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O Fundamentos da Cartografia

Por:   •  31/10/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.364 Palavras (6 Páginas)  •  294 Visualizações

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THIAGO MARTINS SILVA

FUNDAMENTOS DA CARTOGRAFIA

BOA VISTA, RR

2017

O processo de medição da circunferência da Terra realizado por Eratóstenes de Cirene na Grécia

Os Gregos tiveram grande influência no desenvolvimento Cartografia. E um dos grandes nomes foi o do geógrafo, matemático, astrônomo, Eratóstenes de Cirene, que segundo Duarte (2006), com base em seus conhecimentos de Geometria, mediu a circunferência da Terra usando duas estacas. Apesar de outros estudiosos tentarem medir a circunferência da Terra, foi Cirene que chegou mais perto do resultado, de aproximadamente 46 mil quilômetros, sendo que a circunferência da Terra mede aproximadamente 40 mil quilômetros. E o procedimento adotado por ele foi:

(...) baseado num princípio geométrico, considerando que os raios solares chegam à Terra paralelos entre si, que a cidade de Siena (atual Assuan) estaria no Trópico de Câncer, que a cidade de Alexandria estaria à distância de 5 mil estádios (1 estádio = 185m) de Siena e no mesmo meridiano desta (DUARTE, 2006, p.30).

Em relação a parte prática, Eratóstenes de Cirene, colocou:

(...) uma pequena estaca em Siena e outra em Alexandria ambas exatamente na vertical, no dia 21 de junho (início do verão para o hemisfério norte), quando o Sol deveria estar sobre o trópico de Câncer. Por um princípio de Geometria, deduziu que o ângulo formado na estaca em Alexandria deveria ser o formado no centro do planeta pelo prolongamento de ambas as estacas, chegando ao resultado de 7 graus e 12 minutos, ou seja, 1/50 da circunferência (DUARTE, 2006, p.30).

Segundo Duarte (2006), apesar dos cálculos de Cirene, houve um erro de aproximadamente 14% no resultado, que deu se pelo fato de que Siena (atual Assuan) e Alexandria não estarem no mesmo meridiano, e a distâncias entres as cidades é de 4 mil e 530 estádios e não de 5 mil. Entretanto, Eratóstenes através de seus cálculos, abriu novos horizontes para a Cartografia.

A importância de Cláudio Ptolomeu para a cartografia

O grego, Cláudio Ptolomeu foi um dos grandes nomes da Cartografia da Antiguidade. Segundo Duarte (2006), Ptolomeu escreveu várias obras, que tratavam dos mais variados assuntos científicos que envolviam Matemática, Geografia, Métodos de Observações Astronômicas e Cartografia. Suas obras foram de suma importância para Cartografia, pois seus mapas influenciaram o mundo ocidental por muitos anos.

O Mapa Múndi mais completo da Antiguidade foi elaborado por Ptolomeu, como afirma, Almeida (2009, p.6):

O Mapa Múndi mais completo da Antiguidade foi feito por Ptolomeu. Em sua obra Geografia, composta por oito volumes ele tratou de técnicas de construção de projeções e de globos, construiu um planisfério e 26 mapas mais detalhados. Nessa obra, relacionou os nomes de oito mil lugares, com as respectivas latitudes e longitudes, o que constituiu uma inovação, uma vez que, em outras obras da época, essas medidas eram citadas em separado

O Mapa Múndi de Ptolomeu tinha apenas 3 continentes sendo eles: Europa, África e Ásia. Isso se deu pelo fato de que não se tinha conhecimento dos demais continentes existentes.

                                               Mapa Mundi de Ptolomeu

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Fonte: SeuBlog[1]

Apesar da grande contribuição de Ptolomeu para a Cartografia, segundo Duarte (2009) a obra de Ptolomeu foi proibida na no mundo ocidental, sob influência da Igreja Católica, pois as obras de Ptolomeu contrariavam as escrituras sagradas.

A influência da Igreja Católica na Cartografia durante a Idade Média

Alguns autores afirmam que durante a Idade Média houve um declínio na Cartografia por conta da interferência da Igreja Católica Romana. A Igreja não aceitava a teoria que a Terra era um planisfério, pois isto, ia contra as sagradas escrituras. Segundo Duarte (2009), um bom exemplo, é a obra “Topografia Cristã”, escrita pelo frade Cosmas Indicopleustes, que negava a existência da esfericidade da Terra, pois segundo a Bíblia, não poderia existi um mundo de cabeça para baixo, e era insensato acreditar que houvessem homens com os pés por cima da cabeça, árvores crescendo ao contrário, chuva caindo de baixo para cima. Todas essas ideias iam contra os ensinamentos cristãos e a Teologia era a rainha de todas as ciências e tudo que tivesse que ser dito estariam nas Sagradas Escrituras.

Entretanto, o autor também descreve que os mapas sofreram um retrocesso por conta da inferência da igreja, os mapas tinham simplicidade e simetria, o que agradava a igreja, principalmente quando a Terra Santa estava em destaque. E esses mapas ganharam o nome de Orbis Terraum ou mapas “T” no “O”, que foram amplamente difundidos pelos romanos.

Mapa Orbis Terraum

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     Fonte: MomentuSaga[2]

Esses mapas eram bem simples e são uma espécie de anagrama:

(...) com uma letra dentro da outra, em que a parte vertical do “T” representa o Mar Mediterrâneo (o braço esquerdo erro o rio Dom; o braço direito erro o rio Nilo). Por sua vez, o “O” correspondia ao oceano circundante. Um dos mapas mais antigos que se conhece neste estilo aparece na obra de Santo Isidoro, bispo de Sevilha, falecido em 636 (DUARTE, 2009, p.34).

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