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A Cartografia do 7° ano Geografia e Didática

Por:   •  5/2/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.208 Palavras (5 Páginas)  •  182 Visualizações

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Geografia e didática.

Essa obra começa já com a apresentação do porquê foi escrita, a comparação inicialmente do curso licenciatura para formação de professor em comparação com o curso de medicina foi uma sacada grande, que poucos observam e discute essa diferença na cobrança e nas exigências na formação de médicos que são exigentes desde o ingresso, com severa disputa por candidato, a residência quase desde o início do curso que é cobrada na formação profissional, na qual objetiva ter pelo menos os conhecimentos mínimos. Enquanto a disputa por vagas para ser professor pouco se exige para o ingresso, menos são cobrados para a conclusão do curso, isso sem contar que durante a formação os alunos pouco se cobram estágios e muitas vezes nem enfatizado pelos professores ou pelo curso o processo de estágio por ser deixado de lado, essa comparação mostra a despreparação no desenvolvimento do ser professor.

Vale ressaltar também, que os estudantes de licenciatura quando chega nas escolas encara a realidade dura na prática, que por muitas vezes se inspiram em professores que já teve durante a fase escolar, mas essas ações do passado de outros professores são de outros tempos e é preciso se atualizar para o dia de hoje, tanto metodologicamente, na postura e se adaptar com os novos recursos e tecnologias presente na atualidade. Nesse sentido, a reflexão desse paradoxo fez surgir a ideia para dissertação do livro e sua coleção, escrito por educadores experientes na área de educação que destacam a prática docente nos dias de hoje, experiências e teorias, apesar de cada volume abordar temas específicos e projetado por profissional de áreas especificas, são interdisciplinares.

Ao adentrar o livro de fato, o capítulo 1 aborda a visão complexa de um professor de geografia que difere muito de uma visão comum, como no exemplo descrito pelo autor ao avistar e analisar um morro, olhares comuns veem apenas um morro, matas e não a transformação espacial que houve desde do passado até hoje, com a chuva, a alternância de temperaturas e a vegetação ao redor do morro com diferentes verdes que também vivem em constante simbiose com os animais que ali pertencem. Bem como os capítulos seguintes, vão abordar como o cérebro aprende Geografia e como explorar o cérebro para guardar os conteúdos aprendidos, a partir do RAD que possuí três filtros importantíssimos para entender o processo de aprendizagem, o primeiro filtro é o “R” que rejeita tudo o que for desinteressante, o segundo filtro é “A” a informação precisa ser emocionante ou afetiva para então avançar para o próximo nível que é o “D” que envolve a dopamina, neurotransmissor do prazer e é a informação assimilada.

Outro ponto importante é a aprendizagem significativa, onde o professor tem um papel importante, a intenção para que o conteúdo a ser trabalhado não se transforme em simples memorização. Ao invés disso, o ideal é que as informações possam ser transformadas em conhecimento, pelos próprios alunos, como agentes de sua aprendizagem, e com a ajuda do professor. Desde a chegada da Escola Nova e o movimento da Renovação do Ensino, a memorização mecânica deixou de ser sinônimo de aprendizado e compreensão. Agora cabe ao professor a não tão simples, porém significativa, tarefa de transformação e construção do conhecimento. E o professor de Geografia deve sempre procurar explorar os temas a serem abordados em aula, com novas linguagens, motivando os alunos, cada vez mais cercados por novas tecnologias que acabam não estimulando curiosidade pela mensagem do professor, que precisa fazer com que os temas correspondam à satisfação de algumas necessidades dos alunos. Já a partir do sexto capítulo há a tentativa de explicar o que é Geografia, por que ensinar e aprender Geografia ou o que significa ensinar essa disciplina. Para os autores, a Geografia “é uma ciência que tem como objeto de estudo o espaço. [...] pode melhor ser estudada como ciência interdisciplinar” (página 32). E ao se questionarem qual, das tantas geografias, se deve ensinar, chegam à conclusão que deve ser aquela que, carregada de bom- senso e estímulo à reflexão, ajuda aos alunos se transformarem em atores na construção de paisagens, capazes de compreender e avaliar a interação social e sociedade- natureza. Desta maneira, os alunos passam a melhor perceber espaço-tempo a sua volta. No capítulo 10, os autores tratam da relação entre a Geografia e a Educação Ambiental, que nos últimos tempos ganhou destaque. Dessa forma, como qualquer outro tema que “surge” com certa emergência de ser apontado, nem sempre a temática vem acompanhada de planejamento interdisciplinar, fazendo com que se tornem apenas informações desconexas. Partindo para os próximos capítulos, as Ferramentas da Geografia passam a ser discutidas. Como é o caso do fato geográfico, mostrando que essa é a “ciência dos espaços amplos, das grandes paisagens”; do texto e da carta geográfica, com a importância da linguagem geográfica e alfabetização cartográfica; dos trabalhos de campo e estudo do meio, mostrando aos alunos que a geografia não é restrita à sala de aula. Os autores abordam no livro os pilares da educação, especificamente no caso do ensino de Geografia. São apresentados quatro tópicos que compõem a ideia, de um possível consenso internacional, para uma educação de qualidade. São esses: ensinar a conhecer, ensinar a fazer, ensinar a compartilhar e ensinar a ser.  E a Geografia, como disciplina escolar, também deveria fazer parte desse ideal, a partir dos planejamentos que os professores fazem para suas aulas. Também é levantada no livro a questão da presença das novas tecnologias no cotidiano dos alunos e, a partir daí, os possíveis novos recursos a serem utilizados nas aulas de Geografia. Contudo, os autores também destacam a importância do quadro- negro ou da lousa, que ainda faz parte da grande maioria das escolas públicas do país, como principal recurso para a aprendizagem, e que pode sim, se usado de maneira eficiente, ser uma ótima ferramenta. Além do mais, muitos professores não estão preparados para trabalhar com os novos recursos. Fica claro, a todo o momento, durante a leitura do livro a relevância do planejamento com qualidade para as aulas de geografia, buscando de maneira inteligente trazer para essa ciência, em sala de aula, as novidades que chegam muito mais rápido e quase que a todo o momento. Isso não significa que o professor tem a obrigatoriedade de saber tudo sempre, ter todas as informações “na ponta da língua”, mas sim ensinar o aluno a procurar certas informações e ser capaz de analisá-las, ao passo que vai “desenvolvendo competências e usando habilidades”. Para que o ensino de Geografia seja de qualidade, é preciso levar em consideração que muitos alunos não serão Geógrafos, por essa razão é imprescindível que sejam definidos os conteúdos de fato necessários para todos. E isso cobra que a capacidade de adaptação do professor, seja posta em prática. Contudo, sem dúvida, alguns fundamentos como aprender a questionar, comparar ou sintetizar precisam ser abordados em todas as séries. E trabalhar Geografia com interdisciplinaridade é fundamental para uma aprendizagem significativa. Os autores defendem quem isso não significa que o professor precise conhecer perfeitamente todas as outras disciplinas, e sim que esteja disposto a levar o aluno a fazer essa correlação. É importante ressaltar que essa ação é proposta pelos autores para que seja um trabalho atemporal, continuado e persistente.

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