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Década de 1980 - Presidentes

Por:   •  15/1/2017  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.291 Palavras (6 Páginas)  •  161 Visualizações

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A década de 1980

Estado desenvolvimentista

  • 1956 – 1961 Juscelino Kubitschek
  • Concebido como industrialização: desenvolvimento é diferente de autonomia
  • Pobreza vista como decorrente da precariedade do desenvolvimento
  • Não alterou o padrão de desigualdade: marcas estruturais, abolição, estrutura agrária
  • Financiamento de setores estratégicos: energia, transportes, interior do Brasil, dependente da tecnologia desenvolvida no exterior.

Era JK e os trabalhadores

  • Aumento da inflação, da dívida externa e diminuição dos salários do trabalhadores
  • Os salários são congeladores desde 1956. Com a pressão dos sindicatos, em 1959, ocorre o aumento do salário em 53%, contudo, nesse período, a inflação subiu 80%
  • 1959 – balanço de 954 greves

João Goulart 1961 – 1964

  • 1961 – Jânio Quadros assume a presidência por 7 meses
  • Guerra Fria
  • Parlamentarismo: solução para restringir os poderes de Jango e boicotar as reformas de base apoiadas pelos trabalhadores (crise entre o executivo e o legislativo)
  • Crise econômica, aumento das greves e da pressão dos trabalhadores, ameaça comunista
  • Tentativa de implementar uma política externa autônoma (limites para remessa de lucros para o exterior e nacionalização de empresas extrangeiras)
  • Reforma agrária e temor da direção de esquerda
  • Setores da burguesia e militares temem as reformas propostas – Golpe de 1964

1964 – 1973 de Castelo Branco até Médice

  • Alinhado aos interesses dos EUA e abertura ao capital externo, dependência financeira
  • Classe trabalhadora reprimida: perde direito à greve, da autonomia sindical, das negociações coletivas, estabilidade no emprego, contração do salário real
  • Departamento Nacional de Empregos e Salários: programas tecnocráticos (aumento de produção) e assistencialistas financiados pelas contribuições sindicais
  • Partidos – Arena e MDB
  • Para evitar a “esquerdização” dos sindicatos, promove treinamentos para os líderes sindicais
  • Para conter a inflação: corte de despesas (servidores e empresas públicas), aumento de impostos e de títulos indexados ao Tesouro

E o restante do mundo?

  • Anos dourados do capitalismo 1949-1973
  • Keynesianismo
  • Fordismo: produção em massa, através da linha de montagem e de produtos mais homogêneos; através do controle dos tempos e movimentos pelo cronômetro taylorista e da produção em série fordista; pela existência do trabalho parcelar e pela fragmentação das funções; pela separação entre elaboração e execução no processo de trabalho; pela existência de unidades fabris concentradas e verticalizadas e pela constituição/consolidação do operário massa, do trabalhador coletivo fabril

Crise da década de 1970

  • Fim do padrão ouro, crise do petróleo e crise mexicana
  • FMI e Banco Mundial: garantir o pagamento da dívida (cortes nos gastos públicos, controle da inflação, privatização, cortes salariais, impulso no setor exportador estatizando empréstimos externos dos setores privados)
  • Geisel (1974-1978) – política de distensão
  • Primeiras grandes mobilizações operárias (ABC paulista), reorganização da UNE, apoio da OAB, ABI (imprensa) e de movimentos progressistas da igreja, PT
  • Início do novo sindicalismo no Brasil
  • Características das mobilizações desse período (p. 72 sindicalismo)

1979 – 1985 Figueiredo

  • Recessão e desemprego: aumento dos protestos
  • 1978 – 1983: dívida de 43,5 bi para 81,3 bi
  • CONCLAT (Unidade Sindical e o pacto social para transição democática e os sindicalistas combativos pró CUT)
  • Fundação da CUT pela base, sem pelego e sem patrão
  • Negociação pelo alto das classes dominantes: transição colocada em prática pelos aliados civis
  • Continuam intactos os aparatos repressivos: lei da greve, estrutura sindical atrelada ao Estado e Lei de Segurança Nacional

1985- 1990 – Sarney

  • Diretas Já
  • Dependência econômica e tecnológica
  • Desemprego em 1988 atinge mais de 10% da força de trabalho com queda das atividades industriais
  • Conjunto de medidas econômicas:
  • Cruzado I: primeiro plano se apropria de algumas bandeiras históricas dos trabalhadores (p.85 sindicalismo)
  • Arrocho salarial: congelamento dos preços (produtos maquiados, mercado paralelo, baixa qualidade de produtos)
  • Dura 9 meses, em novembro de 1986 é lançado o Cruzado II
  • Cruzado II – cabo eleitoral da constituinte e PMDB garante hegemonia, garante congelamento dos preços até a eleição, propaganda eleitoral desigual
  • Plano Bresser: pôr fim à moratória e retomar o pagamento dos juros da dívida: congela preços, reajuste salarial controlado com redução salarial e corte nos gastos públicos
  • CUT – duas greves gerais
  • CF 1988 – mantêm “unidade sindical” em um território
  • 1988 – mesmo desgastado é prorrogado o governo de Sarney
  • Novas medidas econômicas marcadas pelos cortes de gastos. Estatuto da Terra.
  • Aumento da pobreza: medidas compensatórias sem alterar a concentração de renda

Constituinte de 1988

  • Carta cidadã como mecanismo para garatir a igualdade
  • Brasil não supera suas marcas estruturais
  • Muda o modelo político e legal mas mantém a velha estrutura social
  • Discute um projeto societário em um momento de crise e de avanços do neoliberalismo no exterior
  • Crise de legitimidade do Estado: discurso de privatizar e de diminuir o Estado
  • Cria o sistema de seguridade social
  • Grupos mais organizados conseguiram barganhar suas reivindicações

Mobilização popular e o Novo Sindicalismo

  • Rompe com: peleguismo, sindicato corporativo e hierarquico, assistencialista (imposto sindical), atrelamento ao Estado, sindicalismo reformista que busca adaptar as lutas sindicais ao sistema capitalista
  • Velha Estrutura:
  • Dependência do Estado
  • Unicidade = fragmentação
  • Verticalismo: cúpula
  • Imposto sindical e assistencialismo
  • Lutas gerais da CUT: p. 100 sindicalismo
  • Embates no movimento sindical: “sindicalismo de resultados ou de negócios”
  • Princípios da nova estrutura
  • Liberdade e autonomia: do Estado e dos patrões
  • Sindicato classista e de Luta: contra unicidade. Unidade garantida pela consciência de classe, na luta pelos interesses dos trabalhadores
  • Ação sindical: contra exploração do trabalho
  • Eleições sindicais: livres e democráticas
  • Sustentação financeira: espontânea a partir da decisão em assembléia e não imposta pelo Estado
  • Democracia
  • Organização sindical: por ramo de atividade e não por categoria.
  • Sindicato de base próximo ao trabalhador
  • Departamentos profissionais por ramo de atividade que atuam no interior da CUT possibilitando uma ação coletiva
  • Servidores públicos: era proibida a afiliação sindical. A partir de 1978 se mobilizam perante os arrochos salariais e cortes do Estado.

Flexibilização das relações de trabalho, dos produtos e do consumo

  • Crise de 1970: p. 106 cultura da crise
  • Década de 1980: salto tecnológico, robótica
  • Sabel e Piorde: taylorismo e produção em massa suprimem o potencial criativo
  • Fordismo domina a economia dos EUA até hoje
  • Subcontratação diante do aumento da competição e dos riscos
  • Exploração do trabalho

Toyotismo

  • Atender a um mercado interno que solicita produtos diferenciados e pedidos pequenos (competência e organização)
  • Sindicalismo de empresa: atado ao ideário e ao universo patronal, combinando repressão com cooptação
  • Produção voltada pela demanda para suprir o consumo
  • Estoque mínimo: repor depois da venda
  • Processo produtivo flexível: operar várias máquinas, trabalhadores multifuncionais e qualificados
  • Organizado em equipes
  • Terceirizado: do trabalho e dos produtos
  • Controle de qualidade
  • Intensificação da exploração do trabalho: eliminar dificuldades e intensificar o ritmo
  • Direitos flexíveis
  • Desemprego estrutural
  • Estranhamento e fetiche
  • Sindicatos: crescente caminho de institucionalização e distanciamento dos movimentos autônomos de classe

1990 – 1992 Collor de Mello

  • Enfrentar a crise com base no “consenso”: como se a crise prejudicasse a todos e exigisse sacrifícios de todos
  • Esquerda: capacidade de elaborar uma visão de mundo. Movimentos sociais propondo alianças de classe (solidariedade)
  • Capital financeiro se sobrepõe à indústria
  • Escândalos e corrupção
  • Abertura comercial irrestrita: quebra da indústria nacional
  • Plano Collor: inflação e confisco das aposentadorias
  • Sucateia e desmoraliza os setores públicos, enaltecendo o setor privado
  • Esvazia o conteúdo político da “Reforma do Estado”, apresentando-a como medida necessária em si mesma para governabilidade

1992-1994 Itamar Franco

  • Plano Real com FHC
  • Estabilização da economia
  • Reforma Constitucional: reforma da previdência, administrativa, corte de gastos do governo
  • Modelo de Estado: burocracia como causa da ineficiência do governo
  • Flexibilidade do mercado de trabalho
  • “Eficiência do mercado”
  • Solidariedade
  • Moralização da “questão social”

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