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A Conquista Religiosa da América Espanhola Colonial

Por:   •  10/11/2017  •  Resenha  •  1.281 Palavras (6 Páginas)  •  3.084 Visualizações

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‘A Conquista Religiosa da América Espanhola Colonial

No processo de colonização da América feito pelos espanhóis, podemos destacar a importância da Igreja Católica na evangelização cristã e na conquista espiritual dos indígenas a partir do século XV. A Igreja, impondo violentamente a religião dominante da Península Ibérica no período colonial.

Na ocorrência do processo de Reconquista na Península Ibérica, foi sendo edificada uma relação entre o Estado espanhol e a Igreja, logicamente por interesses econômicos e políticos de ambas as partes. O Estado passa a compartilhar mais das deliberações eclesiásticas, tendo certo comando para efetuar vetos e nomeações. Como se fosse uma “troca de favores”, cada um legitimando as ações do outro, o Padroado Régio, monopolizava seus interesses evangelizadores e ao mesmo tempo atribuía legitimidade ao Estado diante dos territórios conquistados.

A missão de “apressar a submissão e a europeização dos índios e pregar a lealdade à Coroa de Castela”, foi conferido à Igreja, enquanto a Coroa nomeava pessoas aos cargos eclesiásticos, pagava salários e efetuava obras em prol da própria Igreja, dando assim certa notoriedade à Instituição Religiosa. A Igreja espanhola precisava de certa forma, do “apoio” da Coroa para bancar suas expedições ao Novo Mundo para difundir sua fé, isso devido à falta de recursos e por acreditarem ser mais seguro obter a “ajuda” da própria Coroa do que a do papa, que estava distante, em Roma.

Na ocasião dos espanhóis chegarem a territórios na América e se defrontarem com povos de estruturas sociais bastante complexas fez com que a Igreja compreendesse “a dimensão da tarefa de evangelização que agora se exigia dela no Novo Mundo.” Desta forma, foi necessário que os espanhóis primeiramente conquistassem militar e politicamente os povos nativos para que depois fosse possível a cristianização, ou seja, a missão evangelizadora da Igreja Católica.

Por volta da segunda metade do século XV, “a Península Ibérica foi palco de movimentos reformistas de grande intensidade”, estes com o objetivo de restaurar a ordem e a prática cristã no território. A partir de destas ideais, muitos acreditavam que que poderia estabelecer um “cristianismo puro” na colônia, livre dos pecados do velho continente, reestabelecendo assim a Igreja primitiva. Citamos como exemplo os jesuítas - Companhia de Jesus - que tinha por finalidade implantar uma religião cristã no Novo Mundo com base nos princípios europeus, o que levaria posteriormente às missões ou reduções jesuíticas na América Espanhola.

O Concílio de Trento, inserido nas mudanças que ocorriam na Europa, marcou a evangelização na América, sendo que foram fixadas diferentes regras como, a título de exemplo, a liturgia que continuara a ser feita em latim e a restrição do acesso dos fiéis à palavra de Deus. As estruturas eclesiásticas foram consolidadas, e a vida da Igreja continuou em grande parte nas mãos do clero, sendo que a prática cristã acabara por se diferenciar da prática protestante.

Para administrar a profissão da crença, nesse contexto, a Igreja se organizou no Novo Mundo em Bispados, tendo como chefe o próprio bispo, que a partir dos ideais da Reforma ocorrida na Europa, eram selecionados rigorosamente – homens devotos, com grandes conhecimentos teológicos e cientes de seus deveres políticos. Estes bispos faziam parte do clero secular e exercia certa autoridade sobre o clero regular (padres e eclesiásticos que tinham maior contato com os nativos). Dioceses foram erguidas a partir de conquistas militares para atuarem como centro administrativo autônomo, sendo responsáveis pela obra missionária, pela legislação dentro do sínodo diocesano e pela instrução dos padres nos seminários. Também foram instituídas paróquias e seminários, este último sendo um órgão da diocese e tendo como principal função servir de colégio para estudantes universitários e de seminário para formar o clero. Já a paróquia foi responsável por transplantar e proteger a Verdadeira Fé na comunidade espanhola.

Os franciscanos, os dominicanos, os agostinianos e os mercedários são as quatro grandes ordens que foram responsáveis pela evangelização na América Latina, sendo que os jesuítas, na segunda metade do século XVI, se juntaram a tais ordens, que tinham o proposito de ser uma reserva estratégica da Igreja, fornecendo homens para a obra missionária na linha de frente, onde quer que fossem abertas novas áreas de colonização.

A ordem jesuítica, já no século XVII, acabou por receber várias autorizações da Coroa Espanhola para que pudessem mandar sacerdotes ao Novo Mundo para atuarem nas missões evangelizadoras, sendo eles patrocinados pela própria Coroa. Foram criados centros de educação missionários, na Península Ibérica, com o objetivo de receberem jovens religiosos que estivessem interessados em atuar nas colônias ibéricas.

Na América, os índios, eram excluídos das ordens religiosas até pelo fato de que a maioria dos frades missionários serem etnocêntricos e acreditarem que os índios não tinham aptidão

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