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IGUALDADE DE GÊNERO - A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

Por:   •  14/10/2016  •  Artigo  •  2.251 Palavras (10 Páginas)  •  469 Visualizações

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IGUALDADE DE GÊNERO - A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO

1. INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado é a oportunidade de por em prática o que foi posto durante o curso, e de observar como essas práticas estão sendo postas em sala de aula, podendo assim basear-se e conhecer o ambiente escolar, não só da sua forma superficial, mas da complexidade que ele oferece. Essa prática é proposta pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), possibilitando fazer o entrelaçamento da prática e da teoria, construindo assim a formação do professor. No processo de formação do professor a pesquisa é uma ferramenta essencial, possibilita o aprofundamento do conhecimento sobre os comportamentos encontrados em sala de aula que são influenciados pelo meio externo. Entendo assim as relações sociedade escola. Ainda dentro das escolas existem barreiras para trabalhar alguns temas, como a questão de gênero, onde observa-se que nenhum trabalho foi desenvolvido recentemente sobre o tema. Como professores de Geografia temos como responsabilidade problematizar temas que são "tabus" na sociedade, e provocar essas discussões despertando senso crítico.

A educação geográfica é um componente obrigatório da grade curricular do ensino médio e fundamental, e dentro desse importante componente curricular um dos objetos de estudo é a interação entre o homem e o espaço e as transformações pelo homem. Dentro desse âmbito cabe ao professor de Geografia o  compromisso de problematizar, possibilitando trabalhar nas aulas de Geografia com a "Igualdade de Gênero, a mulher no mercado de trabalho".

Segundo Oliveira e Knöner (2005, p 34.)

A questão de Gênero é diretamente entrelaçada as diferenças que foram sendo postas entre homens e mulheres ao longo de processo de construção da sociedade, promovendo as relações de desigualdade entre homem e mulher. Assim, gênero passou a constituir uma entidade moral, política e cultural, ou seja, uma construção ideológica, em contraposição a sexo, que se mantém como uma especificidade anatômica.

 

Com o processo de desenvolvimento de sociedade patriarcal sabemos que o homem se assegurou como parte dominante e superior do processo, e partir disso a mulher passou a ser desvalorizada. Em 1981, o rendimento médio do trabalho da mulher equivalia a 55,7% do rendimento médio do trabalho do homem e essa relação passou a ser de 70,6% em 2002. (LEME; WAJNMAN, 2000). Já no último levantamento que foi realizado no final de 2013 é possível observar que essa diferença se mantém constante. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, elas receberam em média 74,5% da renda dos homens –  em 2013 o percentual era 73,5%. Essa desvalorização da mulher se dá pelas questões históricas, onde erroneamente considera-se como uma parte menos produtiva. A luta de classes é uma luta histórica, onde as mulheres lutam para conquistar seu espaço de direito. A discriminação da mulher é cotidiana mesmo em uma sociedade que se diz contemporânea, sabemos que é dever da educação conscientizar desde a escola a importância e a igualdade da mulher.

2. METODOLOGIA

A pesquisa ocorreu de forma qualitativa no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL) .

Para coleta de dados utilizamos um questionário que foi elaborado sob orientação da professora orientadora responsável pela disciplina de Estágio II, a partir de um critério estruturado, com base em perguntas claras e objetivas sobre a temática Igualdade de Gênero – A mulher no mercado de trabalho, aos alunos do 1º e 3º ano do ensino médio do curso de mecânica industrial, a intervenção se deu em sala de aula sob a supervisão do professor supervisor, com um pequeno debate após aplicação do questionário, onde os resultados serão exposto depois.

3. A PESQUISA NO ESTAGIO SUPERVISIONADO         

As transformações históricas da sociedade elevaram o nível de responsabilidade da escola, com a própria inserção da mulher no mercado de trabalho e as transformações do espaço que levam o trabalhador a ficar cada vez mais tempo dedicado a sua atividade renumeradora, faz com que aflore a necessidade da evolução do ambiente escolar.

Visando essa evolução as pesquisas dentro do ambiente escolar sobre os processos educacionais são essenciais, a partir dessa problematização é possível observar as transformações que são necessárias para atender as novas necessidades da sociedade.

 É necessário que o professor adote uma postura investigativa para compreender o processo de ensino-aprendizagem aperfeiçoando suas práticas, dentro de um espaço em constante transformação, onde informações são fornecidas por todos os meios,  ter uma constante evolução das praticas escolares é importante para manter o papel social da escola. O conselho nacional de educação considera

A pesquisa constitui um instrumento de ensino e um conteúdo de aprendizagem na formação, especialmente importante para a análise dos contextos em que se inserem as situações cotidianas da escola, para construção de conhecimentos que ela demanda e para compreensão da própria implicação na tarefa         de educar (CNE/CP nº 1 de 18 de fevereiro de 2002, apud ANDRÉ, 2002, p.66).

É importante que a pesquisa de fato seja aplicada como pratica de ensino, assim possibilitando o constante processo de evolução, estreitar os laços universidade escola é um dos caminhos a serem seguidos, as pesquisas devem ser desenvolvidas com os professores em formação criando uma troca de informações.

As pesquisas são desenvolvidas em grande parte dentro das universidade, mas depois que os resultados são postos muitas vezes não a possibilidade de discussão com o objeto investigado, é importante que não seja só um documento teórico observatório, mas sim uma pesquisa baseadas nas praticas que são desenvolvidas e com trabalhos de aperfeiçoamento dessas.  

A escola é uma estrutura complexa que como o espaço esta em constante transformação, as constantes inovações a aperfeiçoamento das práticas devem ser rotineiras e não uma exceção.

  O curso de Geografia Licenciatura é voltado para a educação, para construir o ensino dentro do ambiente escolar, durante a graduação escutamos muito sobre as praticas que devem ser adotadas em sala de aula, as ferramentas facilitadoras e as dificuldades que serão encontradas. Sabemos que o Estágio vem para esclarecer esses pontos e termos a real dimensão sobre o ambiente escolar, a lei de diretrizes e bases da educação (LDB) fala no decreto nº 87.497, de 18 de agosto de 1982, que regulamenta a Lei nº 6.494. No artigo segundo lê-se:

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