UM BREVE ENSAIO SOBRE A HISTÓRIA MEDIEVAL DO OCIDENTE
Por: Marcosmax • 22/11/2018 • Resenha • 9.281 Palavras (38 Páginas) • 325 Visualizações
UM BREVE ENSAIO SOBRE A HISTÓRIA MEDIEVAL DO OCIDENTE
MARCOS AUGUSTO DA SILVA VERCOSA
RESUMO:
Este artigo visa um breve argumento sobre a História Medieval do Ocidente, sendo pautadas em pontos culminantes que servem de palco para destacar os contextos como problemas e desafios que ocorreram desde a expansão europeia até o mundo globalizado, onde se busca compreender a pluralidade e sua diversidade no meio social, político, cultural, religioso e econômico, onde a historiografia busca dividi-los em dois blocos para que ocorra a sua pesquisa. Serão destacados os principais momentos onde deve ser discutido entre os autores com várias visões, podendo gerar futuras discussões no decorrer do artigo, outro texto será vivenciado nesse mesmo contexto, como o Romance de Tristão e Isolda que será explanado, pontos de suma importância daquela época, onde Bédier contém um poema francês na metade do século XII, mas composto no fim do século XIX, por um momento se adequa aos nossos heróis tanto quanto aos da Grécia e de Roma que a Idade Média igualmente paramentava.
INTRODUÇÃO
Iremos discorrer sobre a História Medieval do Ocidente, compreender a forma de como essa sociedade que visa abarcar os problemas e desafios colocados pela expansão europeia e a crescente experiência de um mundo globalizado, e dessa forma tentar entender a pluralidade e as diferenças que se apresentam sempre abertas como possibilidade de vida humana neste mundo.
Além disso iremos realizar um breve estudo acerca do Ocidente cristão entre os séculos V a XIV, envolvendo aspectos econômicos, políticos, sociais, culturais e religiosos, estarão divididos em dois blocos, consagrados pela historiografia: a Alta Idade Média, nos séculos V a X, e a Baixa Idade Média, que começou no século XI e se estendeu até o século XIV.
Levamos em conta a época do feudalismo da Idade Média no Ocidente e a Alta Idade Média caracterizada pelo período de formação desta estrutura feudal, e no momento subsequente a Baixa Idade Média sendo que essa estrutura já estava consolidada. Em cada um desses períodos será detalhado a economia, politica, sociedade, religiosidade e etc., seguindo cronologicamente a divisão historiográfica da Idade Média.
Nesse mesmo âmbito faremos uma certa avaliação sobre os blocos de estudo: sendo que a Idade Média, denominada de Baixa Idade Média, que abarcou sociedades distintas, não tipicamente feudais, como as sociedades bizantina e mulçumanas, onde se enfatiza a ideia de que Idade Média e feudalismo não são a mesma coisa.
Em lócus iremos destacar também a fase da Idade Média que é conturbada na época do Renascimento nos séculos XV e XVI, sendo que nesse período era conhecida como a Idade das Trevas referida pelo poeta italiano Francesco Petrarca (1304-1374), que fez referência como período tenebrae.
Essa época foi rodeada por muito fanatismo religioso, ignorância e estagnação econômica, a Idade Média ficou conhecido como a “longa noite de mil anos”, foi destratada e desprezada pelos intelectuais, entre eles o pintor Rafael Sanzio (1483-1520), que denominou a arte medieval de gótica e bárbara.
Enfim, serão analisadas essas passagens de momentos ruins e bons, visto que se irá mesclar dois textos sendo que o outro está relacionado com um livro de Bédier em forma de poema, sendo conveniente apresentar aos leitores modernos a história de Tristão e Isolda um amor proibido, retratado na época medieval, e junto dele as loucuras do amor que os levaram até a morte.
UMA RESSALVA SOBRE A ALTA IDADE MÉDIA DOS SÉCULOS V a X
Para iniciarmos este contexto iremos destacar o expansionismo territorial romano que já havia cessado, sendo que no fim das conquistas territoriais levou a estagnação da entrada de escravos, mão de obra fundamental e sustentáculo de toda a sua economia. Nesse mesmo contexto a origem da crise minou no império, e no século II, pois a dificuldade da mão de obra já era expressiva, devido essa falta ocorreu uma queda em todos os setores produtivos do Estado Romano.
Devido a esses acontecimentos aconteceu o regime do colonato, ou seja, onde um grande proprietário arrendava parte de sua terra a um arrendatário, que em troca lhe pagava com parte de sua produção. Nesse mesmo tempo ocorreu um processo de migração da população da cidade para o campo, sendo um processo crescente de ruralização desta sociedade.
Em meados do século III e principalmente no IV, já em meio à crise, a política de defesa do território romano se complicou bastante, pois as fronteiras se tornaram vulneráveis, sendo assim vários grupos penetraram nos limites do império, apesar dos esforços dos imperadores Diocleciano (284-305) e Constantino (324-337) que instalaram as chamadas “tribos federadas” em seus territórios.
Vários reinos romano-germânico foram se formando ao longo do século V, com caráter pouco duradouro. Os germanos foram se integrando a um sistema e se tornando grandes proprietários, através do regime de hospitalistas, onde ocorria a imposição aos grandes proprietários romanos das vilas de cessão de dois terços de suas terras aos germanos. Sendo assim pôde se notar no Ocidente o início da formação de uma aristocracia germânica que foi se integrando à aristocracia romana de casamento misto.
Depois, pelo fato de a sociedade germânica ser rigidamente hierarquizada e pautada em laços de dependência pessoal, como era o caso da estrutura do comitatus, que evidentemente não se reproduziu na sua forma original, mas deixou bem marcada a ideia de fidelidade pessoal. (Hilário, 1988, p.23).
Foi a partir do século VI se torna visível uma segunda fase da existência dos reinos romano-germânicos no Ocidente, sendo assim muitos dos Estados originais foram desaparecendo em função das sucessivas partilhas territoriais, onde o território era visto como uma propriedade pessoal do rei, daí dividido entre os herdeiros.
Entraremos em outro contexto que se destacou que foi O Reino dos Francos, único que conseguiu se consolidar como uma força política, suas tribos foram unificadas ainda no século V por Clóvis, que conseguiu conquistar a Gália, fundaram a dinastia merovíngia, nome que se deu através do Rei Meroveu, seu avô. Onde se pode destacar um ponto culminante que ocorreu como fortalecimento político dos francos que foi a conversão de Clóvis ao cristianismo.
Nessa época a Igreja Católica tinha uma grande influência para se tornar um Estado Forte, alienados com os grupos burgúndios e visigodos adeptos da heresia do arianismo, onde acreditavam que Cristo era inferior a Deus e devido a isso ocorreu a união de Clóvis com a Igreja como um respaldo espiritual de suma importância.
Vale ressaltar outro aspecto que marcou o Estado Merovíngio foi uma visão patrimonial do poder, onde o reino era visto como uma propriedade privada do rei e sendo sujeito a partilhas frequentes entre os herdeiros de cada sucessão, administradas pelos “prefeitos de palácios”, ou majordomus, indivíduos que com o passar do tempo foram adquirindo bastante poder. Após a sua morte, o reino ficou dividido em quatro regiões como: a Nêustria, a Austrásia, a Aquitânia e a Borgúndia, que disputavam entre si a primazia sobre o conjunto do território.
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