Historia da musica Afro-brasileira e seus represetantes

Musica afro-brasileira 
A música criada pelos afro-brasileiros é uma mistura da música portuguesa, indígena e africana, produzindo uma grande variedade de estilos. Entre os estilos influenciados, temos: Samba, Maracatu, Ijexá, Maxixe, Lambada, Carimbó, entre outros. A música afro – brasileira era altamente descriminada, sendo vista como “Música para marginais” até o século XX, onde só então começou a ser melhor aceita pela população. Dois instrumentos clássicos usados nas músicas afro – brasileiras, são os tambores e o Berimbau.
A musica popular urbana no Brasil imperial teve influencia nos escravos que trabalhavam como barbeiros em Salvador e Rio de Janeiro, uma de suas mais ricas expressões. Instrumentos como tambor, atabaque, cuíca, alguns tipos de flauta, marimba e o berimbau também são heranças africanas que constituem parte da cultura brasileira. Cantos como o jongo, são elementos culturais provenientes dos africanos. Os negros usavam da musica para escapar dos senhores que eram todos deles, quando um fugia os outros cantavam oque estava acontecendo, se algum cachorro estava atrás dele ou se o capitão do mato estava indo atrás dele.

Clara Nunes

      A voz de Clara Nunes foi uma das mais importantes da música brasileira, as principais características de sua música se mostram pelo samba e a forte e sempre presente influência dos ritmos e religiões africanas, principalmente a umbanda e o candomblé.

      O início de sua carreira foi bastante difícil, o ritmo da cantora não era o que vingava na época, fazendo com que a cantora adotasse diversos tipos diferentes de música, como bolero, jovem-guarda e romântico, até que em uma decisão arriscada lançou-se e firmou-se no ritmo do samba. O final da década de 60 e início da década de 70 mudaram de forma notável as músicas de clara nunes, a cantora era de nascença católica, batizada e já de primeira comunhão, porem na adolescência foi influenciada por uma prima á religião espirita, mais tarde ao se mudar para o Rio de janeiro conheceu a umbanda e a adotou como religião, a escolha pela nova religião se dá não só pela influência recebida no passado, mas também foi influenciada pela viagem que Clara fez à África. Clara decidiu então que passaria a valorizar as religiões africanas em suas músicas, e por mais que sua decisão fosse mal vista por sua gravadora ela insistiu até que cedessem, a partir daí ficou conhecida como “Sambista, cantora de macumba”.

       O jeito de se vestir de Clara nunes também mudou, agora ela se apresentava usando colares, guias de santo, turbantes, vestidos longos e rendas. A sua firmação no samba á aproximou cada vez mais de escolas de samba e seus compositores, como Cartola e Martinho da vila por exemplo.

       O retorno à África que Clara fez, foi sem dúvida importante para a firmação de clara em sua decisão de religião, já que a África possui a tradição e a legitimidade da cultura, o retorno a África proporciona maior conhecimento sobre as práticas dos rituais e é motivo de prestigio para os que o realizam, gerando capital social perante a comunidade religiosa africana. Clara sem dúvida valorizou sua religião, a separação entre sua vida profissional e pessoal era muito pequena, ela mostrava de forma aberta e sem tabus a sua religião, mostrava as obrigações que a religião impunha sobre o seu jeito de cantar, vestir e entrar no palco, suas declarações abertas causavam interesse e curiosidade nas pessoas, que então procuravam saber mais sobre a religião, como tabus e “mudanças de santo” por exemplo. Os maiores sucessos de Clara são "Ê Baiana", "Misticismo da África ao Brasil", "Ilu Ayê", "Tributo aos orixás", "Morena do Mar", "Homenagem a Olinda", "Recife e Pai Edu", "Sindorerê", "Nanaê, Nanã Naiana" e "Conto de Areia".

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