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TRABALHO A ACÁCIA DA LIBERDADE

Por:   •  5/6/2022  •  Projeto de pesquisa  •  939 Palavras (4 Páginas)  •  106 Visualizações

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   ARLS ACÁCIA DA LIBERDADE n° 107.


2ª INSTRUÇÃO DE AP∴ MAÇ∴ - 2º TRABALHO

(2ª.  VIAGEM)

Para ser Maçom, o homem deve ser livre e de bons costumes, ser desprovido de preconceitos e sua liberdade representada pela condição de não ser escravo de suas paixões. Por isso, na sua iniciação, o Aprendiz é vendado para representar sua necessidade de instrução para a construção da Moral Maçônica e despojado de todos os metais significando seu desprendimento das vaidades do mundo profano.         

A cerimônia de iniciação do Aprendiz Maçom consiste basicamente em Três Viagens Simbólicas que sintetizam o progresso maçônico nos três primeiros graus, sendo cada viagem um estado novo ou etapa do progresso, cada uma com caminhos e significados diferentes, e representam níveis pelos quais o Aprendiz deve passar para que, ao final, possa receber a verdadeira luz. Ao final de cada viagem o Aprendiz passa por uma porta que simbolizam a Sinceridade, a Coragem e a Perseverança, representando as três disposições necessárias em busca da verdadeira luz.  

Toda possibilidade de aprendizado baseia-se no reconhecimento de um caminho a seguir a fim de chegar a um determinado objetivo. No caminho do aprendizado, nossos pensamentos marcham de forma espontânea e automática na direção que fixamos nossa visão interior, se fixamos nos obstáculos identificados, somos automaticamente direcionados ao obstáculo, nossos pés físicos assim como nossos pensamentos marcham automaticamente na exata direção onde fixamos nosso olhar.

O mesmo acontece em nossa marcha intelectual e moral rumo a um ideal de perfeição, a essa mesma lei obedecem nossos esforços de concentrar os pensamentos nas melhores energias interiores que impulsionarão na direção do objetivo desejado.

Diferente da Primeira Viagem, que é a mais difícil e representa a purificação pelo ar e também os primeiros esforços que o Aprendiz faz em busca da verdadeira luz, onde o caminho é nebuloso, cheio de obstáculos e o medo é presença marcante, a Segunda Viagem representa uma fase mais fácil mas não menos importante, consequência direta dos desafios superados na Primeira Viagem,  seu percurso é por lugares mais planos com poucos obstáculos, tendo como fato marcante o tilintar de espadas. A medida que superamos os obstáculos encontrados no caminho da Primeira Viagem, que simbolicamente significa a vida humana na fase consignada à infância, criamos as qualidades que faltavam para superar os medos e as apreensões na fase da juventude da vida humana, simbolicamente representada pela Segunda Viagem.

A Segunda Viagem simboliza a prova da água, que consiste em limpar ou libertar a alma dos erros, vícios e imperfeições que constituem a raiz de todo o mal, indica a perseverança no caminho da purificação da alma através da água, ou seja, o batismo da água ou negação do negativo, sendo a agua o elemento negativo por excelência, que precede o batismo do fogo ou do espírito que é a afirmação do positivo que carrega o perfeito estabelecimento da verdade.

O batismo da água representa a purificação da imaginação e da mente, dos erros e dos defeitos, constituindo importante fase na obra de redenção e regeneração individual que a iniciação maçônica nos mostra. O simbolismo das espadas representa que todo Aprendiz deve procurar acomodar-se aos moldes da força moral necessária ao seu estabelecimento no seio da sociedade maçônica, pois, somente assim poderá combater os vícios. Sob este aspecto, o tinir das espadas representa as lutas que o iniciado trava em sua vida profana para vencer suas paixões, pensamentos, hábitos e tendências negativas.

Sendo assim, a lição da Segunda Viagem é de incumbir os iniciados à serem exemplos vivos de conduta moral necessária para a evolução humana.

Em suma, existe uma profunda ligação entre as três viagens que o Aprendiz Maçom faz na cerimônia da sua iniciação com a hierarquia da evolução da vida templária. A Segunda Viagem, objeto deste trabalho, remete à juventude, caracteriza a meia claridade da idade de Companheiro, onde o progresso da educação familiar e maçônica começa a forjar o bom Maçom. A Primeira Viagem representa o Aprendiz e a Terceira Viagem o Mestre.

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