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AS BRUXAS AO LONGO DA HISTORIA

Por:   •  22/2/2016  •  Resenha  •  785 Palavras (4 Páginas)  •  512 Visualizações

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O objetivo desta resenha é analisar o ensaio de Paola Basso Menna Gomes Zordan, Doutora e Mestre em educação pela UFRGS, atua como professora permanente do programa de Pós-Graduação em Educação, intitulado Bruxas: figuras de poder. Este ensaio foi publicado a revista Estudos Feministas, um periódico de publicação quadrimestral tendo como objetivo divulgar cientificamente textos originais sob a forma de artigos, ensaios e resenhas. O propósito da autora é analisar o que as mulheres representavam na imaginação popular sendo consideradas “bruxas”, por serem diferentes, a visão da igreja dos homens sobre elas e seu medo em relação a tais mulheres. O ensaio analisa duas visões: a de Jules Michelet, historiador francês que em seu livro, A Feiticeira, fala da condição feminina, daquelas que eram chamadas de bruxas e feiticeiras, sendo encerradas em conventos, enterradas vivas ou mesmo queimadas vivas nas fogueiras onde construiu uma imagem romântica e martirizada da bruxa. Outra visão é dos inquisidores do século XV, o Malleus Maleficarum, publicado primeiramente na Alemanha em 1487, posteriormente, novas edições por toda Europa, um manual considerado demoníaco e cruel que por muitos séculos onde o calor das fogueiras, crueldade e castigos foram realizados em nome de Deus.

No imaginário do homem, as bruxas sempre estavam presentes explorando paradigmas para representação e concepção do que seria o bem e o mal. Ambígua, a bruxa pode ser uma velha encarquilhada, sentada em vassouras voadoras com uma verruga no nariz, gargalhadas assustadoras, estereótipo para filmes e desenhos animados, ou ainda, uma bela jovem sedutora, mulher sábia, “fêmea inebriante”.

Relevante a intenção da autora, dando ênfase ao titulo, ao abordar a bruxa como figuras de poder, da qual era um modo de enxergar a mulher, corroborando com a afirmação de Campbell (1959), “a força mágica e misteriosa da fêmea era tão maravilhosa quanto o próprio universo, e isto atribui à mulher um poder prodigioso”, e foi através do cristianismo que essa expressão de poder da mulher era a representação de todo o mal, o que culminou em punição, visto esse poder pertencer somente à igreja, constituindo uma afronta a esta. Como “colaboradora de satã”, e desde os primórdios já era considerada pecadora original por causa da desobediência da primeira mulher.

Outro ponto que a autora aborda embora que de forma superficial e merece um destaque especial é sobre o livro Malleus Maleficacum, escrito pelos inquisidores Heinrich Kramer e James Sprenger, um livro assustador e que muito contribuiu para a execração da mulher e que reflete até os dias de hoje. Para esses inquisidores todas as bruxas faziam um pacto com o Diabo, e todas elas dedicavam-se de corpo e alma a prática do mal. No Malleus Malefirum, fica claro, que se alguma bruxa operou algum prodígio sem a ajuda do Diabo, certamente foi porque serviu como instrumento para que Deus realizasse alguma das obras necessárias para o plano divino. As mulheres perversas eram dominadas especialmente por três pecados: a infidelidade, a ambição e luxúria. Estas mulheres consideradas ambiciosas tentavam “ardentemente saciar sua lascívia obscena”, adúlteras, fornicadoras, tentavam subverter os inocentes de três formas: por meio do cansaço, fadiga ou fazendo-os sofrerem perdas em seus bens. A sexualidade era vista como “besta imunda” pelos

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