Resenha Revolução Capitalista
Por: Bruna Vieira • 12/9/2016 • Resenha • 807 Palavras (4 Páginas) • 407 Visualizações
A Revolução Capitalista
Peter L. Berger
O capitalismo como um fenômeno
- Mundos particulares: resultado da nossa abstração da realidade, agregando as similaridades e desagregando as diferenças, buscando compreender a experiência humana.
- O que é o capitalismo? Conjunto de arranjos econômicos tanto na linguagem comum como na terminologia científica, que se manifestam em outros elementos empíricos além da economia. Pode-se analisar como um “mundo” particular, que, no entanto, encontra-se num contexto mais amplo.
- Quais os limites desse fenômeno? Antes do juízo de valor, para a propaganda política, é necessário buscar a sua teorização no sentido de não vir automaticamente a condenar ou aplaudir a definição.
- Fenômeno Histórico: o capitalismo cresceu durante um período de tempo. Há um consenso com o trabalho de Sombart, sobre a época em que se é tido como existente esse fenômeno: p. 23.
- Etimologia: Surge nos séculos doze e treze, denotando estoques de riqueza e depois riqueza em dinheiro. No século dezoito denota esse último se referindo ao capital produtivo, conceito central feito por Marx. Capitalismo, mais recente, apenas se tornou comum depois da obra de Sombart. Ou seja, está radicado no dinheiro e é um meio particular de organizar a produção.
- Weber: definiu a empresa capitalista como atividade econômica para obter lucro por meio de trocas, feitas no mercado. Aplicando o termo à situação em que as empresas capitalistas satisfazem determinado grupo ou sociedade.
- Braudel: caracterizando as etapas dessa empresa, indica que o termo marxista “meio de produção” captura o caráter crescentemente abarcador do fenômeno capitalista.
- Quais as características do moderno capitalismo industrial? p. 24.
- Procura racionalmente calculada do lucro;
- Apropriação de todos os meios materiais de produção como propriedade privada;
- Liberdade de mercado e livre trabalho;
- Tecnologia racional dirigida para a atividade econômica;
- Sistema legal racional;
- Comercialização da economia.
A definição mais útil até então é: “produção para um mercado por indivíduos, ou grupos empresariais, com o propósito de obter lucro”, com a demonstração de Marx de como o sistema gerou vasta e sem precedentes força produtiva.
- Processos econômicos embutidos na ordem institucional geral da sociedade: amplamente determinados pela tradição.
- Industrialismo: transformou o mundo com as instituições da economia e nova tecnologia (relação e meio de produção). Fenômeno o qual o capitalismo coincide.
- O socialismo: pretende substituir a produção para o lucro para a produção para uso humano, assim a propriedade privada deve ser substituída pela propriedade pública e os mecanismos de mercado por mecanismos de alocação política. p. 25
- Opções institucionais: pela variedade de arranjos econômicos. Na modernidade propõe-se: processos econômicos governados pelo mercado ou pela política. p. 26.
- Sem forma pura: no fenômeno capitalista se intermeiam ambas instituições. Até quando as economias sobrevivem sem as intervenções de alocação política, ou sem as modificações do capitalismo de implantação?
“Continuum de polos extremos, que não existem empiricamente”. p. 27.
Economia pura de mercado x Decisões pela alocação política
- Nenhum deles existe hoje, são apenas construções teóricas. Algumas sociedades são mais capitalistas ou socialistas que outras. -
- Cultura econômica: é a relação da instituição econômica com os outros componentes da sociedade. Isto é, o contexto da estrutura social e política, padrões culturais, valores, ideias, sistemas de fé... p. 30.
Para a análise de uma cultura econômica específica: Deve-se questionar a ligação dos elementos: Quais são intrinsecamente ligados e quais são extrinsecamente ligados? E considerar que a causalidade deve ser estabelecida empiricamente. p. 32.
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