Uma Discussão Sobre Ética e Política
Por: Veronica Alkimim Rocha • 10/10/2018 • Resenha • 1.260 Palavras (6 Páginas) • 189 Visualizações
Uma discussão sobre ética e política na orientação dos rumos constitutivos de nossa
sociedade.
Verônica Alkimim Rocha
As relações entre as motivações políticas e o trabalho, as relações entre política e
filosofia, o fato de ser militante política foi sua porta de entrada para o mundo acadêmico: a
crítica (de início ainda leninista) do estalinismo levantava questões cuja discussão exigia o
recurso à dialética e, portanto, a questões técnicas de lógica (não formal). Esse contexto
político também ditou seu destino acadêmico: os sucessivos golpes militares no Brasil e no
Chile acabaram instalando-o na França. Seu percurso pessoal (da crítica ainda leninista do
Estalinismo à crítica do próprio leninismo) serve de ponto de apoio para refletir sobre as
relações entre democracia e capitalismo, de um lado, e, de outro, sobre ética e política, a partir
de uma perspectiva que não é pura e simplesmente revolucionária. Mas dá também ensejo a
uma reflexão sobre as peculiaridades do trabalho filosófico, sobre as relações complicadas
que o trabalho acadêmico mantém não só com o conhecimento da realidade social imediata
como também com o saber histórico.
Uma reflexão filosófica em torno da política, tinha um escopo muito preciso,
interessante e ao mesmo tempo limitado, uma ideia de fundamentação da política, pensar o
porque do problema era saber se fundamentava. Podendo ser inocente ou não, aos olhos de
Hegel, isso tem consequências enormes. Desencadeando uma serie de pensamentos
filosóficos, pois assim inicia o trabalhar os problemas de filosofia teórica, ou de lógica
teórica. Lógica sempre num sentido não formal. Contudo foi ficando com uma perspectiva
crítica. Com o passar do tempo se percebe que já se passaram vinte anos, trinta anos, e não
se percebe mais marxista. Mas se considera ligado à dialética, a essa tradição.
Segundo Marcelo, entrevista a Ruy Fausto, nessa sua reflexão sobre a política e sobre
esse contexto que vem da década de 1960 para cá:
É, era Hegel, era Marx, depois passa a ser Adorno, mas isso é a teoria. Eu tinha
outras referências. Eu era e sou leitor de política. Então, na minha juventude fui
trotskista; hoje, eu tenho reservas muito grandes em relação a essa figura (o Trotski),
com exceção do jovem… (pagina 24).
A reflexão sobre a politica traz muitas alusões sobre varias figuras que bem
representou a sua época. Para o estudioso de politica que se encanta pelos filósofos, passa
adotar cada estilo e logo desencanta com fatos passados.
Essa política, da qual a filosofia fala, dialoga com facilidade com essa política do dia
a dia, com esse nosso cotidiano, na verdade o dia a dia torna-se mais complicado, a
caracterização de grupos de extrema esquerda, nesse tempo, era a sua ignorância em matéria
de Brasil e do cotidiano. Era gente que tinha certo número de coisas na cabeça que eram
interessantes. Muitas ilusões acerca de pensadores sobre a politica, porem muitos não
consideravam estas opiniões de esquerda, Lenismo, Stalinismo, logico que tinha fatos
positivos destes pensadores, com as cabeças vazias, visão abstrata, a população brasileira
absorve melhor esses clássicos da política.
A política é efetiva nesse debate, ela interfere de maneira efetiva no seu cotidiano. Os
intelectuais têm acrescido muito no desenvolver da politica, as ideias retratam muitos fatos do
dia a dia, preocupar com os problemas que assolam a politica brasileira evidenciam como
muitas intervenções no dia a dia. Outro problema é que a imprensa tem um peso grande e que
atualmente os políticos que mais ou menos controla tudo isso. Escrever artigos sobre esta
realidade pode até contribuir para o futuro da politica, demonstrar a população, formando um
senso critico, capaz de não sentir envolvido com relatos mentirosos, todos deveriam ter a
capacidade desconfiar e não aceitar o que vários políticos querem dominar a população. A
participação deve ser decisiva no processo do saber, seres que poderão influenciar
positivamente uma família, uma comunidade ou mesmo uma população, este é o saber critico.
Mas, de qualquer maneira, há hoje uma relação com o país, por parte de uma boa parte da
intelectualidade da esquerda, que talvez seja mais concreta, mais viva do que era naquela
época, muito marcada pelos grandes modelos e coisas desse tipo. Estudar as teorias filosóficas
e politicas traz um grande embasamento para poder melhor discutir os caminhos da ética e da
politica. Ao mesmo tempo vendo o que a historia registrou nos dá o pleno entendimento de
vários porquês de nossa realidade. Por saber o que aconteceu exatamente.
Em determinado momento, foi quebrado o formalismo de fazer filosofia, trabalhar
esses temas sem preocupar com a ideia de ser historiador. Há todo um trabalho a fazer não se
conhecem
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