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Cadernos Prisionais

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Por:   •  17/3/2014  •  Tese  •  1.102 Palavras (5 Páginas)  •  222 Visualizações

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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB

Departamento de Filosofia e Ciências Humanas – DFCH

Programa Nacional de Formação de Professores da Educação Básica

Curso de Licenciatura Plena em História

MÁRCIO ALVES

CADERNOS DO CÁRCERE - VOLUME 1 e 2

Antonio Gramsci

Vitoria da Conquista

2013

MÁRCIO ALVES

CADERNOS DO CÁRCERE - VOLUME 1 e 2

Antonio Gramsci

Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em História: Programa PLATAFORMA FREIRE, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, da disciplina Concepções Filosóficas .

Orientador: Cristiano

Vitoria da Conquista

2013

CADERNOS DO CÁRCERE - VOLUME 1 e 2

Partindo de uma leitura do texto deve-se tomar em conta que a tese emancipatória gramsciana está diretamente desenvolvida no seu conceito de hegemonia, compreendido como direção moral e direção política de uma classe quando toma o poder, ou não, sobre as classes concorrentes e aliadas.

Nessa direção Gramsci discute o papel dos intelectuais como os que fazem as relações entre as diferentes classes sociais possibilitando uma visão de mundo mais unitária e homogênea. Gramsci destaca que todas as camadas sociais possuem seus intelectuais, uns sendo profissionais, outros inclusos nesta categoria apenas por participarem de determinada visão de mundo.

Em Gramsci, a relação entre os intelectuais e o mundo da produção não é imediata, mas é “mediatizada” pelo conjunto das superestruturas que pode ser chamado de sociedade civil e sociedade política.

E não seria possível falar de intelectuais e hegemonia sem falar em educação e escola, objeto de intensa preocupação gramsciana, por ser um aparelho privado de hegemonia, chamado assim ao lado de outras formas organizativas da sociedade civil. Assim, algumas ideias densas a perspectiva da formação humana para a emancipação, tendo também a escola como um espaço de desenvolvimento ideológico contra hegemônico.

Gramsci, ao tratar da educação, deixa bem claro que o processo educativo transcende os limites dos aspectos meramente escolar e pedagógico, para atingir os aspectos políticos, sociais e, sobretudo a questão da hegemonia. O problema educacional, assim colocado, parece subordinar-se aos objetivos hegemônicos.

No entendimento de Gramsci, esta subordinação se manifesta desde a educação molecular, que forma o homem individual à educação, onde o sujeito é coletivo. Com esse alcance que a escola tem, no olhar de Gramsci, a mesma deve então levar as classes subalternas à construção de uma nova cultura, com uma concepção integral do mundo levado a todos os homens, pautada por uma sabedoria filosófica, portanto, crítica e reflexiva.

Gramsci entende que para que se possa atingir estes objetivos, se faz necessário que passe, nesse processo educacional individual/molecular profundamente significativo por dois momentos: o primeiro deles é um caráter mais elementar, onde o educando transita pelas noções instrumentais da instrução, passando pelas noções de direitos e deveres, fazer uma escolha profissional, pensar claramente, de forma clara e segura e, por fim, investir no processo de consciência moral e social, de forma sólida e homogênea.

Gramsci não deixa a menor dúvida de que a escola tem uma responsabilidade muito grande com a formação dos seus cidadãos, visto que a mesma deve se preocupar com uma formação de qualidade para todos

Para a construção de seu pensamento, Gramsci analisa a sociedade como conjunto de forças, imersas na história e marcadas por interesses diversos. Todo grupo social que possui função no mundo da produção de trabalhadores, elaboram os seus intelectuais para darem maior homogeneidade e consciência da importância da função desta classe.

Nas sociedades primitivas também a figura do intelectual estava representada pelos eclesiásticos, que dirigiram ideologicamente quinze séculos e representavam organicamente a aristocracia fundiária. Ao lado destes nasceram também categorias diferenciadas como os administradores, filósofos, cientistas, favorecidas e engrandecidas pelos poderes das monarquias.

Gramsci também queria compreender o ponto sobre os qual estão unidos todos os intelectuais, independente de

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