Durkhein
Casos: Durkhein. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: LarissaBarbuda • 10/9/2013 • 1.579 Palavras (7 Páginas) • 5.083 Visualizações
1- Durkheim afirma, em seu livro As regras do método sociológico:
“Existem, pois, espécies sociais pela mesma razão por que existem espécies em biologia. Estas, com efeito, são devidas ao fato de que os organismos não constituem senão combinações variadas de uma única e mesma unidade anatômica.”
Que característica da escola positiva pode encontrar nesse texto?
Como os positivistas, Durkheim procura ver nas sociedades manifestações de um organismo em evolução. Os conceitos de espécie, organismo, unidade anatômica demonstram a influência das ciências “biológicas” sobre sua teoria.
2- Defendendo a imparcialidade e a objetividade da ciência, Durkheim afirma: “O sentimento é objeto da ciência, não é crítico de verdade cientifica”.
Para Durkheim, a verdadeira ciência deve se guiar pelos sentimentos pessoais do cientista? Por quê?
Não. Para Durkheim os sentimentos individuais, as opiniões, sentimentos apenas atrapalham a apreensão da realidade.
3- Quais as características dos fatos sociais pra Durkheim?
São três as características básicas que distinguem os fatos sociais:
Coerção: A força que os fatos exercem sobre os indivíduos levando-os a conformarem-se às regras da sociedade em que vivem independentemente de sua vontade e escolha. Essa coerção social é garantida por instrumentos de controle denominados “Sanções”- estas se apresentam de duas formas: sanções legais e sanções espontâneas.
Exterioridade: Os fatos existem e atuam sob o indivíduo independentemente de sua vontade ou de sua adesão consciente, sendo assim, exterior ao indivíduo. Mesmo antes de o indivíduo nascer, a sociedade já determinam leis, costumes, regras sociais que lhe é naturalmente imposta através de mecanismos de coerção. Ex: educação.
Generalidade: É social todo fato que é geral, que ocorre em algum setor significativo de uma sociedade ou em distintas sociedades, em um determinado momento histórico ou ao longo do tempo. Durkheim afirmava que um fato é geral quando se repete em toda a extensão da sociedade ou entre a maioria dos indivíduos que a compõem. Os fatos são comuns aos grupos, portanto coletivos e podem ser representados pelas formas de comunicação, linguagem, formas de habitação, sentimentos, valores éticos, estéticos e morais.
4- Como o sociólogo deve estudar os fatos sociais?
O sociólogo deve tratar o fato como “coisa”, submetendo-o a um exaustivo questionamento para verificar a sua validade como fato social; o cientista deve afastar-se da subjetividade e pré-noções, enfocando com objetividade o fato, buscando o afastamento em relação a qualquer opinião existente. Para Émile Durkheim, fatos sociais são maneiras de agir, pensar e sentir exteriores ao indivíduo, e dotadas de um poder coercitivo. Não podem ser confundidos com os fenômenos orgânicos nem com os psíquicos, constituem uma espécie nova de fatos. São fatos sociais: regras jurídicas, morais, dogmas religiosos, sistemas financeiros, maneiras de agir, costumes, etc.
5- Afirmamos que Durkheim considerava a educação formal e informal como elementos importantes para a integração dos indivíduos à sociedade. Você concorda com essa opinião?Argumente.
Não só para Durkheim, atribui à educação um papel relevante na integração do indivíduo à sociedade, pois cabe a educação a tarefa de passar valores culturais e éticos necessários para a manutenção da normalidade (ordem) social.
6- Durkheim considerava a generalidade elemento essencial do fato social. Procure em jornais e periódicos fatos sociais segundo esse critério.
Porque a “generalidade” de um fato social é sua unanimidade, é garantia de normalidade na medida em que representa o consenso social, a vontade coletiva ou o acordo de um grupo a respeito de determinada questão. Partindo, pois, do princípio de que o objetivo máximo da vida social é promover a harmonia da sociedade consigo mesma e com as demais sociedades e que essa harmonia é conseguida por meio do consenso social, a “saúde” do organismo social se confunde com a generalidade dos acontecimentos.
7- O crime, para Durkheim, é um fato social normal ou patológico? Por quê?
É normal. Existe em todas as sociedades e varia em função de fatores que independem da vontade dos indivíduos dessas sociedades. De acordo com Durkheim, o crime não se observa apenas na maior parte das sociedades desta ou daquela espécie, mas em todas as sociedades de todos os tipos. Não há nenhuma onde não exista criminalidade. “Durkheim exibe o crime como fenômeno sociológico normal, necessário e útil, um fator de saúde pública, parte integrante de qualquer sociedade sã, contrariando os criminólogos que, à unanimidade, realçam o caráter incontestavelmente patológico do crime”. Durkheim afirma que o crime é normal porque uma sociedade que dele estivesse isenta seria inteiramente impossível. Para o sociólogo, o crime consiste num ato que ofende certos sentimentos coletivos dotados de uma energia e de uma clareza particulares. Assim como não pode haver sociedade em que os indivíduos não divirjam em maior ou menor grau, é também inevitável que entre essas divergências existam algumas que apresentem um caráter criminoso. Portanto, o crime é necessário, por estar ligado às condições fundamentais de toda vida social.
8- O que é consciência coletiva?
A consciência coletiva é a força coletiva exercida sobre um indivíduo, que faz com que este aja e viva de acordo com as normas da sociedade na qual está inserido. Assim como na vida mental, a consciência coletiva é feita de representações que transcendem a esfera individual, por sua superioridade e atua com força sobre as consciências individuais. A consciência coletiva é fruto de pequenas contribuições individuais, que juntas, formam o todo, não sendo fruto de teorias metafísicas, mas de fatos sociais reais. Para Durkheim, a consciência coletiva é o conjunto de crenças e de sentimentos comuns à média da população de uma determinada sociedade, formando um sistema com vida própria, que exerce uma força coercitiva sobre seus membros, como o devoto que, ao nascer, já encontra as crenças e práticas religiosas estruturadas e em plena atividade.
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