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Revoluções de independencia na america hispânica

Por:   •  28/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  999 Palavras (4 Páginas)  •  841 Visualizações

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Disciplina de História da América II

Professora Grasiela Toledo

Acadêmica Cheila Magnabosco

Resumo sobre o artigo “Revoluções de Independência na América Hispânica: Uma Reflexão Historiográfica”

        O texto estudado traz uma série de reflexões acerca de historiografias utilizadas para analisar os processos de independência na américa hispânica. O texto inicia falando que a invasão napoleônica da Península Ibérica no ano de 1807 foi um dos fatores determinantes para iniciar os processos revolucionários tanto em Portugal, por ter culminado com a transferência da família real para o Brasil como na Espanha, por ocasionar a chamada “acefalia do reino” pelo fato de que a partir daí novos conceitos começaram a ser construído em cima da nova experimentação política vivenciada pelas colônias.

        Temos o ano de 1810 com o início das manifestações de independência que se deram de forma simultânea do México, no vice reino da Nova Espanha, a Buenos Aires no vice reino do Rio da Prata. A partir da secunda metade do século XVIII diversas transformações foram vividas na Espanha, iniciou-se um novo pensamento de liberdade e junto deles uma nova visão a respeito do sistema político.

        Algumas historiografias nos colocam que as reformas políticas se deram principalmente com o descontentamento da elite colonial, que por acreditar e lutar pelos novos ideais desencadearam o colapso da monarquia espanhola. A abdicação forçada do rei da Espanha abriu caminho para que a minoria liberal assumisse os poderes detidos pelo rei e dessem início aos debates sobre conceito de soberania, representação, ideal de nação e a necessidade de uma nova constituição a monarquia.  

        A visão historiográfica de François Xavier Guerra fala que a Revolução Liberal espanhola em relação a independência hispano americana foi um processo de caráter único que começou com o surgimento da modernidade em uma monarquia do Antigo Regime e termina com a desfragmentação do conjunto político em estados soberanos, o que torna o seu ponto de vista, uma análise na qual a América Hispânica trouxe consigo poucas transformações de grande valor nas estruturas econômicas ou sociais. Sendo assim, começou-se a levar em consideração que as revoluções de independência passaram a ter cunho exclusivamente político considerando o vínculo com a metrópole e ascensão dos crioulos.

        A análise sobre o caráter revolucionário iniciado na Espanha em 1808 sendo uma revolução liberal, com a intenção de torná-lo limitado é uma interpretação que segundo Xavier Guerra não se sustenta mais, com o argumento de que reduzi-los a tal descaracteriza os traços mais evidentes da época. Ele também questiona no decorrer do texto que o problema de se afirmas que este novo sistema de referências tenha sido elaborado e imposto por um grupo social determinado denominado de burguês, sendo que os autores da revolução não foram em sua maioria os burgueses, mas também clérigos, professores, empregados, estudantes, profissionais liberais e até mesmo nobres.

        Desenvolveu-se uma concepção de povo, a qual contribuiu para facilitar o entendimento pouco problematizado do caráter revolucionário ligado aos movimentos de independência. A revolução geralmente é categorizada dentro do movimento de independência das treze colônias americanas como uma ruptura radical. Sendo assim, se na América Hispânica nada avia mudado, na Anglo saxônia a ruptura resultou em uma grande ampliação do ideal nacionalista junto de um sistema político nacional, republicano e democrático.

        Existe ainda uma tendência historiográfica que coloca revolução apenas como uma casualidade externa, como um fator e parte integrante de um processo maior e inevitável de revoluções burguesas que afetaram todo o mundo atlântico no período. Alguns autores citados no texto Jacques Godechot e Robert R. Palmer que acreditam que a crise do absolutismo que afetava o mundo europeu e metropolitano e por seguinte os levava as revoluções.

        Pierre Chaunu publica um trabalho que rompe com a visão ao desenvolver uma análise que prioriza as contradições e complexidades internas da sociedade colonial como fatores importantes para explicarmos movimentos de independência. Chaunu em sua análise fala também sobre os fatores externos determinantes para os movimentos revolucionários de independência, citando a revolução liberal de 1820 n Espanha como um fator decisivo para a já citada ruptura política e institucional com o império espanhol.

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