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Fichamento ''Genealogia e Poder'' e ''Soberania e Disciplina'' Roberto Machado / Michael Foucault

Por:   •  8/11/2022  •  Resenha  •  1.020 Palavras (5 Páginas)  •  144 Visualizações

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Universidade Estadual Paulista ''Júlio de Mesquita Filho'' (UNESP)

Faculdade de Ciências e Letras - Departamento de História - Câmpus de Assis

Disciplina: Filosofia e Educação

Docente: Abner Alexandre Nogueira

Discente: Lívia Fernanda dos Santos

Fichamento: FOUCAULT, Michael. Genealogia e Poder; Soberania e Disciplina. In.: Microfísica do Poder. Org. e Trad. Roberto Machado. 13ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1998, p. 167-177; 179-191.

Capítulo XI - Genealogia e Poder

Introdução

Para iniciar: O que é poder? Como se exerce o poder?

A concepção relacional de poder é construída a partir da identificação, da insuficiência da noção de soberania para explicar toda a obediência que existe na sociedade moderna.

Foucault compreende que a Idade Média governava e se referia a exercer o poder sobre um território, manter a soberania também seria manter o território e as propriedades, logo, esse bem comum é em geral apenas a submissão da população à soberania. O filósofo diz que o bem da soberania é circular que remete ao próprio exercício da soberania

O bem público é a obediencia a lei, se um indivíduo comete assassinato de algum familiar, o soberano tem o direito de imputar qualquer pena a esta pessoa (geralmente o esquartejamento, exposto e que serviria como exemplo a população). De grosso modo, um Estado de justiça que se estabelece no território feudal e corresponderia a uma sociedade da lei.

Foucault detecta que o sentido de poder está para além da ideia de soberania, pois o governo no século XV e XVI se configurava como aquele que mantém, mas por meio dessa arte de governar a sua finalidade agora é elaborar táticas para manter o controle das pessoas.

Estado administrativo - corresponderia a uma sociedade de regulamento e disciplina, diferente da sociedade que era redigida pela lei.

ferramentas: escola, exército…

PAN-ÓPTICO: torpe usada em presídios, aquele que estava em cima controlava e mantinha a obediência daqueles que ali estavam, passou a ser usado em escolas, presídios e em estruturas do governo.

No século XIX temos o estado de governo que não é definido por territorialidade e sim pela massa da população, o território ocupado seria apenas um componente. Governar é governar coisas - o governo passou a ter a população como alvo.

O autor quer compreender a população, quem é o sujeito e porque o sujeito obedece. O poder é constituído por pequenos feixes de relações, ele não está em um indivíduo e sim em relações cotidianas - PAI E MÃE, MÃE E FILHO, PROFESSOR E ALUNO, POPULAÇÃO E GOVERNO.

Foucault diz que vai trabalhar com a questão do poder. Ele traça alguns aspectos para trabalhar o discurso, ele trata da conexão que existe com o discurso e o poder, como o discurso é cotado pelo poder.

Analítica do poder - forma a qual ele chamava seu modo de traçar a questão do poder.

O foco do filósofo estava estabelecido sobre aquilo que depois foi denominado ''microfísica do poder''. O pensamento dele vai se constituir como uma oposição ao pensamento marxista (questões macroestruturais), ele estava preocupado com as questões microfísicas (dimensão que se opõe a dimensão macroestrutural). Foucault não achava a dimensão macroestrutural irrelevante, mas sim achava que faltava um instrumental teórico para que pudesse analisar a microfísica do poder.

A Microfísica, em geral, é os micro-controles de tempo e espaço que as sociedades impõem sob as justificativas de assegurar o bem estar das pessoas.

A genealogia seria portanto, com relação ao projeto de uma inscrição dos saberes na hierarquia de poderes próprios à ciência, um empreendimento para libertar da sujeição os saberes históricos, isto é, torná−los capazes de oposição e de luta contra a coerção de um discurso teórico, unitário, formal e científico. A reativação dos saberes locais − menores, diria talvez Deleuze − contra a hierarquização científica do conhecimento e seus efeitos intrínsecos de poder, eis o projeto destas genealogias desordenadas e fragmentárias. Enquanto a arqueologia é o método próprio à análise da discursividade local, a genealogia é a tática que, a partir da discursividade local assim descrita, ativa os saberes libertos da sujeição que emergem desta discursividade. Isto para situar o projeto geral.

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