Resenha critica do livro O que é sociologia de Carlos Benedito Martins
Por: Natália Knupp • 2/5/2016 • Resenha • 1.140 Palavras (5 Páginas) • 9.582 Visualizações
Relatório de Leitura - O que é Sociologia.
INTRODUÇÃO
No livro estudado “O que é Sociologia” o autor Carlos Benedito Martins, cita algumas definições do conceito de sociologia e relata as diversas avaliações do tema, sendo muitas dessas até conflitantes entre si, desde uma arma para classes dominantes, até um instrumento de expressão de movimentos revolucionários.
O autor afirma que a Sociologia constitui um projeto intelectual tenso e contraditório, apresenta as relações políticas da sociologia, a natureza e as consequências dos confrontos entre as classes sociais, e para um melhor entendimento é necessário destacar o contexto histórico, onde houve a desagregação do sistema feudal e a consolidação da sociedade capitalista.
O SURGIMENTO
Pode se entender a sociologia como uma das manifestações do pensamento moderno, que junto com a evolução do pensamento científico, que vinha se constituindo desde Copérnico, passa a cobrir uma nova área do conhecimento: o mundo Social. Segundo o autor, o seu surgimento ocorro num contexto histórico especifico, que coincide com os derradeiros momentos da desagregação da sociedade feudal e da consolidação da civilização capitalista. A sua criação representa o resultado da elaboração de um conjunto de pensadores.
A palavra sociologia aparece um século depois, por volta de 1830, da dupla revolução que o atual século trazia, a revolução industrial e francesa, que constituía os dois lados de um mesmo processo, a instalação definitiva da sociedade capitalista.
Cada vez mais que se avançava com relação à consolidação da sociedade capitalista representava a desintegração, a erosão de costumes e instituições até então existentes e a introdução de novas formas de organizar a vida social.
A partir de todos esses acontecimentos, a sociedade era posta num plano de análise. Os pensadores envolvidos não eram homens de ciência ou sociólogos que viviam dessa profissão. Eram antes de tudo homens voltados para a ação, que desejavam modificar determinados pontos na sociedade, afim de extrair de conhecimentos orientações para a ação, tanto para manter, como para reformar ou modificar a sociedade de seu tempo.
Como pode se perceber, o surgimento da sociologia prende-se em partes ao abalos provocados pela resolução industrial, que viria a concorrer também com outras circunstancias para a sua formação: as modificações ocorridas nas formas de pensamentos e as transformações econômicas que vinham acontecendo no ocidente europeu desde o século XVI.
O autor afirma que o emprego sistemático da razão, do livre exame da realidade, representou um grande avanço para libertar o conhecimento do controle teológico da tradição, da “revelação” e, consequentemente, para a formulação de uma nova atitude intelectual diante do fenômenos da natureza e da cultura, o que caracterizava os pensadores do século XVII, os chamados racionalistas.
No século XVIII, o ator cita os iluministas, que conferiam uma clara dimensão crítica e negadora ao conhecimento, pois este assumia a tarefa não só de conhecer o mundo natural ou social tal como se apresentavam, mas também de criticá-lo e rejeita-lo. Procedendo dessa forma, ou seja, tentando instaurar um estado de equilíbrio numa sociedade cindida pelos conflitos de classe, esta sociologia inicial revestiu-se de um indisfarçável conteúdo estabilizador, ligando-se aos movimentos de reforma conservadora da sociedade.
FORMAÇÃO
O texto nos diz que a sociologia surgiu num momento de grande expansão do capitalismo, o que incentivou sociólogos a assumirem uma atitude de otimismo diante a sociedade capitalista nascente. Uma das tradições sociólogas, que se comprometeu com a defesa da ordem instalada pelo capitalismo, encontrou no pensamento conservador uma rica fonte de inspiração para formular seus principais conceitos explicativos da realidade. Esse conservadores tem como ponto de partida o impacto da Revolução Francesa, que julgavam ser um castigo de Deus à humanidade, responsabilizando ainda o iluministas e suas ideias como um dos elementos desencadeadores da Revolução de 1789.
Teóricos positivistas como Saint-Simon, Auguste Comte e Emile Durkkheim, destacavam que a idéias dos conservadores exerciam uma grande influencia, teóricos esses responsáveis pela inicialização do trabalho de rever uma série de idéias dos conservadores, procurando dar a elas uma nova roupagem, afim de defender os interesses dominantes da sociedade capitalista.
O positivismo procurou defender uma orientação geral para a formação da sociologia, que deveria, tal como as demais ciências, dedicar-se à busca dos acontecimentos constantes e repetitivos da natureza.
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