A Condição Da Mulher Entre Meados Do século XIX, Princípios Do século XX E Os Dias Atuais
Artigos Científicos: A Condição Da Mulher Entre Meados Do século XIX, Princípios Do século XX E Os Dias Atuais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Elizagabriel • 13/10/2014 • 2.334 Palavras (10 Páginas) • 748 Visualizações
A condição da mulher entre meados do século XIX, princípios do século XX e os dias atuais
Introdução
As mulheres estão cada vez mais presentes e atuantes em todas as áreas na sociedade. Ganharam a rua e a vida, quebraram tabus e tradições. Hoje cuidam de casa, dos filhos e também trabalham, sustentam a família, antigamente, nem se escolhia o marido, tão pouco as mulheres saíam de casa. O trabalho era doméstico, na rua era lugar de mulher “fácil”.
Como a história de tantas mulheres, a história da mulher brasileira é marcada pelo comando da ordem masculina que, em grande medida era apoiada e fortificada pela religião, que transmitiu o silenciamento da mulher, subordinada e dependente do pai ou do marido, sendo feita propriedade do homem e calada por ele.
Hoje com ajuda da tecnologia e da educação, elas são verdadeiras guerreiras e vencedoras, buscando não só sua satisfação profissional, como também pessoal. Os caminhos percorridos por elas foram muitos, caminhos trilhados pelas suas mães e avós que nos mostra toda essa trajetória marcada na história.
Desenvolvimento
No período colonial, grande parte das mulheres de “boa família” viviam submissas aos homens (pai ou marido) e trancadas em casa. Empregavam o tempo em bordados e costuras, ou no preparo de alimentos.
Pobre ou rica, a mulher possuía o papel de fazer o trabalho de base para todo o edifício familiar: Educar os filhos segundo os preceitos cristãos, ensinar as primeiras letras e atividades, cuidar da saúde física e espiritual deles e obedecer ao marido.
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DEL PRIORI, Mary- História e Conversas de Mulheres. São Paulo: Planeta do Brasil Ltda. 2013.
COTRIM, Gilberto- Livro de História Global. São Paulo: Saraiva 2011. Pg. 8
http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais12/artigos/pdfs/comunicacoes/C_Oliveira3.pdf. Data de acesso 26/08/2014.
A Igreja católica incentivava a mulher a ser exemplarmente submissa. Ela tinha que ser uma escrava doméstica e servir o chefe de família com sexo. O ato sexual só era realizado para procriação, se não, seria considerado imoral aos olhos da igreja. Até as vestes eram própria para a realização somente do ato, não podiam ficar nus perante um ao outro.
A mulher raramente possuía dote ou condição para se casar. Mestiças, mulatas e negras sofriam privações, careciam de educação e mobilidade. Como só a mulher casada era respeitada, sem dote as mulheres pobres se amasiavam para ter proteção, originando famílias de mestiças e mulatos.
Em meados do século XVIII teve início à urbanização da colônia, nessas áreas, surgiram enormes ondas de migração, incentivando o aparecimento de formas diferentes de família. Família que se constituíam muitas vezes apenas de mães, filhos e avós devido à locomoção dos marido em busca de trabalho e ocupação. Fatores que alteraram a estrutura demográfica das populações.
A multiplicação de uniões eram muitas, na maioria homens e mulheres viviam amigados antes de se casar, assim outros tipos de famílias se formavam; isso devido à diferença dos grupos sociais e as diversas regiões do país. Mais um motivo dessas transformações familiares era por as cidades serem distantes, com isso em sua maioria o povo mais pobre tinham a dificuldade em cumprir os preceitos da religião.
Os homens tratavam logo de engravidar suas mulheres, principalmente para saber se eram boas progenitoras; como a maioria morava na roça os filhos ajudavam nas lavouras então as mulheres que não podiam ter filhos não tinham valor algum, isso deixa mais claro o valor da mulher naquele período, para criar ou fazer serviços domésticos.
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COTRIM, Gilberto- Livro de História Global. São Paulo: Saraiva 2011. Pg. 89
http://www.uel.br/grupo-estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais12/artigos/pdfs/comunicacoes/C_Oliveira3.pdf.
Ao longo do século XIX, o império mudou. Com o crescimento da economia cafeeira e a ampliação de cidades, as mulheres começaram a ganhar maior visibilidade. A Igreja e o Estado começaram a apostar no sucesso do papel feminino; dentro de casa é claro. Lá a mulher poderia comandar alianças, poderes informais e estratégias.
Acentuava-se a diferença entre as mulheres de casa, em geral casadas e as da rua, trabalhadoras concubinas ou sós. Neste período as moças viviam reclusas sob o poder dos pais até o momento de passar ainda adolescentes, às mãos do marido. Os arranjos promovidos pela família prevaleceram. Por muito tempo, o casamento foi um “negócio”. A mulher com dons artísticos e físicos valiam mais no mercado matrimonial, a mulher foi uma mercadoria de enriquecimento de muitas famílias por bons períodos.
As mulheres deviam obediência e respeito aos seus pais e maridos; a infidelidade era permitida aos maridos, e punida muitas vezes com a morte no caso das mulheres; e com consentimento da sociedade. A mulher tinha o papel de submissa, de obediente e serva.
Por mais que sofressem represaria as mulheres tinham presença e participação muito forte no século XIX. Existiram muitas mulheres de negócio, que realizavam papéis exclusivos masculinos, mais eram vistas pelos nomes de seus herdeiros, pais ou maridos falecidos. Outras funções respeitadas eram aquelas de papeis exclusivos femininos; como as parteiras e costureiras. Mesmo as atividades não sendo próprias do seu sexo ou qualidade as mulheres não deixavam de desempenhar atividades puramente econômicas. A presença feminina no mercado era um fator importante para seu funcionamento.
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http://www.moodle.ufop.br/file.php/9523/Proprias_de_seu_sexo_e_qualidade.pdf
http://www.moodle.ufop.br/file.php/9523/A_Federacao_Brasileira_pelo_Progres
DEL PRIORI, Mary- História e Conversas de Mulheres. São Paulo: Planeta do Brasil Ltda. 2013.
Entre 1900-1930 foram surgindo várias associações feministas que buscavam a inserção da mulher no espaço público. Entre seus objetivos estava, não somente a luta pelo voto feminino como também o de promover a emancipação feminina.
Em 1920, Berta Lutz (bióloga brasileira especializada em anfíbios, pesquisadora do Museu Nacional), líder na defesa dos direitos das mulheres no Brasil, nasceu em São Paulo. Aos 17 anos,
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