a necessidade

Por:   •  26/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  591 Palavras (3 Páginas)  •  405 Visualizações

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Nomes: Lucas Marcial de Araújo Rocha e Samara Nunes Gonçalves

  1. Por que os seres humanos, segundo ROCHA (2016), têm a necessidade – e o que é uma “constância do agir”?

ethos épsilon refere-se ao comportamento que resulta de um constante repetir-se dos mesmos atos, um comportamento que ocorre frequentemente, mas não sempre, tampouco em decorrência de uma necessidade natural. O ethos expressa, nesse caso, uma constância no agir contraposta ao impulso do desejo, denotando uma orientação habitual para agir de certa maneira. Ele se desdobra, assim, como espaço da formação do hábito, entendido como disposição permanente para agir de acordo com os imperativos de realização do bem, tornando-se lugar privilegiado de inscrição da praxis humana

 

  1. Qual é a forma mais acabada do “ethos-costume” e o que ela permite aos seres humanos, individual e socialmente, realizar?

Uma forma mais acabada deste éthos-costume é aquela expressa pelo “hábito”, que os gregos designavam com a palavra “héxis” e que traduzia a maneira regular e constante de agir, que só era capaz de possuir, aquele que tinha certo domínio de si e de seus atos. Olhado, desse modo, o éthos, seja na dimensão do “costume”, seja na dimensão do “hábito”, cria um espaço para a realização individual e social do ser humano. Na constância do costume, as ações, na medida em que são repetidas, formam os hábitos, e, desse modo, orientam o ser humano para a conquista dos bens e dos valores, com os quais pode dar sentido à sua vida

  1. De que maneira a virtude (areté) permite a constituição, conforme ROCHA, do mundo da liberdade e da responsabilidade?

Na Grécia Antiga, o conceito de virtude (areté) tinha um valor todo especial. Primeiramente, o homem virtuoso era um homem sintonizado com a harmonia da ordem cósmica. O seu oposto era o homem transgressor da medida e escravo da desmedida, em total oposição à noção de medida), na qual Aristóteles via a essência da virtude, dizendo que a virtude era sempre o meio termo entre dois excessos. Aristóteles não estava fazendo a apologia da mediocridade, mas o elogio do equilíbrio capaz de harmonizar, no seu modo de agir, as tendências contrárias e contraditórias da natureza humana. Assim sendo, o homem corajoso é aquele que consegue equilibrar, em uma conduta sensata e virtuosa, a pusilanimidade do medroso e a audácia do imprudente.

  1. Por que o ethos-morada é o símbolo da realidade em que o homem se situa como ser-no-mundo?

Porque o ser humano precisa construir uma morada para não se perder no mundo, e essa morada, nada mais é do que a tarefa existencial do homem de definir-se como ser- no- mundo. Sendo assim, é responsabilidade do homem a história da sua existência.  A ethos-morada é o símbolo da realidade na qual o homem se situa, porque o homem, diferente dos outros animais, é o seu corpo, em que sua estrutura psíquica interioriza o mundo que foi exteriorizado pelo seu corpo, e através de seus desejos e fantasias, constrói a realidade do seu mundo interior. 

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