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A História da presença dos povos africanos no Brasil

Por:   •  24/8/2018  •  Resenha  •  2.506 Palavras (11 Páginas)  •  539 Visualizações

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Escola Classe 413 Sul

Estudante: Yan Weber Francelino

Professora: Carol

Ano/Turma: 2017/ 5º C

Trabalho de História:

A história da presença dos povos africanos no Brasil

Brasília – DF, 28 de junho de 2017.

A história da presença dos povos africanos no Brasil

A história dos primeiros africanos no Brasil começou por volta do século 15, quando portugueses impedidos de escravizar índios, retornaram ao continente africano oferecendo artigos como cachaça, marfim e outros objetos em troca de escravos das tribos nativas. Na época, esse tipo de comércio contava com o apoio da Inglaterra, que anos mais tarde, com a sua Revolução Industrial passou a condenar esse sistema, pois estava interessada em aumentar seu mercado consumidor no mundo.

Neste trabalho vamos abordar diferentes aspectos e conhecer mais dessa importante história no subtemas a seguir.

1)De onde vieram:

Eram de diferentes lugares da África, com características físicas e culturais próprias, trouxeram com eles hábitos, línguas e tradições que marcam até hoje profundamente nosso cotidiano.

No Brasil, os africanos não eram chamados por sua etnia, mas sim pelo nome do porto ou da região onde haviam sido embarcados.

A grande maioria dos africanos entrados no Brasil saiu da região localizada ao sul do Equador, pelos portos de Benguela, Luanda e Cabinda. Outra parte considerável saiu da Costa da Mina, pelos portos de Lagos, Ajudá e São Jorge da Mina. E um número menor saiu pelos portos de Moçambique.

2) Quando chegaram:

Os povos africanos não vieram para a América livres e por espontânea vontade, foram trazidos para trabalhar como escravos. Com o grande avanço das plantações de cana-de-açúcar no Nordeste, na metade do século XVI, os africanos começaram a entrar no Brasil sistematicamente e em maior número.

Nas fortalezas do litoral africano, homens, mulheres e crianças eram forçados a embarcar em navios conhecidos como navios negreiros. A viagem das praias da África Ocidental para o Brasil durava semanas, conforme o lugar de partida e chegada. As condições de viagem eram péssimas, a comida era pouca e de má qualidade. As pipas de água também eram poucas, para não ocupar lugar no navio. Assim, cada escravo recebia apenas um copo a cada dois dias. Alguns bebiam água do mar e adoeciam.

Os africanos chegavam ao litoral brasileiro confusos, doentes e cansados, sem saber onde estavam. Nos mercados do Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Luís eram examinados, avaliados e vendidos. Um homem adulto valia o dobro de uma mulher e, geralmente três vezes maior que uma criança ou um idoso. Como propriedade de outra pessoa, os escravizados podiam ser vendidos, alugados ou leiloados para pagar dívidas de seu dono. Não tinham nem mesmo o direito de manter o próprio nome, recebendo um nome português.

3) Como chegaram:

A mudança dos escravos para o continente americano acontecia em tumbeiros (tipo de navio de pequeno porte, que fazia o tráfico de escravos da África para o Brasil na época de sua colonização) ou grandes navios negreiros e as viagens duravam cerca de 30 a 45 dias. Logo após chegarem ao Brasil, desgastados pelas longas viagens e pelas péssimas condições das embarcações, os escravos eram dirigidos inicialmente para as lavouras canavieiras do nordeste açucareiro, servindo como uma mão-de-obra abundante e barata.

Eles eram vendidos para varias partes do novo mundo, sendo com lucro para os traficantes de escravos como mercadorias. A escravidão na América durou quase quatro séculos. E em terras canarinhas, a entrada de escravos foi impedida, em 1850, com a Lei Eusébio de Queirós.

4) Cidades onde se instalaram:

Muitos dos escravos africanos trazidos para o Brasil até 1850 foram os Bantus e os Oeste-africanos, trazidos para o Brasil das regiões que atualmente são os países.

Os Bantus vieram da Angola, República do Congo, República Democrática do Congo, Moçambique e, em menor escala, Tanzânia. Constituíram a maior parte dos escravos levados para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e para a zona da mata no Nordeste.

Os oeste-africanos eram das regiões que atualmente são os países de Costa do Marfim, Benim, Togo, Gana e Nigéria. A região do golfo de Benim foi um dos principais pontos de embarque de escravos, tanto que era conhecida como Costa dos Escravos. Eles constituíram a maior parte dos escravos levados para a Bahia.

5) Estilo de vida:

Trazidos ao ambiente colonial, esses escravos eram usualmente separados de seus amigos e familiares para que evitassem qualquer tentativa de fuga e contanto com a cultura e língua. Após serem vendidos a um grande proprietário de terras, os escravos eram utilizados para o trabalho nas grandes monoculturas e recolhidos em uma habitação coletiva conhecida como senzala. Esse tipo de escravo era conhecido como escravo de campo ou escravo de eito e compunha boa parte da população escrava da colônia.

A rotina de trabalho desses escravos era dura e árdua, poderia alcançar um turno de dezoito horas diárias. As condições de vida eram precárias, péssimas sem perspectivas, sua alimentação extremamente limitada, pobre e insuficiente, e não contava com nenhum tipo de assistência ou garantia. Além disso, aqueles que se rebelavam contra a rotina imposta eram mortos ou torturados. Mediante tantas adversidades, a vida média de um escravo de campo raramente alcançava um período superior a vinte anos.

Havia outros tipos de escravos que também compunham o ambiente colonial. Os escravos domésticos que viviam no interior das residências tinham melhores condições de vida e tinham a relativa confiança

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