Resenha Padrões e Processos Biogeográficos na Amazônia

Biogeografia da América do Sul

REVERSOM MADUREIRA DE SOUSA

Universidade Federal de Rondonópolis – UFR

Instituto de Ciências Humanas e Sociais – ICHS

Departamento de Geografia – DEGEO

Padrões e Processos Biogeográficos na Amazônia

Os estudos em biogeografia histórica possui em geral três etapas básicas que são reconhecer e descrever o padrão de distribuição atual dos organismos, inferir os processos espaço-temporais que influenciaram essa distribuição e testar hipóteses sobre eventos históricos que podem ter causados estes processos com base nas evidencias disponíveis.

Desde os primeiros trabalhos de biogeografia, alguns padrões básicos são observados como os táxons restritos em áreas particulares chamados endêmicos, conforme Almeida e Carvalho “são espaços geográficos definidos pela congruência nas distribuições de duas ou mais espécies que não ocorrem em outro lugar”.  As espécies não são distribuídas de maneira homogenia e não se refere estritamente a uma área de distribuição pequena, organismos podem ser considerados endêmicos em diferentes níveis taxonômicos.

Almeida e Carvalho citam dois métodos mais usados recentemente na região amazônica o método tradicional e o método proposto por Morrone.

O método tradicional sobrepõe os mapas de distribuição de espécies com distribuição restrita para identificar as áreas com alta riqueza dessas espécies. Esse método é limitado, porque faltam critérios claros para determinar se uma espécie tem ou não distribuição restrita. Além disso, o método não revela a natureza hierárquica das áreas de endemismo. Já o método proposto por Morrone3 analisa a distribuição das espécies utilizando o critério da parcimônia para identificar subconjuntos de “unidades geográficas operacionais” (geralmente localidades ou quadrados de 0,5° ou 1°) que são definidos de maneira não ambígua por pelo menos duas espécies. O método de Morrone3 é considerado mais objetivo e completo que o método tradicional, pois não requer nenhuma premissa sobre a extensão das distribuições das espécies e revela claramente a hierarquia das áreas de endemismo.

Além dos dois métodos citados acima, existem vários outros cujo o objetivos é o mesmo identificar áreas de endemismo, analisar a área de distribuição das espécies.

Biogeografia da América do Sul

REVERSOM MADUREIRA DE SOUSA

Universidade Federal de Rondonópolis – UFR

Instituto de Ciências Humanas e Sociais – ICHS

Departamento de Geografia – DEGEO

Biogeografia Neotropical/ Possíveis Metas e Desafios para os Próximos Dez anos

O estudo da biogeografia é importante, pois seu objetivo é estudar os padrões de distribuição da diversidade biológica considerando fatores históricos (tempo ecológico/ quanto geológico) e geográficos.

Atualmente estamos observando extinções que ocorrem em período curto de tempo, diferente das extinções em massa que ocorreram no passado que o intervalo de tempo era de milhões de anos e vale lembrar que o motivo mudanças climáticas ocorriam de forma natural e hoje por mudanças ambientais como mudança climática (aquecimento global) e desmatamento; mudanças nos fluxos de água gerada por edificações, conforme Almeida e Carvalho:

Outro tipo de mudança ambiental, não necessariamente associada a grandes mudanças climáticas, é a dinâmica de ambientes em algumas regiões da América tropical, como as mudanças drásticas de drenagem na Amazônia ocidental resultantes do soerguimento dos Andes tropicais. Tais mudanças poderiam ser comparadas ao impacto das mais de 150 represas hidroelétricas planejadas ou em andamento na Amazônia andina, assim como a mega represa de Belo Monte, no Pará (Brasil), prevista para se tornar a terceira maior do mundo.

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