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AS PRÁTICAS E REPRESENTAÇÕES NO COTIDIANO DA PROFISSÃO DOCENTE NA INSTRUÇÃO PRIMÁRIA NA PROVÍNCIA SERGIPANA

Por:   •  22/8/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.047 Palavras (5 Páginas)  •  253 Visualizações

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UNIVERSIDADE TIRADENTES – UNIT

DIRETORIA DE PESQUISA E EXTENSÃO – DPE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO – PPED

MESTRADO EM EDUCAÇÃO

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO BRASILEIRA

PROFESSORA: Simone Amorim

ALUNA: Isabela Noélia Santos Chagas

Fichamento

AMORIM, Simone Silveira. As Práticas e Representações no Cotidiano da Profissão Docente na Instrução Primária na Província Sergipana na Década de 1870.

1- Objeto de Pesquisa: O objeto de pesquisa deste artigo esta concentrado nos Professores primários da década de 70 do século XIX, de como estes realizavam sua prática.

2- Objetivos: -Demonstrar como os professores primários exerciam a prática da profissão docente;

-Descrever como ocorria o cotidiano do professor primário do século XIX;

-Apresentar a crescente presença feminina no magistério;

-Identificar a importância do professor primário como sendo uma peça chave para o progresso da nação que estava sendo constituída naquele momento

-Destacar a formação e instrução da formação a partir da criação das Escolas Normais.

3- Metodologia: para o desenvolvimento de sua pesquisa a autora se utilizou de fontes históricas, sendo elas: jornais e ofícios do período estudado, além de livros para o seu referencial e desenvolvimento, bem como Dissertação de Mestrado em educação e Tese de Doutorado também em educação.

4- Fontes: jornais que circulavam no período e ofícios que foram enviados pelo poder público através de seus representantes.

5- Principais conceitos utilizados pelo autor: Representação: ela utiliza esse conceito para salientar o significado do que é ser um professor de primeiras letras durante a década de 70 do século XIX. E para um embasamento teórico mais aprofundado, a autora cita Chartier, onde explica que essa representação é “a maneira como o indivíduo é visto dentro de sua comunidade ou mesmo como ela o percebe interfere nas ações por ele realizada, pois disso depende o seu ser social” (p.13).

Novos Habitus: os “novos habitus” estava diretamente ligado no texto, ao perfil do professor,  seriam segundo a autora, um conceito designado para tratar da postura profissional do professor em relação a sua responsabilidade social dentro da sociedade, cujo a qual estava naturalmente imbricados: família, escola e sociedade. Para um melhor entendimento sobre o que seriam esses “Habitus” a autora cita Bourdieu.

6- Principais conclusões do autor: “Primeiramente, cabe aqui a demonstração da importância da participação da criança no que se refere à educação elementar, pois esta aparece como peça fundamental para a construção e desenvolvimento do ensino primário e, consequentemente, da profissão docente” (p.5).

“[...] o professor e a escola surgem como partes significativas da organização social e estavam na sociedade para manter as crianças longe da marginalização [...]” (p.5).

“As práticas cotidianas da sociedade poderiam ser dominadas através do controle das ações dos professores, pois se tratava de uma peça chave para a organização social almejada no século XIX”. (p.6)

“[...] é visível que o docente era uma peça chave dentro do processo de desenvolvimento da nação e lhe cabiam diversas atividades [...]” (p.6)

“Quanto ao atraso dos salários, é possível inferir a dificuldade para exercer a profissão docente sem ter a segurança de receber o retorno monetário esperado. Assim, no início da década de 1870, buscava-se a solução de problemas que surgiam durante o processo de organização do ensino elementar” (p.8).

“Podemos observar que o papel da mulher começava a deixar de ser apenas doméstico e passava a ser, reconhecidamente, de cunho profissional” (p.9).

“Na verdade, o direito legal de criar esse tipo de instituição foi uma das consequências do Ato Adicional de 1834 que descentralizou o ensino passando para as Províncias a prerrogativa de promover a educação primária e secundária. A partir daquele ano, estabeleceram-se as primeiras Escolas Normais no Brasil”. (p.10)

“Observa-se que a intenção era preparar o homem para as tarefas relacionadas à produção e a mulher para o serviço doméstico e o cuidado com o seu marido e filhos” (p.11).

“É a partir deste ângulo que a Escola Normal é institucionalizada, nesse sentido, ela se tornaria responsável por ampliar e orientar a maneira do professor primário lecionar” (p.12).

“Além disso, de maneira geral, os conhecimentos pensados no século XIX para a Instrução Primária no processo de implantação de escolas públicas tinham como meta a difusão e unificação da língua nacional” (p.12).

“A incorporação de novos habitus é uma preparação para a escola que dará continuidade ao processo de adestramento, impondo como se fosse natural, a novas regras e comportamentos aos indivíduos, no caso das aulas de Primeiras Letras, as crianças” (p.14).

“As professoras primárias contribuíram não somente para a com formação, mas também para a construção e a elaboração de representações diversas sobre as funções, as diferenciações, as desigualdades e as hierarquias existentes entre os homens e as mulheres naquele contexto” (p.14).

7- Comentário pessoal: o texto nos apresenta uma série de informações cujas quais estão direcionadas aos professores e professoras de primeiras letras do século XIX. Ao fazer a leitura nos deparamos com o importante papel do professor deste período (período em que a nação brasileira e a unificação da sua língua esta sendo construída), percebemos também que a uma crescente presença da mulher no âmbito educacional, porém seus papeis diante da sociedade ainda continuava muito restrito. Assim como nos dias atuais, no texto é compreensível que os professores deste período já tinham problemas que estavam relacionados aos seus salários, ou seja, a desvalorização do professor na sociedade brasileira já vem de décadas. É possível perceber também a importância da institucionalização da Escola Normal e como a partir de então o ensino se modifica. Ao salientar os deveres dos professores, percebemos a influencia e manobra do governo frente aos professores, pois para eles estavam aptos para lecionar aqueles que professassem aquilo que o Estado pregava e que tivessem uma conduta moral impecável. No texto percebemos que a educação dos filhos, pouco interessavam para os pais, ocasionando assim um carregamento e modificação ao papel do professor. Trazendo pra os dias atuais podemos dizer que isso já não pode mais ocorrer, pois uma educação de qualidade só ocorre se as instituições ligadas a esse processo se unirem. Entretanto, neste momento o papel do professor é diferencial de muitos outras profissões, pois as praticas cotidianas da sociedade era visível através do seu trabalho. Enfim, percebemos no texto que ocorreram diversas mudanças no que desrespeito a escola, a como ensinar, ao tempo que deveria ser gasto na escola, os métodos e até a representação e os hábitos do professor de primeira letras deste período.

Palavras-chave: 

Instrução primária. Profissão docente. História da Educação.

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