O Ensino de Geografia
Por: rogeriost1987 • 12/8/2021 • Trabalho acadêmico • 4.998 Palavras (20 Páginas) • 111 Visualizações
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE GEOGRAFIA
PLANEJAMENTO NO ENSINO DE SOCIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO.
LAJE
2021
ROGÉRIO DOS SANTOS [pic 2]
PLANEJAMENTO NO ENSINO DE SOCIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO.
Trabalho de Conclusão de Curso, sob a forma de Artigo Científico, apresentado a Universidade Candido Mendes (UCAM), como requisito obrigatório para a conclusão do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Ensino de Geografia.
Orientador (a): Prof.ª. Késia Andrade Passos
LAJE
2021
PLANEJAMENTO NO ENSINO DE SOCIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO.
Rogério dos Santos[1]
RESUMO
Este artigo, intitulado Planejamento no ensino de Sociologia do Ensino Médio, demonstra que vivemos em uma sociedade na qual há uma crescente multiplicidade de informações e linguagens com as quais temos de lidar, como resultado da revolução tecnológica responsável pela difusão e rapidez dos meios de comunicação. A escola tem o importante papel de conferir sentido e significado a esse conjunto imenso de informações, promovendo um processo de reflexão, decodificação, analise e interpretação das informações, além de permitir a apropriação pelo aluno de várias modalidades de linguagem presentes nos meios de comunicação. Nas discussões atuais sobre a reformulação do Ensino Médio, um papel central é atribuído à interdisciplinaridade. Propõe-se uma reorganização do ensino com enfoque no tratamento interdisciplinar de temas como eixo estruturador dos currículos, em vez da organização do conhecimento em cada disciplina. A avaliação é parte integrante e essencial do processo de ensino-aprendizagem em todas as suas etapas. Alunos e professores precisam acompanhar o respectivo desempenho, tendo como base indicadores quantitativos, mas, sobretudo, qualitativos. Dentro da abordagem sobre o planejamento do ensino de Sociologia no Ensino Médio, procura-se também enfatizar como a separação dos saberes escolares em diferentes disciplinas constitui apenas um recurso para que o aluno perceba etapas em seu processo de aprendizagem, jamais “gavetas separadas em uma mesma instante”, onde o que se aprende em outras matérias, por exemplo, se distancie do que está se aprendendo em Sociologia e outros conteúdos.
Palavras – chave: Planejamento; Sociologia; Ensino Médio; Interdisciplinaridade; Avaliação.
INTRODUÇÃO
Vivemos em uma sociedade na qual há uma crescente multiplicidade de informações e linguagens com as quais temos de lidar, como resultado da revolução tecnológica responsável pela difusão e rapidez dos meios de comunicação. Mas isso não coincide com a inserção critica da maioria dos indivíduos nessa sociedade, uma vez que geralmente eles tem de lidar com uma enorme massa de informações distintas, descontextualizadas e fragmentadas. Essa situação dificulta o estabelecimento de relações entre as informações dispersas e dificulta a construção do conhecimento.
A escola tem o importante papel de conferir sentido e significado a esse conjunto imenso de informações, promovendo um processo de reflexão, decodificação, analise e interpretação das informações, além de permitir a apropriação pelo aluno de varias modalidades de linguagem presentes nos meios de comunicação. No âmbito da educação escolar, essa situação tem implicado cada vez mais novas e distintas formas de aprender e ensinar. Nesse sentido, é importante assinalar a centralidade do trabalho docente na busca de metodologias e práticas didáticas capazes de permitir a apropriação e a socialização do saber, tarefa principal da escola.
Como lugar de reflexão acerca da realidade, a escola é um espaço privilegiado para a preparação do aluno para a construção de uma visão organizada e articulada do mundo. Nós, professores de Sociologia, temos um papel fundamental nesse processo, já que o conhecimento com o qual trabalhamos permite aos alunos elaborar uma leitura crítica da pratica social na qual estão inseridos no território em que habitam.
A Sociologia contemporânea tem privilegiado o conhecimento sobre o espaço em diferentes escalas de analise. Como disciplina escolar ela prepara o aluno para a leitura e a compreensão da sociedade, entendido como construção histórico-social, fruto das relações estabelecidas entre as sociedades e delas com esse processo social. Onde é preciso lembrar que, durante muito tempo, o ensino da disciplina foi marcado por uma abordagem descritiva e mnemônica.
A revisão do ensino de Sociologia faz parte, de um movimento de renovação curricular, do qual os esforços se centram na melhoria da qualidade do ensino, passando necessariamente por uma revisão dos conteúdos e das formas de ensinar e aprender as diferentes disciplinas do currículo da escola básica.
Na realidade, esse processo ainda está em curso, pois é sempre importante refletir sobre a prática docente, na perspectiva de um movimento constante de renovação pedagógica. No que diz respeito ao processo de ensino e aprendizagem, há muitas questões a serem consideradas, entre elas a necessidade de conferir sentido e significado aos conteúdos ensinados/construídos. Assim, é importante superar a idéia do professor apenas como transmissor do conhecimento e entender os conteúdos como meios e não como fins. Mais do que aprender conteúdos, importa que o aluno consiga realizar uma apropriação critica da realidade e os conteúdos escolares são os meios para essa apropriação.
Considerando que o conhecimento é construído pelo sujeito, o aluno, em sua relação com os outros e com o mundo, é necessário que os conteúdos sejam pensados, reelaborados pelo aluno, para se construir em conhecimento apropriado por ele. Assim, é preciso desenvolver as competências de ler o mundo e pensar sobre ele, assim como a capacidade de elaboração própria.
Aprender a pensar é uma estratégia fundamental para potencializar a competência cognitiva. Na prática pedagógica são inúmeras as possibilidades de despertar o interesse dos alunos pelo conhecer, pelo desvendar, mas para isso é necessário mobilizá-los, acompanhando-os e colaborando para que eles construam o conhecimento até chegarem a elaborar e expressar a síntese do que compreenderam. Segundo Marina (1995), compreender é aprender o novo com o já conhecido. Daí a importância de se considerar o conhecimento prévio dos alunos como ponto de partida para uma aprendizagem significativa.
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