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O QUE É NATUREZA

Por:   •  16/6/2018  •  Resenha  •  635 Palavras (3 Páginas)  •  224 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

DEPARTAMENTO DE HUMANAS E SOCIAIS

LICENCIATURA EM CIÊNCIAS HUMANAS/HISTÓRIA

PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL

Docente: Roneide Sousa

Discente: Atalicio Gomes de Sousa Moreira

SÍNTESE

A escrita a seguir é referente à sintetização do capítulo quatro do livro de Marcos de Carvalho intitulado “O que é natureza”. A segunda edição da obra feita pela editora Brasiliense em 2003 tem como principal fundamento a apresentação do que chamaríamos de explicações humanas para definição de “natureza”.

Marcos de Carvalho nasceu no estado de Minas Gerais no ano de 1955, é formado em Geografia pela Universidade de São Paulo, é professor, escritor de outros dois livros em parceria com outros geógrafos e atualmente é professor da PUC-SP.

No capítulo quatro, denominado “os enigmas atuais e a questão ambiental”, Carvalho deixa claro uma concepção bastante humanística e até mesmo filosófica do entendimento da natureza, sob a ótica das descobertas físicas em torno da matéria, mas também pelo discurso das inter-relações. Ora, se ha muito tínhamos na base da ciência uma ideia de estado das coisas a partir de átomos como sendo um conjunto de partículas duras e sólidas, nos vemos agora permeados de conceitos novos e uma compreensão mais dinâmica da natureza das coisas, sobretudo, como resultado das relações, também, de quem as observa.

Carvalho se preocupa em elucidar a importância da chamada Revolução Industrial, ainda no século XVIII, como parte desse processo de aprendizado e de repensar a ciência, pois a partir desta “revolução permanente” houveram os “saltos tecnológicos” que possibilitaram uma intervenção mais apurada e um olhar mais aprofundado acerca da natureza, do homem, das relações, do comportamento e da própria ciência.

Percebe-se em Carvalho uma preocupação em transmitir a ideia de uma “nova” natureza, mas também de trazer conteúdos sociológicos e mesmo antropológicos para dentro do seu estudo. Veja, se por um lado, no século XX, conceitos antes sólidos se tornam “fumaça” e se concretiza o que Marx já dizia “Tudo que é sólido e estável se evapora” é preciso que essa visão seja orientada a partir das inter-relações e que as consequências sejam positivas e que haja também, a partir dessa “nova” natureza, um “novo” mundo.

Para caracterizar essas relações o autor trata de questões conflituosas e exemplifica a partir de algumas revoluções. Doravante temos que pensar que parte de todo esse processo geram resultados e criam, na natureza, respostas antes contestada, mas hoje esclarecidas, posto a “impossibilidade de dissociação do homem com a natureza”. Sendo assim, uma das ideias defendidas por Carvalho é a de perceber o dinamismo da natureza dado nosso comportamento enquanto indivíduos e o nosso comportamento enquanto grupo coletivo. Assim, sugere-se a observância do universo a partir de uma concepção holística e não linear.

Não poderia deixar de citar o que Carvalho descreve acerca do movimento ecológico que vai à contramão do desenvolvimento do estado capitalista. Para explicar melhor a situação dicotômica entre eles o autor trás elementos importantes da visão de ambos: o capitalismo tem seu fundamento na acumulação do capital ou do lucro, portanto, a natureza, nesse contexto é entendida como “matéria-prima” para ser explorada. Por outro lado o movimento ecológico contesta isso e demostra “preocupações crescentes com os ambientes que as sociedades baseadas na exploração e/ou opressão impõem à maioria das pessoas e, consequentemente, ao conjunto da natureza”.

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