A era Vargas- Estado Novo
Por: Diego Pattaro • 15/11/2015 • Resenha • 1.078 Palavras (5 Páginas) • 1.067 Visualizações
No Brasil quando se fala em ditadura todos lembram da ditadura militar que ocorreu entre 1964 e 1985, e, também muito importante, foi a ditadura civil da Era Vargas. Getúlio Vargas, um civil com amplo apoio dos militares.
Quando se iniciou o período conhecido como Estado Novo, a primeira medida do governo foi a revogação (anulação) da constituição de 1934 e a elaboração de uma nova carta constitucional, que deu poderes ainda maiores ao presidente e visava combater uma suposta ameaça relatada pelo plano COHEM, um plano inventado por Vargas e que revelava a intenção da realização de uma revolução comunista no Brasil.
A constituição de 1937 foi influenciada por governos fascistas e a primeira preocupação foi o fortalecimento do poder executivo, ou seja, Getúlio Vargas ganhou amplo poder para tomar suas decisões sem ter que consultar praticamente ninguém. Paralelamente, ocorreu a diminuição da autonomia dos estados e dos municípios, que apenas poderiam fazer aquilo que fosse autorizado por Vargas.
Os governadores eleitos em seus estados somente poderiam assumir seus cargos após a autorização do presidente, o poder legislativo praticamente deixou de funcionar pois ele apenas confirmava as decisões tomadas por Vargas.
Além disso, a constituição de 1937 extinguiu todos os partidos políticos do Brasil, até mesmo o AIB (Ação Integralista Brasileira) que apoiou Vargas no plano COHEM. Os Integralistas se sentiram traídos por Getúlio pois esperavam ocupar importantes postos da equipe de governo e esse foi o motivo da Intentona Integralista de 1938.
Os integrantes desse movimento tentaram invadir o palácio da guanabara para acabar com o governo ditatorial que havia acabado de ser implantado, ou seja, a Intentona Integralista foi a tentativa de um novo golpe de estado colocado em prática pelos fascistas da AIB. Essa tentativa de golpe foi reprimida pela guarda pessoal de Getúlio, todos os participantes foram presos e Plínio Salgado, líder da AIB, exilado.
Para manter o domínio sobre a população o governo Estado Novo utilizou de forma intensiva a repressão e a força. O objetivo era garantir que todas as medidas tomadas por Vargas fossem apoiadas, mesmo que de forma obrigatória pelos brasileiros.
Durante o Estado Novo, foram efetuadas inúmeras prisões, posteriormente os presos eram torturados para entregar informações importantes e depois exilados para que não representassem ameaça ao governo.
Um fato importante foi a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), orgão governamental responsável pelo monitoramento e censura dos meios de comunicação, produção de propaganda de governo e pela criação do programa " A Hora do Brasil ", momento em que o presidente falava com o povo utilizando o meio de comunicação em massa da época, o rádio.
Uma significante mudança ocorrida foi o modo de relação do governo com as classes média, operária e as forças armadas, que foram tratadas sem o menor respeito durante a república velha.
As forças armadas, que foram fundamentais para Vargas chegar ao poder devido a sua participação no golpe de 1930 e na repressão aos comunistas, reinvidicaram a compra de novo armamento e novas máquinas como: tanques, navios e avióes de guerra, além de assumir o controle das polícias públicas estaduais conquistando autonomia para resolver questões de segurança nacional.
A classe média também foi bastante beneficiada com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), pois abria a possibilidade para a construção de carreira nas instituições civis públicas através de concurso público.
A classe operária também foi beneficiada pelo governo pois existia o medo de que o socialismo tomasse conta desta classe. Por isso, Vargas atendeu às reinvidicações e elaborou um conjunto de leis que mais tarde deram origem a consolidação das leis trabalhistas, a CLT. Porém, o governo nunca perdeu o controle sobre os sindicatos, impedindo as idéias socialistas de se espalhar.
Propagandas em livros didáticos, desfiles, comícios, programas de rádio para todo o país foram utilizados para tornar Getúlio um líder popular, o "pai dos pobres", como ficou conhecido.
O fim do Estado Novo se deu conforme a história brasileira na segunda guerra começava, pois o ingresso do país na guerra foi fundamental para a queda de Vargas.
Durante seu governo, o Brasil pretendia ser uma nação industrializada, mas para isso, era necessário investir nos setores siderúrgicos e metalúrgicos, reponsáveis pela produção de ferro e aço para os outros setores industriais. A partir daí tornava-se indispensável o investimento estrangeiro.
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