Carta de Pero Magalhaes Gndavo

A obra de História da Província de Santa Cruz, de Pêro de Magalhães Gândavo relata a visão de um europeu, católico fervoroso, que defendia a ocupação portuguesa imediata pelos motivos mercantilistas, mas acreditava que Portugal deveria impor a fé católica a aquele povo sem lei e sem religião os nativos do Brasil. Por causa da religião Gândavo negligenciava a cultura e costumes dos índios,em uma frase afirma que na nova terra existe índios sem rei nem fé nem lei e validava várias lendas macabras sobre os nativos, pois não acreditava em outra crença se não a católica.

Um trecho interessante do texto é parte onde Gândavo defende que nome da província descoberta deve ser Província de Santa Cruz e não Brasil, Já que antes um nome sagrado e abençoado por Deus do que um nome meramente comercial de pau de solta uma tinta vermelha que lembra a brasa e por Brasil, isso seria vitória do profano frente ao sagrado, Gândavo usa um capítulo de sua obra relatando como Santa Cruz cairia muito melhor e seria um grande feito da igreja que iria magoar o demônio que tanto trabalhou e trabalha por extinguir a memória da Santa Cruz.

Em outra parte de obra Gândavo relata as belezas da terra tropical que sempre tem sol e que não tem frio como na Europa, fala das matas que são lindas e diferentes de seu país fala de plantas típicas como a mandioca e explica a cerca de sua utilização, cita animais como tatus, que não são encontrados em Portugal, sua forma de descrever a natureza da nova terra é quase romântica fala que a terra é generosa e abriga a todos, porém com algumas ressalvas que tem animais perigosos e plantas venenosas, mas na verdade o objetivo da obra de Pêro de Magalhães Gândavo era incentivar a migração e ocupação do território brasileiro.