A conquista de Canaã

A Conquista De Canaã

Embora o período da conquista em seu sentido mais restrito da palavra compreenda somente os sete anos durante os quais os hebreus se apoderavam da Palestina, a dominação israelita não se completou antes da captura de Jerusalém por Davi e a subseqüente destruição do poder filisteu.

        A conquista se fez em três etapas:

A Conquista Da Palestina Oriental

 Compreende três campanhas levadas a colo durante a vida de Moisés. Estas foram:

•        A conquista da Palestina;

•        A conquista da Palestina Ocidental;

•        Três campanhas Suplementares;

Campanha de Gileade – Os filhos de Israel mandaram mensageiros a Seom, rei dos amorreus, pedindo-lhes licença para passar por suas terras. Seom não somente não deixou Israel passar pelo seu país, como também saiu e fez guerra contra Israel. Mas Israel o venceu e tomou posse da sua terra, desde o rio Aron até o rio Jaboque [Números 21. 21-24].

Campanha de Basã – Animados com a vitória contra Seom, os filhos de Israel cruzaram o rio Jarmuque, em direção a Basã. Ogue, o rei de Basã, saiu contra eles, mas Israel o venceu e apossou-se de toda a região de Basã [Números 21. 31-35].

Campanha de Midiã – Estando Israel em Sitim, na campinas de Moabe, Balaque, rei de Moabe, soube do que Israel fizera aos amorreus, de Gileade, e teve muito medo. Confabulou com seus vizinhos midianitas e edomitas, e resolveu contratar os serviços de Balaão [Números 22. 1-6].

 A Conquista Da Palestina Ocidental

Realizada em três etapas sob o comando de Josué. Depois da morte de Moisés, Deus mesmo revestiu a Josué de autoridade e coragem para sua grande tarefa de subjugar as tribos restantes de Canaã (Js 1.1-9).  Seu gênio militar se manifesta na estratégia que empregou nas seguintes conquistas:

A Conquista Da Palestina Central

 Rompendo o acampamento em Sitim, nas planícies de Moabe, os hebreus cruzaram o Jordão a pé e acamparam em Gilgal, entre Jericó e o Jordão. Depois tomaram Jericó, abrindo caminho para o centro do país, enfraquecendo e dividindo com isso as forças do inimigo. Num ato contínuo foi tomada Ai, e pouco depois nos montes Ebal e Gerizim se deu a leitura das bênçãos e das maldições sobre a observância da Lei, em presença de todo o povo.

Movidos pelo temor, os heveus, que habitavam nas cidades de Gibeom, Quefira, Beerote e Quiriate-Jearim (todas elas se achavam um pouco ao N e NO de Jerusalém), valendo-se de um estratagema, conseguiram fazer um pacto com Josué, sem que este consultasse o Senhor. Ao cabo  de três dias se descobriu o engano, porém não lhe era lícito romper o aludido pacto,  de modo que o assunto ficou em que os heveus foram condenados a cortar lenha para o santuário. Com estes feitos o território central do país, desde Jericó e Gibeom, até a Cordilheira do Carmelo, converteu-se em possessão de Israel (Josué 3-8).

Conquista da Palestina Meridional e Setentrional

Até este ponto a conquista havia sido relativamente fácil devido à falta de unidade entre as tribos Autóctones. Os reis estavam atemorizados com as estratégias de Josué. Com medo e orgulho ferido, os reis de Hebrom, Jarmute, de Laquis e Eglom, formaram uma confederação comandada pelo rei de Jerusalém, para resistir às forças estrangeiras de invasão e atacaram Gibeom. Josué foi avisado e estrategicamente feriu o inimigo com grande destroço. Os reis vencidos foram capturados e executados, além de serem tomadas as cidades fortes de Libna, Eglom, Hebrom e Debir (Josué 10). Existem dúvidas de que foi nessa batalha que Deus prolongou o dia, garantindo a vitória de Israel.

Jabim, rei de Hazor, foi o rei mais poderoso da Palestina Setentrional. Este reuniu os caciques confederados desde o monte Hermon até o monte Carmelo onde fixou acampamento, mas foi surpreendido por Josué que o derrotou e se apoderou de uma parte de Canaã até o Monte Líbano.

Campanhas Suplementares

A Conquista da Palestina ou Canaã foi parcial. Pequenos núcleos de tribos nativas como os cananeus e ferezeus em diversas partes das cidades foram novamente ocupadas e fortificadas por seus antigos donos. No livro de Juízes há três relatos dessa campanha depois da conquista de Canaã. Os Israelitas saíram do Egito como uma horda de escravos com conhecimentos muito imperfeitos de Deus, depois de anos de peregrinação no deserto, entraram em Canaã, como um povo disciplinado, organizado e instruído na lei divina, havendo recebido sua forma de governo civil, seu ritual religioso era completo e também o estabelecimento do sacerdócio. São essas as campanhas:

Judá e Simeão – Dirigida contra o Rei de Bezeque. Foi derrotado em batalha pelas forças de Judá e Simeão e tomada às cidades de Gaza, Ascalom e Ecrom. Porém algumas dessas cidades não foram conquistadas e logo os filisteus desalojaram os israelitas dessas cidades.

Calebe e Otniel – Acsa, filha de Calebe, foi uma daquelas mulheres que experimentou o sofrimento de perto. Nasceu e cresceu no deserto, porquanto Israel caminhava do Egito até Canaã, a terra prometida. Era um tempo difícil, de lutas e provações, escassez, instabilidade, não tendo lugar certo para repousar ou morar. Aprendeu através das batalhas a ser uma mulher forte e valente. O exemplo de seu pai Calebe, como um homem fervoroso, lutador, trabalhador, conquistador e temente a Deus, foram de forte influência na formação de seu caráter ousado e destemido. Uma mulher bonita, ao ponto de seu pai oferecê-la como recompensa àquele que conquistasse uma cidade que era habitada por vários gigantes guerreiros, que teriam que ser derrotados. “Disse Calebe: A quem derrotar Quiriate-Sefer e a tomar, darei minha filha Acsa por mulher”

Com isso Calebe, ganharia uma cidade e entregaria sua filha a um homem valente e conquistador. Otniel foi o vencedor e a tomou como esposa.

Nenhum pai gostaria de entregar sua filha a qualquer um, muito menos há um preguiçoso, medroso ou fracassado.

Danitas– Na repartição de Canaã entre as doze tribos, a parte que destinou aos danitas, era muito fértil, porém muito estreita. Então os guerreiros se dirigiram ao sopé do Monte Hermom e conquistaram para si uma herança, tomando a cidade fenícia de Laís, onde mudaram para o nome Dã, que representa a extensão das possessões de Israel (Js 3.18).