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As cidades Renascentistas

Por:   •  21/9/2017  •  Resenha  •  618 Palavras (3 Páginas)  •  240 Visualizações

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As cidades Renascentistas nasceram do próprio nome do movimento que ocorria na época: O renascimento. Esse movimento surgiu na Europa, mas especificamente na cidade de Florença (considerada o berço do renascimento). Siena também é uma cidade renascentista. Ambas se situam no norte na Itália, na região da Toscana. Há também a cidade italiana de Veneza. Para ir de um lado para o outro nessa cidade, as pessoas utilizam pequenos barcos. Pessoas, animais e objetos, tudo e todos se movem e se locomovem sobre as águas.

Os grupos sociais nessas cidades se dividiam em três: camponeses, nobreza e burgueses. No campo, a vida dos camponeses não era fácil, exigia muita energia para a realização de tarefas. A ausência máquinas que facilitassem a locomoção, o preparo da comida, os cuidados com a casa, a própria manutenção da higiene e da saúde, exigiam paciência e muito trabalho braçal. Já na cidade, o cotidiano era diferente. Os nobres viviam no conforto, tinham acesso a uma série de luxos e não precisavam, por exemplo, tirar o leite da vaca ou moer trigo para fazer pão, visto que os leiteiros e padeiros faziam isso por eles. Havia também os burgueses (habitantes dos burgos). Por meio de documentos chamados “cartas de foral” que uma comunidade se transformava num burgo, numa cidade. Essas cartas podiam ser compradas ao senhor local ou ao rei. A carta dava aos burgueses o direito de ter uma feira, de eleger um prefeito e um conselho municipal, de fazer leis e viver segundo sua própria justiça e não sob a justiça de um senhor rural. Nesse período, o comércio estava se expandido. Muitas cidades europeias (burgos) ficaram livres do domínio dos nobres (senhores feudais) se transformando em ilhas de capitalismo em um continente feudal. Às vezes os burgueses pareciam mais nobres que os próprios nobres.

No quesito arte, nessas cidades eram contradados artistas para fazerem edifícios luxuosos, igrejas, pinturas ou estátuas. As pinturas geralmente transmitiam algumas mensagens. Um exemplo é que, em Siena os burgueses chamaram um pintor famoso e pediram para ele uma representação de uma cidade perfeita, ideal. Queriam um exemplo claro, de como as pessoas viveriam se fossem governadas com justiça e ordenassem o seu cotidiano pela obediência da lei. Porém, mostrar só o perfeito não adiantou. Então pediram que pintassem um painel com os atos e consequências de um mau governo. Logo, as pinturas eram repletas de detalhes e a arte criticava ou mostrava ideias ao povo. Há também o fato de que dentro da cidade, alguns cidadãos se preocupavam com a arquitetura de suas construções, visto que quanto mais sofisticadas elas fossem mais se provaria a destacada situação social de seus moradores.

Um aspecto curioso e engraçado é que antigamente não havia banheiro. Às vezes tinha um quartinho com um vaso no chão. Os dejetos ou caíam em algum rio ou numa fosse, onde era colocado madeira perfumada para amenizar o cheiro. Os penicos eram esvaziados na rua e para que seu conteúdo não caísse na cabeça dos passantes, as pessoas tinham que gritar avisando.

Siena, Vezena e Florença estavam dando espaço aos palácios, no lugar de castelos. Mistério e poder são as principais características dos espaços urbanos no final da Idade Média e início do Renascimento. Antigamente, morar numa cidade implicava vontade de ser diferente. Há um orgulho em ser cidadão. A cidade tornava um homem livre, distante da servidão do trabalho agrícola e dos abusos do senhor feudal. Livres para criar laços diferentes dos habituais. Além da cidade concreta, era comum a criação de uma “cidade imaginária”. Para as cidades renascentistas inventavam um passado no qual os heróis apareciam como seus fundadores. Os poetas e historiadores elaboram histórias fabulosas. Portanto, essas cidades eram cheias de mistérios.

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