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O ESTUDO SOCIOLÓGICO DA RELIGIÃO

Por:   •  22/8/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.798 Palavras (16 Páginas)  •  248 Visualizações

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O ESTUDO SOCIOLÓGICO DA RELIGIÃO

1. De que maneira os sociólogos estudam a religião? Por que, na visão de alguns desses estudiosos, fica complicado determinar no que se baseia a religião? Os sociólogos estudam a religião de uma maneira diferente dos outros estudiosos, eles o fazem como cientistas, pesquisadores e não como fiéis, crentes, ou descrentes em nenhuma fé específica. Assim pode-se dizer que os sociólogos veem a religião a partir de um olhar cientifico e racionalista.

Fica complicado determinar no que se baseia a religião, porque alguns estudiosos consideram que a religião, assim como outras instituições ligadas às sociedades humanas, é um caminho pelo qual o indivíduo procura ajustar-se a seu ambiente. Esses estudiosos destacam os ambientes como natural, social e sobrenatural. De acordo com estes autores parece que a grande ilusão em que incorreu a humanidade é a da existência de um mundo de fantasmas e espíritos. E esse fantástico mundo constitui um terceiro ambiente, ao lado do natural e do social, e acredita-se que o ajustamento a esse

ambiente é tão essencial à felicidade quanto a adaptação às circunstâncias mais palpáveis da natureza e dos outros seres humanos.

2. Pesquise na apostila e em outras fontes e escreva sobre a “lei dos três estágios”, de Comte. De acordo com a lei dos três estágios o pensamento humano passou, histórica e necessariamente, do estado teológico (sociedade primitiva antiga) para o estágio metafísico (sociedade medieval) e deste para o estágio positivo (sociedade moderna, a partir do século XIX). Nesse sentido, Comte trata o pensamento teológico como um erro intelectual disperso pela ascensão da ciência moderna. Entre os três estados o teológico é o o estado onde Deus está presente em tudo, as coisas acontecem por causa da vontade dele. No metafísico a ignorância da realidade e a descrença num Deus todo poderoso levam a crer em relações misteriosas entre as coisas, nos espíritos, como exemplo. Já no estado positivo a humanidade busca respostas científicas para todas as coisas. Segundo Comte, a Lei dos Três Estados é uma classificação da história da humanidade nos seguintes estados em ordem cronológica: o teológico, o metafísico e o positivo.

3. Por que Giddens (2012) considera a religião uma forma de cultura? Porque assim como a religião, a cultura consiste em crenças, normas, ideias e valores compartilhados que criam uma identidade comum entre um grupo de pessoas. Nesse sentido, a religião compartilha de todas essas características. Continuando ainda no entendimento desse autor, a religião envolve crenças que assumem a forma de práticas ritualizadas. Todas as religiões, portanto, tem um aspecto comportamental, que se manifestam por meio de atividades específicas de que os fiéis participam e que os identificam como membros da sociedade religiosa.

4. Quais as razões de Durkheim criticar o trabalho dos sociólogos e antropólogos anteriores, alegando que suas explicações eram psicológicas e não sociológicas? A razão advém de fato de que as explicações sobre religião de outros autores consideravam sentimentos individuais. Isso fez com que a religião se transformasse em

uma ilusão, ao passo que na opinião de Durkheim uma entidade tão universal e importante na sociedade humana não poderia ser ilusória.

5. Marx aceitava a visão de que a religião representa a alienação humana. Explique esta afirmativa. Para Karl Marx religião é alienação porque segundo o autor a religião é uma forma de iludir a mente do homem, mostrando-lhe coisas boas para encobrir a miséria e a opressão, que é a realidade humana.

Esta alienação deve ser esclarecida “a partir da situação histórico-social concreta.” Para Marx a alienação não é o fundamento da religião, mas o resultado. E esta alienação esta na condição social e econômica das classes menos favorecidas que são exploradas pelas classes dominantes, ricas. Marx acredita que se essas barreiras de classes sociais e econômicas forem destruídas, automaticamente a religião também o será. Pois para ele a religião é subproduto de classe. Para Marx são as estruturas econômicas que geram a falsa consciência, que é a religião.

6. Max Weber publicou “A ética protestante e o espírito do capitalismo” em 1905. Qual era a visão do autor sobre o protestantismo, em especial o calvinismo em relação ao sistema capitalista? Em seu trabalho mais conhecido “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, que foi o ponto de partida para seus estudos sobre a religião, Weber procurou mostrar o papel do capitalismo moderno pela ética calvinista. Conforme Weber, Calvino defendia a predestinação, ou seja, acreditava que algumas pessoas já estavam escolhidas por Deus para serem salvas. A fé e a prosperidade econômica eram sinais da escolha divina – o que valorizava o trabalho e justificava as atividades da burguesia. Calvino também pregava uma vida puritana, sem excessos de luxo e conforto, sem esbanjamento material: o calvinista deveria ser austero e disciplinado. Esse comportamento favorecia a acumulação e, portanto, a riqueza.

7. Por que autores como Estrada (2003) consideram Feuerbach o pai do ateísmo moderno? Conforme Estrada (2003) a visão ateia de Feurbach é inovadora, pois traz a reflexão sobre a existência de Deus e sobre a religião, que até então estava atrelada a natureza para o próprio homem. Assim o ateísmo de Feuerbach consiste em negar um ser divino fora do homem, e afirma que as potencialidades de Deus, suas características, se encontram no próprio homem. As perfeições de Deus é a essência do homem, ou seja, as perfeições de Deus são as perfeições do homem e vice-versa. A crítica que Feuerbach faz da religião é o fato dela apontar para uma realidade existente fora do ser humano, mas, contrariamente, esta realidade não existe.

8. Escreva o que você entendeu da frase: “Toda limitação da razão ou da essência do homem em geral se baseia em um erro” (FEUERBACH, 1988, p. 48). A frase “toda limitação da razão ou da essência do homem em geral se baseia em um erro” que dizer que o ser humano só pode ser considerado limitado enquanto indivíduo, pois como uma espécie ele é perfeito e infinito. Isso implica na prática do ser humano direcionar seus erros e suas falhas na espécie e não nele próprio, enquanto indivíduo.

UNIDADE 2

AS RELIGIÕES AO REDOR DO MUNDO

1. O que significa

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