A Situação da classe trabalhadora na Inglaterra
Por: Marcus Vinicius • 8/5/2018 • Relatório de pesquisa • 418 Palavras (2 Páginas) • 973 Visualizações
Resenha Geografia Urbana
“A situação da classe trabalhadora na Inglaterra”
O capítulo 1 do livro “A cidade do capital” de Lefebvre, é baseado na obra do alemão Friedrich Engels “A situação da classe trabalhadora na Inglaterra” de 1845. Nele, Lefebvre faz uma síntese com esse clássico, que foi de grande importância para o estudo das ciências sociais que enfocam o meio urbano.
Engels que viveu no contexto da revolução industrial, explica com detalhes suas vivências empíricas em relação a aquele novo modelo de produção. Detalha a organização do espaço urbano, dando ênfase na qualidade de vida do cidadão urbano, além de também fazer uma abordagem econômica tratando sobre o modo de produção capitalista, que estava dando seus primeiros passos nesse período. Fato que fez de Engels o primeiro dos teóricos a descrever, a analisar e a discutir o sistema capitalista dentro de um país, dando base ao pensamento marxista.
Para Engels este novo sistema de produção que estava nascendo (capitalismo monopolista), têm como efeito “espacial” caracterizado pela centralização; O capital têm o poder de atrair e centralizar o povo, assim como o povo têm o poder de atrair o capital, tornando este um caminho de mão dupla, e um ponto chave para a compreensão da gene das cidades industriais do século XIX. Lefebvre detalha este aspecto de centralização no trecho:
A concentração da população acompanha a do capital (Cap. I – O proletariado industrial, p.56-57). Em torno de uma fábrica de porte médio, um vilarejo se constitui; ele engendra uma população tal que inevitavelmente outros industriais chegam para utilizar (explorar) esta mão-de-obra. O vilarejo se torna uma pequena cidade e a pequena cidade uma grande. “Quanto maior é a cidade, maiores são as vantagens da aglomeração”; ali se reúnem todos os elementos da indústria: os trabalhadores, as vias de comunicação (canais, estradas de ferro, estradas), os transportes de matérias-primas, as máquinas e técnicas, o mercado, a bolsa. Daí, o crescimento supreendentemente rápido das grandes cidades industriais.
A situação do proletário nesse período foi um importante ponto tratado por Engels. Ele descreve a situação precária em que os trabalhadores começaram a passar a partir da industrialização das cidades. Não havia assistência nenhuma dos burgueses, que com sua avareza na busca da maximização dos lucros, deixavam seus operários vivendo em estado insalubre, com moradias de baixa qualidade, sem manutenção das ruas e casas. Essas circunstâncias criadas pela classe burguesa, tornou a cidade industrial um caos, onde problemas como a criminalidade acompanham o crescimento urbano até o presente.
Marcus Vinicius Santos Vieira
Referências Bibliográficas
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