A Organização Social do Alto Império Romano
Por: Rui Fonseca • 21/4/2020 • Trabalho acadêmico • 860 Palavras (4 Páginas) • 223 Visualizações
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UNIDADE CURRICULAR: HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES CLÁSSICAS
CÓDIGO: 31047
DOCENTE: José das Candeias Sales/ Marta Covita
A preencher pelo estudante
NOME: José Manuel Caninhas de Figueiredo
N.º DE ESTUDANTE: 1801073
CURSO: Licenciatura em História
DATA DE ENTREGA: 7 de dezembro de 2018
TRABALHO / RESOLUÇÃO:
Em março do ano 44 a.C., é assassinado o ditador e chefe militar romano, Caio Júlio César, por membros do Senado. Inicia-se aqui o período imperial romano da “pax romana”. Os patrícios, originários das famílias tradicionais romanas e descendentes dos pater familias, eram os mais abastados e os que ocupavam os cargos mais elevados. Os clientes dependiam dos patrícios, trabalhavam para eles, estando sob a sua proteção. As alterações sociais verificadas não foram significativas e deveram-se, sobretudo, à instituição da monarquia imperial, a qual modificou a estrutura de topo da pirâmide social, passando os cargos mais elevados a ser ocupados pelos membros da casa imperial. A integração da sociedade provincial, no sistema social romano, iria também influenciar a sociedade romana.
Durante o império, duas ordens irão dividir o protagonismo e estarão no topo da pirâmide social: a ordem senatorial e ordem equestre (cavaleiros). Com Tibério, a ordem senatorial (com um censo de 1.000.000 de sestércios) adquire bastante importância e inicia-se a entrada, para o senado, dos senadores provinciais. Vespasiano, em 69 a.C., aumenta o seu número, mantendo-se esta tendência no século II. Com Trajano, estes senadores, que tinham origem nos grandes latifundiários, eram obrigados a possuir em Itália um terço ou um quarto dos bens fundiários. Durante o século III, esta ordem perde alguma importância, fruto do declínio que se verifica no Senado, mas mantém a sua condição económica. Constantino I entrega aos clarissimi funções de maior importância, levando à decadência da ordem equestre. Com Valentiniano I, em 372, a ordem senatorial é dívida em três categorias: ilustres, spectabilis e clarissimi.
No século II, a ordem equestre encontra-se numa fase de ascensão. Os cavaleiros (equites) passam a ter grandes fortunas, devido à sua atividade comercial, às posses fundiárias, à cobrança de impostos, à participação em sociedades de publicanos, à concessão de empréstimos com juros e à administração e gerência dos domínios imperiais. Muitos deles ingressaram, durante o governo de Augusto, na ordem senatorial. No século I, a ordem equestre passou a ter membros de várias proveniências sociais e geográficas. Também se dá um aumento dos elementos provenientes das províncias romanizadas. A sua importância havia suplantado a da ordem senatorial, pelo que muitos dos equites passaram a ocupar cargos administrativos e militar. No século III, começam a integrar dois tipos de elementos distintos: os civis, com formação jurídica, e os militares. Nas cidades das províncias romanizadas, a situação social era diferente da verificada na cidade de Roma. A ordem dos decuriões, cujos elementos tinham assento no Senado municipal, eram os grandes proprietários e latifundiários e aos quais era exigido um censo de 100.000 sestércios. Este esforço financeiro leva à sua descapitalização e à perda do poder político. No Baixo-Império, a burguesia municipal agrupa-se na ordem dos curiales, formada pelos proprietários fundiários e que fornecia, em cada cidade, os magistrados locais, os decuriões e os sacerdotes. Ao longo século IV, devido a dificuldades de recrutamento, o Estado decretou algumas medidas, como a imposição da hereditariedade, como estatuto de entrada na ordem, e a expressa autorização do governador para um curiales poder abandonar a sua cidade.
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