Resenha Crítica do livro - Convite à Filosofia
Por: tt57 • 4/10/2018 • Trabalho acadêmico • 1.118 Palavras (5 Páginas) • 2.138 Visualizações
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UNIGRENDAL COLLEGE & UNIVERSITY
RA: ___________________
RESENHA CRÍTICA:
Por: Marcelo de Souza Schlischting
Currículo do resenhista - Currículo do resenhista – Historiador Bacharel e Licenciado (UDESC) e Pós-graduado em História (Dom Bosco).
Chauí, Marilena; Convite à Filosofia, Unidade 2; São Paulo: Ática, ano 1996.
Lecionar Filosofia não é uma tarefa fácil, que dirá passar esta disciplina para os jovens do Ensino Médio, que se encontram no encerramento de um longo ciclo e pelo início das primeiras decisões, adicionado às constantes descobertas, medos e inseguranças característicos desta faixa etária de idade, apontam os elementos que demonstram o tamanho do desafio. Tais dificuldades enfrentadas pelos professores vão desde estabelecer um método na tentativa de tornar os conteúdos da disciplina ao menos digeríveis para estes alunos, a superação e à quebra dos arquétipos, formados ou adquiridos, em que a Filosofia é tida como qualquer coisa, menos como o que de fato ela é. A autora Marilena Chauí, professora titular de Filosofia Política e História da Filosofia Moderna na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), considerada umas das mais prestigiadas intelectuais brasileiras, concebeu originalmente uma obra para estes jovens, o Convite à Filosofia, que tem por objetivo fazer da ética, da política, da razão, do conhecimento, da verdade, da ciência, da técnica, da arte, da religião, da história, da lógica, da metafísica e dos demais temas da reflexão filosófica, matérias-primas no cultivo do interesse para a reflexão, desenvolvendo a autonomia intelectual e estimulando o raciocínio crítico, despertando o interesse pela Filosofia e o gosto pela interrogação partindo de investigações e problemas encontrados na experiência cotidiana do próprio leitor.
O livro um Convite à Filosofia, publicado pela Editora Ática, é muito mais do que um simples texto didático. É uma introdução ao universo filosófico que deverá interessar não só aos alunos, mas também a todos aqueles leitores que tenham o gosto pelo exercício do pensamento. São várias as dificuldades que devem ser superadas pelo autor de uma introdução à filosofia. Uma delas é a respeito da exigência de manter a clareza e a simplicidade, sem, contudo, deixar de lado o rigor. Neste aspecto, a obra de Marilena Chauí é notável. Sem apelar a mecanismos facilitadores, trata questões por natureza complexa de modo claro e perfeitamente compreensível para um leitor não iniciado, mantendo sempre a exatidão exigida pela linguagem filosófica.
A autora dividiu o livro em oito unidades e subdividiu em capítulos, os quais ela vai didaticamente explicando em que consiste o estudo da Filosofia: questões como a distinção entre a reflexão filosófica e a atitude filosófica, atitude crítica, o pensamento sistemático da Filosofia, suas utilidades e definições, se desenvolvem de acordo com uma ordenação metódica e através de uma linguagem acessível, contando ainda com exercícios ao fim de cada unidade para reforçar e fixar o conteúdo que foi pontificado.
Em destaque a unidade II foco da presente resenha crítica, o leitor já se encontra no ponto em que possui todo um aparato introdutório, uma vez que há uma reunião dos instrumentos e itens cuja função é fundamental à realização dos objetivos que formam o propósito geral do livro. De acordo com tal procedimento alavancado em etapas ligadas entre si para tornar mais eficiente o processo de aprendizado.
Assim, no capítulo 1, “A Razão” dá nome à Unidade II que procura estabelecer, a primeiro momento, os vários sentidos, princípio e a origem da palavra razão.
Logo, para Chauí a palavra “razão” expressa os seguintes sentidos: certeza, lucidez, motivo, causa. A razão, enquanto consciência moral, é a vontade racional que não se deixa dominar pelos impulsos passionais, pois uma orienta à vontade e oferece finalidades éticas para a ação. Na filosofia, têm-se duas vertentes da razão. A razão objetiva, de modo que a realidade é racional em si mesma, e a razão subjetiva, a qual a razão é uma capacidade intelectual e moral dos seres humanos.
Já em relação aos princípios temos os seguintes: princípios racionais, princípio da identidade, princípio da não-contradição, princípio do terceiro-excluído e princípio da razão suficiente. Alguns abalos ocorridos nos princípios da razão levaram à criação de um novo princípio: O princípio da indeterminação. Sendo assim, temos o princípio da razão-suficiente sendo válido para os fenômenos macroscópicos, enquanto o princípio da indeterminação é válido para os fenômenos hipermicroscópicos.
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