Resenha Crítica Do Capitulo 10 Do Livro Filosofia Da Ciência
Por: ELIVANIO CARNEIRO DO NASCIMENTO JUNIOR • 23/3/2023 • Resenha • 694 Palavras (3 Páginas) • 186 Visualizações
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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
CAMPUS PAU DOS FERROS
CURSO BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DISCIPLINA FILOSOFIA DA CIÊNCIA/METODOLOGIA CIENTÍFICA PROFESSOR: CLAUDIO ROCHA
Aluno: Elivanio Carneiro do Nascimento Junior
RESENHA CRÍTICA DO CAPITULO 10 DO LIVRO FILOSOFIA DA CIÊNCIA, INTRODUÇÃO AO JOGO E SUAS REGRAS. CAPITULO 10 - AS CREDENCIAS DA CIÊNCIA.
Pau dos Ferros - RN 03/11/2020
RESENHA
Rubem Azevedo Alves foi um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro. É autor de livros religiosos, educacionais e infantis. Em Filosofia da Ciência, introdução ao jogo e a suas regras, Rubem Alves faz um alerta para a necessidade de se desmistificar o cientista, considerado superior, por si, pela classe e pela grande maioria das pessoas comuns, dado ao seu trabalho em busca da verdade, do conhecimento e do desenvolvimento da ciência.
O autor Rubem Alves divide o decimo capitulo (as credencias da ciência) do livro Filosofia da ciência, em 15 páginas onde ele faz um levantamento critico a respeito da ciência e das suas credencias.
Nas duas primeiras páginas, Rubem Alves faz a sugestão de que a ciência é uma entre muitas outras atividades com que se ocupam as pessoas comuns, não existindo, assim razão para orgulho, ou seja, a ciência é de interesse de todas as pessoas do senso comum e por esse fato não se deve ter orgulho por tal interesse.
Da terceira página à decima terceira página, o autor relata que ao procurar a verdade, que pode e é testada, o cientista se distingue dos demais profissionais, pois nestes o discurso é função apenas do prazer. Nessa linha, o autor compartilha as sugestões de Karl Popper, segundo a qual apenas a falseabilidade da ciência é válida, ou seja, a capacidade de ser testada pela experiência, podendo daí ser demonstrada sua falsidade, poderia ser aceita como credencial. O autor explana resumidamente essas sugestões:
Primeiro ponto: Nenhuma teoria invocara como credencial o seu pedigree. O processo pelo qual ela foi gerada em nada garante seu caráter uma teoria não se justifica pelo processo pelo qual foi construída.
“ Esta coisa que se chama indução não existe. ”
“ O salto para as teorias, a partir de declarações singulares (...) é logicamente inadmissível ” (Idem. P. 6).
Segundo ponto: Nenhuma teoria invocará, como credencial, a possibilidade de se provar a sua veracidade. Não se pode, de forma alguma ou por método algum, chegar à conclusão acerca de sua veracidade. “As teorias não são nunca empiricamente verificáveis” (Idem, p. 6).
Terceiro ponto: Aceitar-se-á, como credencial de qualquer teoria, a sua capacidade de “ser testada pela experiência”, sendo que os únicos testes possíveis são aqueles que, eventualmente, podem demonstrar a falsidade dos seus enunciados. (ALVES, 1981, p.147).
Em consonância a isso, nas duas últimas páginas, o autor relata que o falso é conclusivo, enquanto o verdadeiro não é. Neste ponto, Rubem Alves questiona a razão de os cientistas não divulgarem seus fracassos, já que elas não seriam de cunho metodológico. Mais uma vez em foco a questão da neutralidade da ciência.
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