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A Era Vargas

Por:   •  28/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.569 Palavras (11 Páginas)  •  296 Visualizações

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Sumário

Introdução        2

Desenvolvimento        3

Conclusão        9

Referências Bibliográficas        10

Introdução

Getúlio Vargas foi, provavelmente, um dos maiores nomes da história republicana. Seu governo tem diferentes formas de influência até hoje em nosso país, e ficou conhecido como a Era Vargas, um período longo e marcado por inúmeras mudanças políticas, econômicas e sociais no Brasil. Dividido em três grandes fases ele buscou temas como nacionalismo, populismo, estatização, paternalismo, industrialização, trabalhismo e sindicalismo.

Desenvolvimento

CRISE DO CAFÉ

        O ano de 1930 foi difícil para os cafeicultores brasileiros. O valor das vendas externas declinou, tendo como sua principal causa a queda tão brusca das exportações cafeeiras, em função da crise mundial do capitalismo.

QUEBRA DA BOLSA DE NOVA YORK

        Em conseqüência da crise de 1929, vários países foram abalados economicamente. O principal motivo dessa crise foi a superprodução da indústria dos Estados Unidos, que cresceu além das necessidades dos mercados interno e internacional.

        O grande marco dessa crise de superprodução foi a queda brutal do valor das ações na Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929, que levou muitas empresas e bancos à falência, e milhões de trabalhadores estadunidenses ao desemprego.

RECESSÃO ECONÔMICA

        Com a redução das vendas, os comerciantes estadunidenses também reduziram as compras, que afetou gravemente a economia das nações que dependiam das importações dos Estados Unidos.

        Foi o caso do Brasil, que deixou de vendes milhões de sacas de café para o mercado desse país, o que causou um desastre econômico que levou muitos cafeicultores à falência e o país à recessão.

        A crise do café afetou diversos setores da economia brasileira da época, porque nesse produto estava investida a maior parte do capital das elites econômicas.

CRISE POLÍTICA

        O enfraquecimento econômico dos cafeicultores também significou o declínio de seu poder, contribuindo para a desestruturação das bases políticas que sustentavam a Primeira República. Isso se manifestou na hora de indicar o candidato presidencial à sucessão de Washington Luís, nas eleições de 1930.

        As elites políticas de Minas Gerais e de São Paulo não conseguiram chegar a um acordo sobre o nome a ser indicado. Os políticos da situação em São Paulo apoiavam o candidato Júlio Prestes, do Partido Republicano Paulista (PRP), que era, então, governador do estado. Os políticos mineiros apoiavam Antônio Carlos Ribeiro de Andrade, que era o governador de Minas Gerais pelo Partido Republicano Mineiro (PRM).

        O rompimento do acordo da política do café com leite, isto é, o desentendimento entre os partidários do PRP e do PRM, agitou a cena política do país, pois a oposição aproveitou o momento para conquistar espaço e formar alianças.

Aliança Liberal

        Foi nesse contexto histórico que nasceu a Aliança Liberal (AL), agrupamento político que reunia líderes do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba.

        A Aliança Liberal lançou o governador gaúcho Getúlio Vargas para presidente da República e o governador paraibano João Pessoa para vice-presidente.

        Os dois passaram a ter o apoio de diferentes grupos sociais e políticos, tanto de renovadores, que queriam acabar com o esquema político tradicional da Primeira República, quanto daqueles que pretendiam apenas conservar o poder em suas mãos. Era o caso do governador de Minas Gerais, Antônio Carlos, que passou a apoiar a Aliança depois de ter rompido com o governo do estado de São Paulo.

        A Aliança Liberal apresentava um programa de reformas cujos principais pontos eram:

  • a instituição do voto secreto (para acabar com as fraudes eleitorais e a pressão dos coronéis);
  • a criação de algumas leis trabalhistas (regulamentação do trabalho de adolescentes e mulheres, direito de férias etc.);
  • o incentivo à produção industrial.

Esse programa tinha grande aceitação entre as classes médias urbanas e militares ligados ao tenentismo, dada a semelhança entre as propostas de ambos os grupos.

Bloco Operário Camponês

        Naquela época, outros setores da sociedade brasileira também manifestavam suas aspirações. Foi o caso, por exemplo, dos operários, que lutavam pela melhora de condições de vida e de trabalho, e dos comunistas do PCB, partido que estava na ilegalidade. Ambos os grupos contribuíram para a formação do Bloco Operário Camponês. Das propostas constavam a critica e combate a plutocracia, impostos somente para os ricos, habitação operária, extensão e obrigatoriedade do ensino primário, voto secreto e obrigatório, inclusive para as mulheres, restabelecimento das relações diplomáticas e comerciais com a União Soviética, considerada pelo Bloco Operário a aliada natural e esperança suprema das classes laboriosas e oprimidas do mundo inteiro.

        Nas eleições presidenciais de 1930, o BOC lançou a candidatura do operário marmorista Minervino foi o primeiro operário a se candidatar à presidência do Brasil.

MOVIMENTO REBELDE DE 1930

        Júlio Prestes saiu vitorioso das eleições presidenciais, realizadas em 1º de março de 1930, derrotando seu principal adversário da Aliança Liberal, Getúlio Vargas.

        Os líderes dessa agremiação, no entanto, recusaram-se a aceitar o resultado, afirmando que este resultado não se passava de uma fraude. Conforme a análise de vários historiadores é difícil saber qual dos dois lados utilizou mais violência e fraude para ganhar as eleições.

        O Clima de revolta foi aumentando em várias regiões do país, atingindo diversos grupos sociais: operários, militares, profissionais liberais etc. Atribui-se ao governador mineiro Antônio Carlos uma frase que simboliza a tensão existente na época: Façamos a revolução, antes que o povo a faça.

        Essas palavras demonstram que as elites da Aliança Liberal, preocupadas com as insatisfações populares, tinham consciência de que era preciso agir rapidamente para assumir o comando do processo político. Caso contrário, os outros o fariam.

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