Uma Visão Ética do Jeitinho Brasileiro
Por: Johnjow • 3/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.044 Palavras (5 Páginas) • 153 Visualizações
Disciplina : Ética Fundamentos Filosóficos | Trabalho Final |
1. O texto traz a tona alguns dos comportamentos brasileiro no trabalho, realmente é notado que sempre tentamos ter conversas calorosas com pessoas que não que acabamos de conhecer, tentamos nos aproximar com abraços e carinhos. Algumas das vezes negamos dizer algo diretamente e é feito um rodeio para uma conversa que poderia ser resolvida em questões de minutos, mas como Da Matta mesmo diz em seu texto, esse jeito brasileiro é uma forma de sobrevivência. Em um país onde a desigualdade é evidente e escancarada para toda sociedade, você sempre se verá em situações que há necessidade de usar a lábia, seja para ajudar alguém ou para tentar sair de uma situação de dificuldade imposta. Essa necessidade de ter amigos no trabalho pode estar atrelado ao nosso lado mais charmoso do “jeitinho”, aquele carinhoso e familiar, uma sociedade carente. Ainda falando sobre o jeitinho também é evidente a malandragem, de nunca ser pontual e sempre se usar desculpas como trânsito. Mas como esperar pontualidade de uma sociedade que está atrasada com a saúde, educação e respeito para todos os seus cidadãos. O que nos leva ao trecho de Da Matta “Num mundo tão profundamente dividido, a malandragem e o jeitinho promovem uma esperança”. Nosso jeitinho às vezes é sujo e mesquinho, mas também é extremamente necessário, é quase que um escudo para a forma que a sociedade é brasileira precisa sobreviver
3. O “jeitinho” brasileiro está enraizado em todos nós, independente da classe ou condições financeiras. Você acorda todo dia mais cedo para chegar no ponto de ônibus e conseguir um lugar melhor, paga um café para o porteiro, com a intenção que ele ajude você levar as compras do mercado até seu apartamento. A sociedade brasileira está o tempo inteiro colocando em prática seu jeitinho, é uma forma de sobrevivência no nosso país. Seja para sair de uma situação inusitada ou burlar algum sistema. O jeitinho brasileiro já foi considerado encantador por todo mundo, suas lindas mulheres, seu futebol arte, a música encantadora, mas também já atinge uma má fama, de um país malandro, onde não há segurança ou de tentar tirar vantagem de turistas. Cabe a nós mesmo, brasileiros, tão bons em nos virar, transformar esse nosso jeitinho, no jeitinho correto, onde se adapte, mas sem ser persuadido pela vontade de burlar as leis e nós mesmos e toda sociedade.
2. Sim, nos identificamos com o texto, pois vários dos pontos citados, são observáveis no nosso cotidiano. O seis costumes brasileiro no trabalho traz fragmentos do comportamento executado por grande parte da sociedade brasileira, comportamentos individuais ou em grupos sociais. Fazendo paralelo com o texto, nos comportamentos individuais sempre fica escancarado o nosso “jeitinho”. Existe uma grande dificuldade de regras serem seguidas, seja avançando em um sinal, furando uma fila, colando na prova, o brasileiro sempre se sente tentado quando acha uma possível chance de burlar o sistema. Novamente usando o texto como base, se você analisar as empresas e funcionários no Brasil, há sempre, pelo menos a tentativa de união. Sempre há convites para sair e tomar “uma” na sexta depois do expediente ou aquele “churrasquinho” da firma no sábado. Quantas vezes você já não ouviu falar também da famigerada “pelada da firma”? Esse também é um fragmento do nosso “jeitinho” brasileiro. Talvez o nosso “jeitinho” seja a forma de lidar com o descredo em nós mesmos ou talvez, mais uma vez usando o texto, é só mais uma forma de desculpa, uma forma de não nos responsabilizamos por nossas atitudes.
4. Atualmente no Brasil Aborto é crime sendo previsto nos artigos 124 a 127 do Código Penal, contudo o artigo 128 aborda as duas únicas exceções em que o aborto não se caracteriza como crime, são elas em casos de estupro, quando a mulher realiza denuncia na polícia e faz exame de corpo delito; e nos casos de indicação médica, quando a gestação é fator de risco de vida para a gestante. Apesar do aborto ser caracterizado como crime, dados da ONU (Organização das Nações Unidas) de 2013 comprovam que acontecem todo ano cerca de 3,2 milhões de abortos inseguros de adolescentes entre 15 e 19 anos nos países mais pobres. Estima-se que 70 mil adolescentes morrem a cada ano por complicações durante a gravidez ou o parto. Levando esses dados em consideração as leis do aborto deveriam ser revistas para que medidas fossem tomadas e as condições para que o mesmo se torne legal em determinados casos se tornem mais permissivas, caso essa medida seja tomada, diversos problemas poderiam ser evitados, a começar com as gestantes que deveriam passar por um acompanhamento psicológico durante o processo, caso a ideia de dar prosseguimento ao aborto persista o procedimento deveria ser realizado de maneira legal e adequada, desse modo a vida e as saúde mental da gestante não estaria sendo posta a risco. A legalização do aborto seria uma forma de evitar o alto índice de mortes maternas decorrentes de abortos inseguros principalmente em populações mais pobres.[pic 1]
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