O Contexto Social de São Luis no Século XVII
Por: Bruna Silva • 7/8/2019 • Trabalho acadêmico • 849 Palavras (4 Páginas) • 134 Visualizações
Tendo em mente que durante meados do século XVII até o final do século XVIII, o Estado do Maranhão e do Grão-Pará, vivia um Estado colonial separado do Estado do Brasil. E em 1755 o marquês de Pombal promove a unificação dos Estados, gerando impacto significativo na economia de São Luís, pois é criada a Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, um monopólio de abastecimento, que favorecia os fazendeiros, fornecendo insumos a preços baixos e créditos para comprar equipamentos e custear as safras de algodão e arroz e dava exclusividade de comercio com a metrópole. Devido a essa mudança na economia, houve também um significativo aumento do número de escravos, e inicia-se um processo de “globalização“ onde favorecia os interesses do capital internacional.
Sabendo que no velho continente nesse mesmo tempo, começava a surgir a revolução francesa e a revolução industrial na Inglaterra, é preciso fazer uma comparação para entender que a Europa começava se industrializar, surgindo as primeiras fábricas, uma população livre, uma mudança das pessoas do campo para as cidades que começaram a surgir e crescer, o Brasil ainda vivia de insumos, de produtos agrícolas, vivendo ainda em fazendas e sem começar a pensar num processo de industrialização. E fazendo-se uma conexão entre São Luís e o estado do Maranhão à França e a Inglaterra, a Europa como um todo, é perceptível a ligação, visto que as pessoas começam a se aglomerar nos centros urbanos e surgem as primeiras indústrias têxteis, é onde entra o Maranhão nesse cenário o algodão, a matéria prima produzida pelos fazendeiros, e exportados pela Companhia Geral do Grão, para a Europa, que já não produziam mais produtos manufaturados, e sim industrializados. Em suma, se observar uma relação direta, porém situações de desenvolvimento divergentes, evidente que enquanto o Brasil vivia de uma economia de produtos agrícolas, a Europa já estava industrializando-se e sofrendo mudanças radicas na organização social como um todo.
Agora partindo para a questão da situação da população, no Brasil e São Luís em especial, após a junção dos Estados do Maranhão e Grão-Pará com o Estado do Brasil, a capital maranhense aumentou a quantidade de escravos, homens privados de liberdades, tidos como propriedade de seus donos, que eram submetidos a situações desumanas, para darem lucros para os proprietários de terras, que enriqueciam as custas daqueles. Fazendo um link com a situação da Europa, onde todos os homens eram ditos livres, mas na prática apenas tinha direito de realmente viver as cidades, era apenas os mais abastados da sociedade, que se enriqueciam às custas do proletariado, e a essa classe restava viver a margem da sociedade, pois trabalhavam por horas, para conseguirem por comida na mesa e apenas sobreviverem, pois além de não terem direito a viver os prazeres, residiam em locais insalubres, em condições sub-humanas.
Outro ponto, comparando na Europa os centros urbanos foram construídos pela a então recentemente criada classe trabalhadora, formada pelos antigos camponeses que por não terem opção se realocaram para as cidades, e já no Brasil, com enfoque em São Luís, a cidade e a sociedade continuava bem rural, a capital adquiriu cerca de 50 mil escravos para trabalhar na produção das lavouras maranhenses, que fez o estado ganhar uma importância econômica ao Brasil equivalente aos estados da Bahia e de Pernambuco.
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