O QUE É DIALÉTICA
Por: Canale • 21/5/2015 • Trabalho acadêmico • 759 Palavras (4 Páginas) • 189 Visualizações
O QUE É DIALÉTICA?
KONDER, Leandro. O que é Dialética. 6ª edição. São Paulo: Editora Brasiliense, -s/d.
Leandro Konder nasceu em 1936, na cidade de Petrópolis – Rio de Janeiro. Doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRS. Leciona no departamento de Educação na PUC/RJ e no Departamento de História da UFF. É autor de mais de 20 livros e ensaios, entre os quais figuram: Walter Benjamin, o Marxismo da Melancolia (Vozes, 1989) e Hegel, a Razão quase Enlouquecida (Vozes, 1990).
Leandro Konder discorre sobre o título “O que é Dialética?” dialogando através dos subtítulos: Origens da Dialética, O trabalho, A alienação, A Totalidade, A Contradição e a Mediação, A “Fluidificação” dos Conceitos, As Leis da Dialética, O Sujeito e a História, O Indivíduo e a Sociedade e Semente de Dragões. Apresenta os conceitos filosóficos da dialética de diversos filósofos, destacando-se Georg Wilhelm Hegel (1770 – 1831), Friedrich Engles (1820 – 1895) e Karl Marx (1818 – 1883).
Segundo o autor a dialética pode ser descrita como a arte do diálogo. Uma discussão na qual há contraposição de ideias, onde uma tese é defendida e contradita logo em seguida; uma espécie de debate. Sendo ao mesmo tempo, uma discussão onde é possível divisar e defender com clareza os conceitos envolvidos. Nada no mundo está ou é imutável. Dialética implica ou significa a eterna instabilidade do ser, ocasião em que este se encontra em constante processo, em constante transformação ou alteração. As coisas estão em permanente movimento.
A prática da dialética surgiu na Grécia antiga, no entanto, há controvérsias a respeito do seu fundador. Aristóteles considerava a Zenôn como tal, já outros defendem que Sócrates foi o verdadeiro fundador da dialética por usar um método discursivo para propagar suas ideias.
A dialética também é uma maneira de filosofar, e seu conceito foi debatido ao longo de décadas por diversos filósofos ou pensadores, como Sócrates, Platão, Aristóteles, Hegel, Marx, e outros, cada qual defendendo suas concepções. Em seu marco inicial a dialética refere-se à arte de demonstrar no diálogo uma tese, por meio de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão. Em seu contexto teórico moderno, dialética nos indica “o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação”.
Elementos da dialética foram nutridos no pensamento de grandes filósofos em todas as épocas, o que serviu para que a dialética não desaparecesse. Foi graças a Aristóteles que os filósofos não abandonaram completamente o estudo do lado dinâmico e mutável da realidade. Para Aristóteles, todas as coisas têm ou possui movimento, seja ele mecânico, quantitativo, qualitativo ou nascente. Por muito tempo a dialética foi relegada a um segundo plano, sendo substituída na lógica pela matemática. No entanto, no século XIX, um pensador alemão, Hegel, retomando o pensamento de Heráclito e Platão, apresentou uma nova compreensão sobre dialética. Segundo ele, a dialética ocupa-se da síntese entre situações históricas concretas que visam à superação das oposições estabelecidas pelos povos, em todas as épocas. O real é racional e o racional é real, diria Hegel.
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