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As Sociedades Pré-Colombianas

Por:   •  25/4/2018  •  Dissertação  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  186 Visualizações

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AS SOCIEDADES PRÉ-COLOMBIANAS

De acordo a leitura do livro América Pré-Colombiana sabemos que, o povoamento da América se deu pelos descendentes do Homo Sapiens Sapiens, sendo do tipo totalmente atual. A principal e mais antiga rota para América foi a do estreito de Bering. Houve um período Paleolítico e acredita-se que o povoamento aconteceu em diversas regiões e períodos, não existiu com uma única entrada.

O povoamento se deu a partir dos proto-mongolóides, e que esses sofreram mutações e variações genéticas aqui na América. Logo depois chegaram os povos da Ásia, Austrália, Melanésia e Polinésia, isso explica os mais de dois mil idiomas no continente. Segundo Ciro Flamarion, a explicação mais aceitável é que a imigração pelo mar ocorreu na glaciação, quando os povos da Ásia fugiam das baixas temperaturas.

No período Paleolítico superior entre 11.000 e 7.000 a.C os grupos humanos mesclavam diferentes técnicas de caça, tanto proveniente da origem asiática como novas técnicas desenvolvidas em adaptação ao continente americano, além do mais, a depender da região a caça dava lugar a coleta. Por volta de 6.000 a.C houve a mudança de clima que afetou diretamente a relação das populações com a natureza, impactando no seu desenvolvimento.

Os grupos de caçadores e coletores no período pré-agrícola são considerados um “bando”, que se agrupavam em até 25 pessoas, e o trabalho era dividido através do sexo e da idade, os homens caçavam e as mulheres coletavam. Como todo bando são nômades, as quantidades de objetos fabricados eram mínimas, a base social é o parentesco mínimo, sem genealogias longas e culto aos antepassados. Os bandos chegavam a 500 pessoas em épocas boas e diminuíam em épocas difíceis.

A revolução neolítica, por mais que o nome dê uma ideia de que foi algo rápido, durou milênios, foi o momento que marcou o surgimento de novas tecnologias que permitiu aos grupos humanos sair da situação de predadores da natureza para produtores. Acreditava-se que o desenvolvimento da agricultura e da criação existia somente no Oriente próximo, que de lá essa tecnologia se espalhou pelo mundo, mas hoje admite-se que houve uma invenção de agricultura na América. Entre 7.000 a.C e 5.000 a.C evidencia-se a domesticação e armazenamento de uma série de grãos, cereais e leguminosos.

No século XV a era pré-colombiana chega ao fim, dando espaço para as sociedades pré-urbanas das américas. Os grupos agrícolas pré-urbanos se caracterizam por dois tipos de organização social, as tribos e a chefia. No primeiro caso, a organização social ainda se apresenta de forma pouco complexa, baseada em relações familiares, ditadas pelo critério parentesco. No segundo caso, as chefias, percebe-se o surgimento de um sistema hierárquico dentro das tribos, fundada no prestigio entre linhagens e passadas hereditariamente.

Com a transformação do homem em pastor e agricultor dá ele autonomia, deixando a mulher em segundo plano. Com isso, o casamento por grupos desaparece, dando lugar aos casais estáveis. A partir daí a família restrita, o casal e os filhos, garante sua subsistência apenas com o seu trabalho. Esse processo de desagregação dos clãs, dá início ao surgimento da propriedade privada e das diferenças de classe e Estado.

Contextualizando com o documentário (Maias, Astecas e Incas), os povos descritos pelo mesmo talvez sejam o melhor exemplo do desenvolvimento histórico contido no livro de Ciro Flamarion, principalmente pelo fato dessas populações fugirem do contexto europeu. Por exemplo, os Maias, sem que houvesse qualquer contato com a civilização europeia e suas tecnologias, já vivenciavam uma série de técnicas, como, a produção agrícola por meio da irrigação, com o cultivo de feijão e milho – que era considerado sagrado pelos povos Maias, inclusive acreditavam que sua origem foi através do milho; à produção do seu próprio calendário, que se deu a partir dos conhecimentos em astronomia. Suas ruinas arqueológicas provam que os Maias também tinham um conhecimento de engenharia e arquitetura, além disso, tinham acesso a cerâmica e ao cobre, que permitia a produção de instrumentos.

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