Discussão Sobre Cotas nas Faculdades Brasileiras
Por: Lorena Amorim • 29/10/2023 • Trabalho acadêmico • 1.511 Palavras (7 Páginas) • 52 Visualizações
[pic 1]Universidade Federal Fluminense
Instituto de História (IHT)
Discente: Lorena de Amorim Rodrigues
Período: 3°
Turma: A5
Turno: Manhã
Docente: Reginaldo Scheuermann Costa
Curso: Licenciatura em História, 2022.2
Disciplina:Organização da Educação no Brasil
Local: Niterói, RJ
INTRODUÇÃO
O seguinte trabalho irá abordar os sistemas de cotas, mais especificamente os impactos das políticas de cotas para os jovens negros das universidades, focando na violência, na renda, no acesso a bens culturais, o território, a meritocracia e o racismo. Sendo assim, é importante destacar que o sistema de cotas nasceu no ano 2000, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), onde a UERJ foi a primeira em aderir. As universidades federais, só foram aderir às leis de cotas só em 2012. Essa lei assegura que 50% das vagas nas universidades são destinadas para os alunos de escolas públicas, de baixa renda, negros, indígenas, e pessoas com deficiência obtivessem acesso ao ensino superior público por meio da reserva de vagas em instituições federais. As universidades federais têm que separar 50% das vagas, mas elas têm autonomia para decidir como vão ser aplicadas.
Em resumo, o trabalho apresenta, basicamente como o sistema de cota funciona ativamente, e como trouxe diversos alunos (negros,pardos e indigenas) para as Universidades públicas de todo o país, ajudando a aumentar a diversidade. Porém, a avaliação, também vai mostrar quais são as dificuldades que esses jovens enfrentam no dia a dia, para poder acessar esse direito e também quando conseguem acessar esse direito, o que eles vivem dentro das universidades.
Para auxiliar o entendimento do trabalho, ele está dividido em 5 tópicos que vão se dividir em uma introdução, um tópico para o desenvolvimento e dentro desse tópico é dividido por mais 2 subtópicos, uma conclusão e uma para as referências bibliográficas.
LIMITES E POTENCIALIDADES DE POLÍTICAS AFIRMATIVAS
1- Sistemas de cotas
Com o avanço de novas políticas de inclusão é visível que houve um aumento de alunos negros e pardos nas universidades e isso é mostrado na pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica). Entre os anos de 2001 à 2011, o IBGE mostra que houve um crescimento expressivo no acesso de negros e pardos nas idades de 18 à 24 anos. A pesquisa mostra que houve um salto 10,2% para 35,8% de frequência, mostrando que houve um salto muito grande em 2011 para 2001. Todavia, a pesquisa mostrou que também houve um aumento no número de pessoas brancas nas faculdades e, se você comparar e levar isso em consideração, há ainda mais pessoas brancas nas faculdades. Isso mostra que embora haja crescimento, ainda não é suficiente, mas com o passar do tempo, a tendência de ingresso de cotistas é cada vez maior. Com isso surge a necessidade de ter um programa para ajudar os alunos a permanecerem na faculdade,como consequência nasceu o PNAES (Programa Nacional de Assistência Estudantil).
[...] que tem como objetivos: “I – democratizar as condições de permanência dos jovens na educação superior pública federal; II - minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na permanência e conclusão da educação superior; III - reduzir as taxas de retenção e evasão; e IV - contribuir para a promoção da inclusão social pela educação” (BRASIL, 2010).
Heringer tem uma noção de que o sistema de cotas ajudou e vai ajudar muitos jovens no futuro, porém ainda há um grande desafio pela frente, ela pontua que é importante criar métodos que ajudem os alunos a conseguirem se manterem nesse espaço. É claro que é fundamental reconhecer que esses programas sociais que visam a inclusão desses alunos nas universidades públicas, não funcionaria sem o incentivo financeiro. No entanto, a autora tem uma visão muito otimista dos projetos, como o PROUNI (Programa Universidade para Todos) e o FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), como se fossem capazes de conseguir democratizar totalmente o ensino superior. Sem explicar, dos muitos problemas que os jovens enfrentam ao acessarem esses programas, por exemplo o FIES,quando o aluno utiliza esse programa, ele sai da faculdade, o aluno sai com uma enorme dívida estudantil. Heringer, tem uma noção que o prouni, dos três programas sociais, ele é o menos conhecido, contudo não é o menos problemático de todos eles. Na questão das universidades públicas, quando ela fala sobre o PNES, de fato ele ajudou muitos alunos de baixa renda a se manterem na universidade, porém o que ela não leva em consideração é que muitas das vezes ele não abrange todo o público que realmente precisa e como consequência os alunos acabam tendo que desistir de continuar na universidade.
Com as gestões de governos atuais que vem cortando cada vez mais a verba da educação no ensino superior, esses programas ficam ameaçados. Visto que, o governo vem investindo cada vez mais em novos projetos com as universidades privadas, para que os alunos possam acessar a universidade com o PROUNI e o FIES, no entanto, consequentemente o governo federal acaba investindo ou até menos na universidade pública. Leher, entende que com o crescimento do neoliberalismo, transformou demasiadamente a relação entre o público e o privado, onde a ideia central é a privatização, a austeridade fiscal e a intervenção mínima do estado. E isso afeta até a educação, e o autor explica que o FIES e o PROUNI, embora criados em governos de esquerda, esses programas foram criados no intuito de fabricar mais lucro para as universidades privadas de uma estrutura de dentro do estado, o que é a forma da economia neoliberal. Ainda no Brasil, o neoliberalismo atua de uma forma onde apoia o ensino técnico mais do que o ensino superior.
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