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Reflexão sobre o que é a metafísica de Martin Heidegger

Por:   •  29/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  727 Palavras (3 Páginas)  •  418 Visualizações

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Reflexão sobre “O que é a Metafísica?” de Martin Heidegger

No texto “o que é a Metafísica?” Heidegger começa tratando de uma questão de dentro da metafísica, pois, segundo ele é preciso estar dentro da mesma para darmos a melhor possibilidade de se apresentar a nós tal como ela é em si mesma. E para responder o que é metafísica, precisa-se apenas abordar uma questão originariamente no seio da mesma. Pois, diz Heidegger: “toda questão metafísica abarca sempre a totalidade da problemática metafísica”. E nesta totalidade está inserido até mesmo o interrogador e tudo mais, e não somente o saber metafísico. Neste sentido, ele inclui no interior de seu discurso a “existência do homem”.

No desenvolvimento da interrogação, Heidegger tenta definir o universo de atuação da atividade científica. Ela sempre se direciona cada vez mais ao encontro com o ente “para transformá-lo em objeto de investigação e determinação fundante”. Neste direcionamento ao ente, a ciência tem procurado desprezar o nada: “Pesquisado deve ser apenas o ente – e nada mais; somente o ente e além dele – nada; unicamente o ente e, além disso – nada”. Mas este elemento que ela tem rejeitado, isto é, o nada, está inserido na própria existência científica. Heidegger passa, então, a questionar: “o que é o nada?”. Se a ciência dá ao nada um lugar além do ente, este nada transcende o ente e se tudo que transcende o ente é uma questão metafísica, o nada surge como uma questão metafísica.

Na elaboração da questão do nada Heidegger diz que a ciência, mesmo admitindo o nada ela rejeita. Trata-o como inexistente. Dizer que o nada “é” já existe a idéia do nada como ente. E pensá-lo como algo que é estaria transformando ele em objeto e o pensamento entraria em contradição, pois o nada é nada de ente. Portanto, em vez de seguir a lógica tradicional que identifica o ser com objetividade, deve sim, deixar o entendimento colocar o nada como um problema “ainda que fosse um problema que se devora a si mesmo”. E seguindo o entendimento o “nada é a plena negação da totalidade do ente, o absolutamente não ente”. Sendo assim, precisa-se primeiramente entender o que é totalidade do ente.

A esse respeito, Heidegger diz que a totalidade do ente nuca pode ser compreendida, contudo, em nosso cotidiano ela pode ser sentida quando estamos “postado em meio ao ente em sua totalidade”. Heidegger diz que nos momentos de tédio, na alegria da existência de uma pessoa querida e no humor sentimos o ente em sua totalidade. E esta presença do ente em sua totalidade oculta o nada que buscamos. Mas, para sentir o nada, mesmo que instante raro, é preciso uma disposição de humor que revele. Esta acontece por ocasião da angústia. Como diz Heidegger: “a angústia manifesta o nada”. Ela traz em si a própria manifestação do nada e o ser-ai se sente suspenso porque “ela põe em fuga o ente em sua totalidade. Isto é, “quando ela atinge o ser-ai ela faz com que o nada se manifeste”.

“Na angustia, na medida em que todo ente e o próprio ser-aí se esvaem, o homem vai ao encontro do nada. O próprio nada encontrar-se diante dele. Existência humana (...) é encontrar-se lançado para fora, ser retido no nada. (...) Se a transcendência é um caminhar-se para além de todo ente, um lançar a questão para além

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