A Expansão Do Comércio Europeu
Monografias: A Expansão Do Comércio Europeu. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ArthurArantes123 • 28/9/2014 • 1.996 Palavras (8 Páginas) • 2.445 Visualizações
A expansão do comércio europeu, a partir do século XV, impeliu várias nações europeias a empreenderem políticas que visassem ampliar o fluxo comercial como forma de fortificar o estado econômico das nascentes monarquias nacionais. Nesse contexto, a Espanha alcança um estrondoso passo ao anunciar a existência de um novo continente à Oeste. Nesse momento, o Novo Mundo desperta a curiosidade e a ambição que concretizaria a colonização dessas novas terras.
ao chegarem por aqui, os espanhóis se depararam com a existência de grandes civilizações capazes de elaborar complexas instituições políticas e sociais. Muitos dos centros urbanos criados pelos chamados povos pré-colombianos superavam a pretensa sofisticação das “modernas”, “desenvolvidas” e “civilizadas” cidades da Europa. Apesar da descoberta, temos que salientar que a satisfação dos interesses econômicos mercantis era infinitamente maior que o valor daquela experiência cultural.
Um dos mais debatidos processos de dominação da população nativa aconteceu quando o conquistador Hernán Cortéz liderou as ações militares que subjugaram o Império Asteca, então controlado por Montezuma. Em razão da inegável inferioridade numérica, nos questionamos sobre como uma nação de porte tão pequeno como a Espanha foi capaz de impor seu interesse contra aquela numerosa população indígena.
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A expansão marítimo-comercial européia
Nos séculos XV e XVI, os europeus lançaram-se por mares e oceanos desconhecidos, em embarcações pequenas e frágeis. Nessas viagens, conheceram e dominaram imensos territórios e centenas de povos em três grandes continentes: África, Ásia e América. Esse processo de expansão foi liderado por portugueses e espanhóis e desenvolveu-se durante a lenta passagem do feudalismo para o capitalismo.
Fatores que levaram à Expansão
Um dos estímulos para a expansão marítimo-comercial foi o desejo de mercadores e de reis de vários países da Europa de participarem do lucrativo comércio de especiarias (pimenta, cravo, canela etc.) e artigo de luxo (marfim, porcelanas, seda, perfumes, tapetes) com o Oriente. Desde o século XI, quando as cruzadas reabriram o Mediterrâneo, reanimando as relações entre Oriente e Ocidente, o comércio de produtos orientais era totalmente controlado pelas cidades do norte da Itália, especialmente Gênova e Veneza. Os mercadores dessas cidades buscavam tais produtos nos portos do mediterrâneo, sobretudo Constantinopla (atual Istambul), Trípoli e Alexandria, e os revendiam com um grande lucro na Europa.
Em 1453, os turcos otomanos conseguiram tomar Constantinopla e passaram a cobrar pesadas taxas sobre os produtos orientais comercializados através daquele porto. Por causa disso as especiarias revendidas pelos italianos na Europa foram ainda mais caras, levando os europeus a evitarem o Mediterrâneo. Para esse problema, a solução era buscar um caminho marítimo que levasse ao Oriente através do Atlântico.
Outra boa razão para as expedições marítimas era a necessidade de obter ouro e prata. Naquela época, as jazidas de prata e ouro da Europa estavam se esgotando e não produziam mais o necessário para a fabricação de moedas. A escassez de moedas dificultava o crescimento do comércio, impedindo que as burguesias européias aumentassem seus lucros e que os reis ampliassem seus rendimentos por meio da cobrança de impostos.
Portanto, embora fosse um empreendimento caro e arriscado, a expansão marítima e comercial interessava tanto às burguesias quanto aos reis da Europa. Por isso, eles se aliaram para se realizá-la. A burguesia forneceu capital e o rei ofereceu proteção e ajuda aos negócios. Essa aliança entre o poder central (rei) e a burguesia mercantil foi fator decisivo para a expansão européia.
O progresso técnico e científico também colaborou muito para que os europeus se arriscassem a navegar em mar aberto. São exemplos desse progresso o aperfeiçoamento do uso da bússola e do astrolábio (instrumentos que auxiliam na indicação do rumo); o uso bélico da pólvora; a invenção da caravela (mais leve e veloz que a galera) e o desenvolvimento da cartografia.
A expansão marítima portuguesa
Portugal surgiu como país durante a luta dos cristãos para reconquistar as terras perdidas para os árabes na península Ibérica. Durante essa luta, conhecida como Reconquista Cristã, o nobre guerreiro Henrique de Borgonha conseguiu diversas vitórias e, como recompensa, recebeu a posse do Condado Portucalense.
Com a morte de Henrique de Borgonha, seu filho e herdeiro, Afonso Henriques, continua a luta contra os árabes. Depois de vencê-los na batalha de Ouriques, em 1139, proclamou a independência do Condado Portucalense, que passou a se chamar, então, Reino de Portugal, Afonso Henriques, sagrou-se rei, o primeiro de Portugal, dando início à dinastia de Borgonha (1139-1383).
Durante a dinastia de Borgonha, Portugal conquistou o Algarves, completando a formação do seu território. Gradativamente, Portugal deixou de ser um país essencialmente agrícola, passando a praticar também intensa atividade marítima e comercial.
Essa mudança ocorreu devido ao fato de que, aos poucos, desenvolveram-se no litoral português a pesca e o lucrativo comércio de sardinha, atum e bacalhau. Com isso, as cidades litorâneas portuguesas como Porto, Setúbal e Lisboa cresceram e enriqueceram.
A partir do século XIV, um fato novo contribuiu para aumentar ainda mais o brilho comercial dessas cidades: tornaram-se parada obrigatória de navios italianos que vinham do mediterrâneo abarrotados de especiarias e se dirigiam para a região de Flandres, no norte da Europa. Como importantes entrepostos comerciais, essas cidades cresceram e passaram a abrigar um número cada vez maior de pessoas dedicadas ao comércio, às finanças e à construção naval.
Razões do pioneirismo português
Portugal foi o primeiro país europeu a se lançar as Grandes Navegações. E o pioneirismo português deveu-se, principalmente, ao fato de que Portugal foi o primeiro Estado Moderno da Europa. Isto é, foi o primeiro país europeu a centralizar o poder nas mãos de um rei.
Um acontecimento que muito contribuiu para isso foi a Revolução de Avis (1383-1385), quando a burguesia portuguesa, apoiada pelas populações humildes do campo e das cidades, pegou em armas para evitar que Portugal fosse anexado ao Reino de Castela, e perdesse a sua independência.
Vencendo a Revolução de
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