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Historia da América Exposições Sobre o Ensaio de Jack P Greene Intitulado

Por:   •  4/11/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.199 Palavras (9 Páginas)  •  168 Visualizações

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Exposições sobre o ensaio de Jack P Greene intitulado “Reformulando a identidade inglesa na América britânica colonial: adaptação cultural e experiência provincial na construção de identidades corporativas”

O presente artigo por Jack Greene, “Reformulando a identidade inglesa na América britânica colonial: adaptação cultural e experiência provincial na construção de identidades corporativas”, desenvolve considerações para uma história comparada nas Américas. Podemos destacar os seguintes argumentos apresentados:

O mundo colonial atlântico e as dificuldades conceituais que predominam nas histórias nacionais;

A dinâmica dos impérios e os processos de “etnização”;

A construção de novas políticas coloniais;

A preservação dos valores ingleses nas identidade provinciais;

A continuidade das identidades corporativas nas antigas províncias, mesmos após a formação dos estados nacionais.

Jack Greene apresenta diversos questionamentos sobre a América colonial britânica e do papel das províncias como entidades corporativas as mais significativas para a sua dinâmica. Detacando as províncias de Barbados, Carolina do Sul, Jamaica e Virginia. Considerada as mais importantes colônias britânicas.

Um dos principais argumentos é que com a independência e a formação dos estados republicanos, essas províncias continuaram sendo os locais mais importantes da autoridade. Pois foi nestas províncias que homens e mulheres partilharam entre si, para além da continuação de uma identificação cultural com uma idealizada identidade nacional britânica, também os primeiros elementos de uma identidade distinta criada ao longo das primeiras gerações de colonos nas Américas. Esta identificação e identidades mencionadas permaneceram no período que vai de 1787 a 1830. A partir de 1830s, inicia o processo seccionalistas, onde diversos estados estava envolvidos num debate nacional e onde aos poucos ao longo das duas décadas seguintes as identidades regionais que passariam a intervir cada vez mais fortemente neste debate nacional.

Para entender melhor sobre os questionamentos apresentados por Jack Greene foi necessário formar 4 agrupamentos destas questões. Primeiramente sobre o mundo colonial do atlântico, em seguida temos sobre a dinâmica do império e a prática de negociar autoridades, depois temos os argumentos e questionamentos sobre os valores britânicos e identidades coloniais, para finalizar trataremos sobre a sobrevivência das identidades corporativas herdadas da colônia.

O mundo colonial do Atlântico, um conjunto considerável de pessoas e ideias atravessaram o Atlântico desde então ideias monoteístas de cristãos diversos, judeus e muçulmanos, conflitos sectários e étnicos e até tolerâncias ocasionais –, formando nas Américas suas novas sociedades, desde o início multiétnicas e multiculturais. As frotas do tesouro espanhol, o comércio de peles norte-americano e o tráfico atlântico de escravos estiveram presente no início da era moderna. Este início foi chamado de modernidade europeia. Diante deste contexto, Jack Greene destaca a insuficiência do termo “primórdios da América colonial” (“Early América”) ainda em uso por boa parte da historiografia norte-americana, caracterizado, ademais, pela apropriação pouco crítica do termo América. Para Jack Greene a British America (ou América britânica) foi apenas uma das muitas “Early modern America” (ou Américas do início da era moderna), ao lado das Américas Espanhola, Portuguesa, Francesa, Holandesa, Sueca, Dinamarquesa, Russa e milhares de Américas indígenas. Através dos seus estudos Jack Greene, buscou apresentar uma história mais compreensiva e igualitária sem desconsiderar a presença das outras culturas. A heterogeneidade cultural foi a norma da formação dos valores culturais na américa britânica. O agrupamento de novas populações de outras descendências marcou as distintas formações sociais da América Inglesa colonial do início da era moderna.  A imigração do início da era moderna trouxe para o oeste do atlântico muitos europeus não britânicos. Os processos de etnização foi responsável pelas desigualdades resultantes das conhecidas conflitos sociais, pelas enormes diferenças de poder intrínsecos à situação colonial moderna. Reconhecemos que muitas dessas discrepâncias ainda se fazem presentes em plena contemporaneidade.

Para tratar dobre dinâmica do império e a prática de negociar autoridades, Jack Greene cita sobre a inconsequência das dicotomias utilizadas na historiografia, por exemplo: “antigo x moderno”; “campo x cidade”; “desenvolvimento x subdesenvolvimento”; “atraso x progresso”; “colônias de exploração x colônias de povoamento”. Segundo Jack Greene os colonos que pertenciam aos povos dominantes, foram colonizadores diante os povos indígenas, mas esses mesmos colonizadores também mantiveram uma relação de colonizados diante a metrópole europeia.

A relativização das relações de poder implicava a existência de autoridades diversas, as quais deveriam ser, na maioria das vezes, negociadas. De acordo com Jack Greene as relações de poder (dominadores e dominados) estavam sujeitas a simultaneidade e troca de papéis. Fato que se torna inegável a existência das negociações de autoridade.

Em se tratando das relações de poder e o objetivo de transformar uma américa indígena numa américa britânica, Jack Greene comenta a existência de populações indígenas que tinham um governo paralelo com os governos hispânicos e também de grupos indígenas que se mantiveram distantes das influências dos colonos. A possibilidade de se viver fora da área de controle foi extremamente dificultada. A ausência de controle e influência foram eventos temporários de curta duração, pois a voracidade dos colonos em busca de terras, ouro, mão de obra escrava africana ou indígena foi devastador e dizimador de diversas populações indígenas.

Na América inglesa, Jack Greene, apresenta 3 tipos de colonização:

Aquelas em que os primeiros colonos iniciais se retiraram com a chegada dos ingleses, facilitou a colonização inglesa (Jamaica em 1655 e a Florida Oriental e Ocidental em 1763);

Aquelas em que grande parte dos primeiros colonos permaneceram com a chegada dos ingleses, nesta situação a colonização inglesa teve mais dificuldade (Nova York, Nova Jersey e Delaware); 

Caso excepcional, como Nova Escócia, que permaneceu em sua maioria francesa até 1748, ocasião em que se intensificou o povoamento britânico).

Conforme Jack Greene a formação do império inglês esteve a cargo dos próprios colonos muito mais do que os esforços da metrópole. A efetiva autoridade do império britânico transatlântico da forma que foi vista ao longo do Séc. XVIII se formou de fora para dentro. Foi uma construção da periferia para o centro, quer pela criação de novas arenas e poder local e individual, por meio das atividades dos participantes da empresa colonizadora nas Américas; quer pela negociação dessas muitas novas arenas da periferia com os representantes metropolitanos do centro.

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