Rousseau e Thomas Hobbes
Por: Isabela Barcelos • 17/4/2017 • Trabalho acadêmico • 963 Palavras (4 Páginas) • 433 Visualizações
Nascido em 5 de abril de 1588 na Inglaterra, Thomas Hobbes foi um matemático, teórico político e filósofo inglês que, na sua obra “Leviatã”, abordou como tema a natureza humana. Nela, o autor destaca o fato de todos os homens serem iguais, e trás como embasamento o fato de que eles procuram satisfazer seus desejos de qualquer forma possível, até mesmo com a destruição do outro, que em seu estado natural é egoísta, egocêntrico e inseguro.
Para Hobbes, o homem age de tal maneira pensando no que aquilo lhe tratará de benefício seja no momento ou futuramente e como, para o filósofo, todos têm direito a tudo, e como as coisas são escassas acaba que no final sempre haverá uma guerra pelo poder, ocasionando o “Estado de Natureza” em que estarão todos contra todos. Porém, os homens também tem como mesmo desejo e interesse próprio, acabar com a guerra, e para que isso ocorra eles formam uma sociedade, composta com um poder centralizado, a partir de um contrato social.
O contrato social, para o autor, tem como objetivo proporcionar a paz e coinstite em eleger um soberano, seja um monarca ou uma assembleia, que será o Leviatã, uma autoridade inquestionável a qual os membros dela devem render o suficiente de sua liberdade natural. Nesse contrato, o soberano detém a lei e o cidadão detém o direito de viver em sua propriedade em um estado absoluto. O estado garante a vida, e o cidadão sai de seu estado de natureza e passa a viver sobre regras.
Para Rousseau, a civilização e a sociedade corrompem o homem. Ele nasce bom, condição esta que o faz necessariamente feliz. Os percalços da socialização impõe ao homem uma forma artificial de comportamento que o leva a ignorar as necessidades naturais e os deveres humanos, afastando o homem de si próprio lançando-o contra o seu semelhante, sendo necessário recorrer ao sentimento, voltar à natureza, estado primitivo, originário da humanidade. A natureza é boa por consequência de uma ordem necessária na qual não impera a vontade ou os caprichos humanos: a natureza é boa porque É, ou seja, existe. A natureza do homem é a sua liberdade, pois da disciplina natural das paixões nascem os verdadeiros valores morais. Liberdade não é apenas um direito, mas um dever imprescindível da natureza humana, que exige também a igualdade entre os homens em virtude de uma natureza comum. Dessa forma, os homens têm sobre a natureza tanto direito quanto poder. A natureza humana não pode agir apenas segundo a razão, mas também pela determinação da sua vontade natural, pois ambas são direitos inerentes que fazem com que o homem permaneça necessariamente em seu ser.
Rousseau diz que o homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. Sendo assim, a sociedade deve ser governada através de um contrato Social restituindo à liberdade, com isso o Estado se tornaria o bem para todos e o provedor da condição de convívio, de união e prosperidade. O pacto fundamental do contrato Social se firma por uma igualdade moral e legítima, contra aquilo que a natureza poderia trazer de desigualdade física entre os homens, não baseando nos instintos, nem, porém na pura razão, isolada contraposta aos sentimentos ou a voz do mundo pré-racional, mas na voz da consciência global do homem, aberto para a comunidade, sua liberdade estará de acordo com o Estado, porém, o homem fica mais livre, pois encontrará boas condições para sobreviver. Rousseau afirma que a liberdade está inerente na lei livremente aceita, obedecer uma lei auto imposta é liberdade, pois a liberdade é um direito e um dever ao mesmo tempo. O pacto social pode ser definido quando cada pessoa se coloca sob a direção suprema da vontade geral, porque na realidade cada um é livre para fazer qualquer coisa, porém, no Estado terá regras e se acaso forem violadas o indivíduo que a violou será penalizado, pois ele é responsável pelas suas atitudes. As leis só servem quando em mãos de bons governos, e o estado social só é bom aos homens quando não há um grande desnível de propriedade entre eles. A vontade de todos é a soma das vontades particulares, e essa deve ser a governante.
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