A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NA PRIMEIRA REPÚBLICA

A POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA NA REPÚBLICA VELHA

Com a proclamação da República, em setembro de 1889, as transformações na esfera nacional e internacional foram demasiadamente significativas, tendo em vista que o Brasil era um dos poucos países que ainda não adotava essa forma de governo em seu contexto diplomático e que à época a independência era uma das melhores escolhas para o desenvolvimento do país. Foi um período caracterizado pela ascensão do comércio exterior e da produção de diversos produtos, onde se destaca o café como um dos mais procurados para exportação e o que levou ao Brasil o título de um dos maiores produtores. Ressalta-se também as grandes disputas de poderes e interesses resultantes da proclamação.

O período que corresponde aos anos de 1889 a 1930 é marcado por grandes transformações no contexto social, político e econômico do Brasil, em virtude de diversos fatores tais como, o fluxo intenso de imigrantes, a crescente urbanização, a implementação de linhas de comunicação e transporte, a pequena industrialização e a expansão das exportações. Outro fator que vale ser salientado é a descentralização, proporcionando as oligarquias estaduais uma maior hegemonia e autonomia em troca do apoio ao governo. No que diz respeito ao contexto externo, o país passou a trabalhar mais em suas relações diplomáticas, principalmente no que se refere as relações com países latino-americanos. Nesse contexto, alcançou a consolidação das fronteiras nacionais, aproximou o país a política e ao comércio dos Estados Unidos, protagonizou diversos foros multilaterais, como a Conferência Pan-Americana, o Tratado de Versalhes, a Primeira Guerra Mundial e a Liga das Nações, além de outras conquistas.

Um dos primeiros objetivos dos republicanos ao alcançar o que tanto queriam, era obter o reconhecimento de sua nova forma de governo no âmbito internacional, tendo os atores da diplomacia brasileira um grande papel no que diz respeito a isso. Os governos estrangeiros foram comunicados de forma direta e indireta, nas legações estrangeiras existentes no Estado e através de circulares enviadas aos países. Dessa forma o governo adotou uma constituição em 1891 para assim legitimar as suas decisões perante os outros países e efetivar as suas relações internacionais. Deste modo, o Brasil garantiu o reconhecimento por parte dos países americanos e um pouco mais tarde dos países europeus, sendo Venezuela e Argentina os primeiros países a reconhecerem essa nova vertente, seguido por outros países da América e posteriormente pela França e demais países europeus.

Quando se trata da diplomacia brasileira durante dado período, não se pode descartar o ilustre Barão do Rio Branco, figura de extrema importância na política externa brasileira, responsável pela resolução das questões das fronteiras, além da aproximação do Brasil com americanos países, a ascensão do país nas relações internacionais, e por inserir o país na área política e econômica internacional, direcionada pelos interesses dos nobres, cafeicultores e do setor de agro exportação da época. O Brasil deu um grande passo, quando concerne a política externa brasileira, ao participar ao lado dos Estados Unidos na primeira grande guerra e com isso assumir um posto significativo no conselho da recém fundada Liga das Nações sendo reconhecido assim internacionalmente.