DA EDUCAÇÃO SEGREGADA À EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Por: Iara Nunes • 11/12/2015 • Trabalho acadêmico • 1.492 Palavras (6 Páginas) • 699 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
MATEMÁTICA
IARA SILVA NUNES
PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL I
DA EDUCAÇÃO SEGREGADA À EDUCAÇÃO INCLUSIVA
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Ituiutaba
2015
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IARA SILVA NUNES
DA EDUCAÇÃO SEGREGADA À EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Trabalho apresentado ao Curso Matemática pela Universidade Norte do Paraná, sob orientação dos professores Wilson Sanches, Regina Celia Adamuz, Sandra C. Malzinoti Vedoato, Marlizete Cristina Bonafini Steinle.
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Ituiutaba
2015
PRODUÇÃO TEXTUAL INDIVIDUAL I
DA EDUCAÇÃO SEGREGADA À EDUCAÇÃO INCLUSIVA
I INTRODUÇÃO
No momento, novos paradigmas educacionais, surgem na educação inclusiva, considerando todo ser humano, com diversidades e limites singulares. Assim, há uma grande mudança na concepção tradicional para a atual, enquanto trabalha-se o conceito da diferença entre as pessoas e não mais da homogeneidade.
Nesta perspectiva, a política de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino consiste em transcender para além da permanência física, legitimando o seu direito a uma educação diferenciada de acordo com sua necessidade.
DESENVOLVIMENTO
A inclusão, no momento atual, propõe a qualidade para todos, e, conforme a Declaração de Salamanca exige que a educação vivencie novos enfrentamentos e novos posicionamentos diante do ato de educar.
Portanto, para a educação inclusiva tornar-se realidade com os novos paradigmas atuais, não foi tarefa fácil, sendo que as classes especiais eram espaços de segregação para os alunos que não se enquadravam no sistema regular de ensino.
Isto fica claro na explicitação de Glat e Fernandes:
O modelo segregado de Educação Especial passou a ser severamente questionado, desencadeando a busca por alternativas pedagógicas para a inserção de todos os alunos, mesmo os portadores de deficiências severas, preferencialmente no sistema rede regular de ensino (como recomendado no artigo 209 da Constituição Federal de 1988). Foi assim instituída, no âmbito das políticas educacionais, a Integração. Este modelo, que até hoje ainda é o mais prevalente em nossos sistemas escolares, visa preparar alunos oriundos das classes e escolas especiais para serem integrados em classes regulares recebendo, na medida de suas necessidades, atendimento paralelo em salas de recursos ou outras modalidades especializadas. (2005, p. 3)
Para tal finalidade na inclusão educacional, o profissional da educação teve que se adequar a uma pedagogia centrada no aluno, atendendo as dificuldades temporárias ou permanentes na escola.
Desse modo, e com um olhar diferenciado sobre a realidade que nos cerca, rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando as adversidades, ao mesmo tempo, acomodar os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem.
Neste sentido, a função da escola regular ao receber os alunos com necessidades especiais deve voltar para uma realidade que atenda a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Deste modo, os pressupostos encontram-se na Declaração de Salamanca, em defesa de uma sociedade para todos. O que significa dizer, que todas as pessoas devem aprender juntos, independente de quaisquer dificuldades cognitivas e/ou diferenças sócio-culturais-econômicas, raciais e de gênero.
Segundo Glat e Fernandes:
A educação de alunos com necessidades educativas especiais que, tradicionalmente se pautava num modelo de atendimento segregado, tem se voltado nas últimas duas décadas para a Educação Inclusiva. Esta proposta ganhou força, sobretudo a partir da segunda metade da década de 90 com a difusão da conhecida Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994), que entre outros pontos, propõe que “as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar” [...] (2005, p. 1)
Nesta perspectiva, percebe-se que a política de inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais na rede regular de ensino legitima seu direito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1995.
Deste modo, a LDB 9394/96, em seu artigo 59 estabelece:
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicas, para atender as suas necessidades. II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os super dotados; de rever concepções e paradigmas, respeitando e valorizando a diversidade desses alunos, exigindo assim que a escola defina a responsabilidade criando espaço inclusivos. Portanto devemos reconhecer que a política de inclusão significa que não é o aluno que deve se moldar ou se adaptar à escola, mas a escola consciente de sua função educadora é que deve se colocar à disposição do aluno.
Vale ressaltar, que a Lei assegura e proteja o educando, sendo que a escola é que deve moldar ou adaptar ao aluno, esta é a política de inclusão.
A escola e os seus profissionais envolvidos com a educação inclusiva devem melhorar sua atuação, criando e/ou adaptando novas metodologias experimentais, no sentido de possibilitar aos educandos, crianças e jovens com necessidades educativas especiais, vivenciarem o processo de inclusão escolar e social.
Desta forma, a práxis pedagógica do educador que atua na escola inclusiva, pode atualizar, adequar, reavaliar seu planejamento e sua postura, por meio da leitura e discussão, estudos e pesquisas, possibilitando ampliar os diversos significados do ensino e da aprendizagem para atender a todos com igualdade, sem discriminação, receber a todos com a mesma dedicação.
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