Resumo crítico do tópico (Do Universitário ao Humanista) do livro "Os intelectuais na Idade Média"
Por: Leticia2709 • 20/1/2017 • Trabalho acadêmico • 1.426 Palavras (6 Páginas) • 769 Visualizações
Obra Analisada. LE GOFF, Jacques. Do Universitário ao Humanista. Os intelectuais na idade média: Rio de Janeiro: Jose Olympio, 2003. p. 139-180.
Credenciais do Autor
Jacques Le Goff foi um historiador francês especialista em Idade Média. Antigo estudante da École Normale Supérieure estudou na Universidade Carolina em 1947-48, professor de história em 1950 e membro da École Française de Rome, foi nomeado assistente da Faculté de Lille (1954-59) antes de ser nomeado pesquisador no CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica), em 1960. Em seguida, mestre-assistente da VI seção da École pratique des hautes études (1962) - sucedeu Fernand Braudel no comando da École des hautes études en sciences sociales, onde ele foi diretor dos estudos. Cedeu seu lugar a François Furet em 1967. Jacques Le Goff publicou estudos que renovaram a pesquisa histórica, sobre mentalidade e sobre antropologia da Idade Média. Seus seminários exploraram os caminhos então novos da antropologia histórica. Ele publicou os artigos sobre as universidades medievais, o trabalho, o tempo, as maneiras, as imagens, as lendas.
Ideias Centrais da Obra.
O declínio da Idade Média. Constitui-se uma aceleração nas transformações das estruturas econômicas e sociais do Ocidente. Acentua-se uma divisão entre proletariado e burguesia. O poder político auxilia as forças econômicas. Vem a era do Príncipe, é servindo-o, fazendo-se seu funcionário, ou cortesão, que se ganha riquezas, prestígio e poder. Desaparece o intelectual da Idade Média, entrando na cena cultural um novo personagem: o Humanista.
A evolução da formatura dos universitários. A escolha dos universitários pelos grupos privilegiados em virtude do mundo do trabalho. Aumento nas despesas faz com que os pobres não permaneçam na universidade, ao menos que, um protetor econômico o sustente.
Desvalorizações e crises fizeram com as riquezas dos universitários decaíssem, empurrando-os para novos centros de riqueza, cortes dos príncipes e mecenas eclesiásticos ou laicos.
A caminho de uma aristocracia hereditária. Diminui-se o nível intelectual dos universitários, tomando características essenciais da nobreza: a hereditariedade.
No século XIV o magister passa a ser o equivalente à dominus, senhor.
A ciência torna-se objeto de posse e tesouro, instrumento de poder. Constitui-se uma separação entre o mundo dos sábios, o dos práticos, o dos científicos e o dos técnicos. Os colégios e a aristocratização das universidades. Desenvolvem-se os colégios, porém não tinham seus próprios edifícios. Os tipos de ensino se diferenciavam do tradicional. Tornaram-se verdadeiros centros senhoriais. Tornou-se nítida a aristocratização das universidades, aumentando o comprometimento dos universitários e do ensino com a oligarquia.
Evolução da escolástica.
Evolução cultural corresponde à da escolástica, renegando as suas exigências fundamentais. Linhas de força afastam-se da escolástica do século XIII: A corrente crítica e cética (Duns Escoto e Ockham); o experimentalismo científico (Mertonianos de Oxford e doutores parisienses); o empirismo (Autrecourt, Buridan e Oresme); o averroísmo (Marsílio de Pádua e de João Huss) e finalmente o anti-intelectualismo (Eckhart).
Divorcio entre Razão e fé. Razão ≠ Fé (Duns Escoto); Conhecimento prático ≠ conhecimento teórico (Guilherme de Ockham) = ao Cepticismo. Discípulos de K. Mischalsky desenvolveram a filosofia e a teologia no sentido do criticismo e do cepticismo. O ensino dogmático perde seu alcance. As forças humanas não podem ser discutidas senão em termos naturais.
Limites da ciência experimental.
Mesmo com as percepções notáveis dos sábios, a ciência permaneceu improdutiva pela falta de um simbolismo científico.
Atraso das técnicas incapacita o funcionamento das descobertas teóricas.
O anti-intelectualismo. O misticismo ataca o aristotelismo e exaltam sua ignorância. A ciência racional apaga-se diante uma religiosidade afetiva. Os universitários se aproximam de certa espiritualidade humanística.
A nacionalização das universidades: a nova geografia universitária.
Fundam-se várias universidades com fisionomia mais nacional e até mesmo regional.
As universidades tomam força política.
Os universitários e a política.
Afirma-se a autonomia do Estado.
O Estado laico detém o poder legislativo, executivo e judiciário e toma para si até a missão de administrar o domínio espiritual.
A primeira universidade nacional: Praga. Em Praga, duas linhas se opõem. Os alemães (ricos burgueses; nobreza e clero) e os checos (classes populares; camponesa e artesanal). Com a derrubada da maioria das nações em proveito dos checos, os alemães abandonam a universidade de Praga e fundam a de Leipzig.
Paris: grandezas e fraquezas da política universitária.
A universidade vincula-se ao papado.
Em 1499, a universidade perde o direito de greve, está nas mãos do rei.
O ensino segue dupla evolução (relações entre escolástica e humanismo)
A esclerose da escolástica.
Formam-se duas linhas escolásticas: Os antigos (aristotélicos e tomistas) e os modernos (nominalistas originários de Ockham).
Os universitários abrem-se ao humanismo.
Iniciam-se os estudos do Grego
O intelectual medieval estava ficando cada vez mais distante enquanto o humanismo do renascimento se fixava.
O regresso à poesia e à mística.
Considera-se Platão como ‹‹Filósofo Supremo››.
Lefèvre de Étaples inclina-se para os poetas e
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