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Síntese do Ciclo do Açúcar, Capítulo do Livro de Caio Prado Jr

Por:   •  26/3/2021  •  Resenha  •  710 Palavras (3 Páginas)  •  286 Visualizações

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SÍNTESE: O ciclo do Açúcar nos séculos XVI e XVII e sua contribuição para a Formação do Brasil Contemporâneo

Caio Prado Junior, destaca que para interpretar e compreender o Brasil Contemporâneo, faz-se mister interpretar as instituições e os elementos acumulados em seus contextos social, econômico e cultural, desde o início da colonização (incluindo a transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil e também a forma como ocorreu a emancipação política do país). Ou seja, dissertar sobre o Brasil de nossos dias, é antes de tudo reconstruir uma linha do tempo sobre os fatos ocorridos desde a colonização até os dias de hoje, analisando assim, a evolução histórica ocorrida, afinal os traços do passado fazem-se presentes atualmente, apesar de modificados.

A organização geral do Livro “Formação do Brasil Contemporâneo” de autoria de Caio Prado Junior (1942) é dividida em três grandes blocos: o povoamento, a vida material e vida social.

O passado colonial é o responsável pela constituição dos fundamentos da nacionalidade, quanto ao povoamento, Caio Prado Junior, relata que os portugueses ocuparam um território semideserto, com um modo de vida distinto dos povos que aqui viviam (os indígenas e suas nações) e dos portugueses, constituindo, assim, uma população bem diferenciada e caracterizada.

Caio Prado Junior (1942) avalia o país numa perspectiva econômica do qual mostra que o Brasil fez parte de um empreendimento maior– a expansão marítima portuguesa em busca dos mercados externos. Uma vez que a exploração extensiva e especuladora dos recursos naturais do país, objetivam somente para a capitalização comercial da Europa.

Assim ocorreu, por exemplo, com o açúcar brasileiro no final do século XVI para o XVII: a nova riqueza do comércio europeu. O açúcar bruto, do Brasil e das Antilhas, era comprado pela Europa (principalmente, pela Itália), onde sofria o processo de refino, para ser reexportado para os demais países Europeus e Mediterrâneo, uma vez que a tecnologia era exclusividade de poucas empresas europeias. Com o beneficiamento da refinaria, o açúcar "mais apresentável" também se aumentava o preço.

O açúcar por seu valor de mercado, podia substituir as moedas (metais preciosos amoedados que fazia o dinheiro), como forma de pagamento, ou seja, era uma commodity. O transporte do açúcar era marítimo favorecendo os setores da construção naval, de seguros, de logística, entre outros.

O açúcar também possuía valor simbólico de mimos nas relações políticas e nas sociais afetivas e familiares e nas de subordinação e clientela.

Nesse interim os sistemas bancários, jurídicos, as relações comerciais e econômicas se organizam para aparelhar e garantir a produção e comercialização do açúcar, inclusive surgem novas profissões, a exemplo dos confeiteiros e refinadores. Era o açúcar, principalmente brasileiro, quem sustentava a economia mundial.

O Brasil de hoje continua em transformação, para Caio Prado Junior, com forte presença do passado colonial. Por exemplo, quanto ao território econômico, a economia brasileira continua subordinada a outras, uma vez que ainda falta um mercado interno sólido e organizado, e, por esta razão, a produção nacional é extensiva para mercados do exterior. Quanto à organização do trabalho

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